Humberto de Alencar Castello Branco (1897-1967) |
Marechal de Exército, foi o primeiro presidente da República após o
golpe militar, entre 15 de abril de 1964 e 15 de março de 1967. Criou o
Serviço Nacional de Informações (SNI). |
Arthur da Costa e Silva (1899-1969) |
Marechal de Exército e presidente da República entre 15 de março
de 1967 e 31 de agosto de 1969. Editou o ato institucional número 5
(AI-5), considerado o mais duro decreto do período militar. |
Aurélio de Lyra Tavares (1905-1998) |
General de Exército, integrou a junta militar que governou o país
entre 31 de agosto e 30 de outubro de 1969, durante a doença do então
presidente Arthur da Costa e Silva. Foi ministro do Exército de março de
1967 a outubro de 1969. |
Augusto Hamann Rademaker Grunewald (1905-1985) |
Almirante de esquadra, integrou a junta militar que governou o
país entre 31 de agosto e 30 de outubro de 1969. Foi ministro da Marinha
em duas ocasiões e vice-presidente da República no governo do
presidente Emilio Garrastazú Medici, entre 1969 e 1974. |
Márcio de Souza e Mello (1906-1991) |
Marechal do ar, integrou a junta militar que governou o país entre
31 de agosto e 30 de outubro de 1969. Foi ministro da Aeronáutica. |
Emilio Garrastazú Medici (1905-1985) |
General de exército e presidente da República de 30 de outubro de
1969 a 15 de março de 1974. Durante seu governo, foram criados os
Destacamentos de Operações de Informações-Centros de Operações de Defesa
Interna (DOI-Codi). Também chefiou o Sistema Nacional de Informações
(SNI). |
Ernesto Beckmann Geisel (1907-1996) |
General de exército e presidente da República entre 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979. |
João Baptista de Oliveira Figueiredo (1918-99) |
General de Exército e presidente da República de 15 de março de
1979 a 15 de março de 1985. Foi chefe do gabinete militar durante o
governo Medici e dirigiu o Sistema Nacional de Informações (SNI). |
Adhemar de Queirós (1899-1984) |
Marechal e ministro do Exército de julho de 1966 a março de 1967. |
Orlando Beckmann Geisel (1905-1979) |
General, ocupou o posto de ministro do Exército de novembro de 1969 a março de 1974. |
Vicente de Paulo Dale Coutinho (1910-1974) |
General e ministro do Exército de março a maio de 1974. |
Sylvio Couto Coelho da Frota
(1910-1996) |
General e ministro do Exército de maio de 1974 a outubro de 1977.
Foi chefe do gabinete do ministro do Exército e participou, em 1967, da
criação do Centro de Informações do Exército (CIE). Comandou o I
Exército de janeiro de 1972 a abril de 1974. |
Fernando Belfort Bethlem (1914-2001) |
General e ministro do Exército de outubro de 1977 a março de 1979. |
Walter Pires de Carvalho e Albuquerque (1915-90) |
General e ministro do Exército de março de 1979 a março de 1985. |
Ernesto de Melo Batista (1907-1985) |
Almirante de esquadra, foi ministro da Marinha de abril de 1964 a janeiro de 1965. |
Paulo Bosísio (1900-1985) |
Almirante de esquadra e ministro da Marinha de janeiro a dezembro de 1965. |
Zilmar Campos de Araripe Macedo (1908-2001) |
Almirante de esquadra e ministro da Marinha de dezembro de 1965 a março de 1967. |
Adalberto de Barros Nunes (1905-1984) |
Almirante de esquadra e ministro da Marinha de outubro de 1969 a março de 1974. |
Geraldo Azevedo Henning (1917-1995) |
Almirante de esquadra e ministro da Marinha de março de 1974 a março de 1979. |
Maximiano Eduardo da Silva Fonseca (1919-98) |
Almirante de esquadra e ministro da Marinha de março de 1979 a março de 1984. |
Alfredo Karam (1924-) |
Almirante de esquadra e ministro da Marinha de março de 1984 a março de 1985. |
Francisco de Assis Corrêa de Mello (1903-1971) |
Tenente-brigadeiro do ar, foi ministro da Aeronáutica em abril de
1964. Exercera a mesma função de julho de 1957 a janeiro de 1961, no
governo do presidente Juscelino Kubitschek. |
Nelson Freire Lavenére Wanderley
(1909-1985) |
Tenente-brigadeiro do ar e ministro da Aeronáutica de abril a dezembro de 1964. |
Eduardo Gomes
(1896-1981) |
Marechal do ar e ministro da Aeronáutica de abril de 1965 a março de 1967. |
Joelmir Campos de Araripe Macedo (1909-1993) |
Tenente-brigadeiro do ar, foi ministro da Aeronáutica de novembro de 1971 a março de 1979. |
Délio Jardim de Mattos (1916-1990) |
Tenente-brigadeiro do ar, foi ministro da Aeronáutica de março de 1979 a março de 1985. |
Golbery do Couto e Silva (1911-1987) |
Chefe do SNI de junho de 1964 a março de 1967. Exerceu a chefia do
gabinete civil de 1974 a 1981, nos governos dos presidentes Ernesto
Geisel e João Baptista Figueiredo. |
Carlos Alberto da Fontoura (1912-1997) |
General de brigada, foi chefe do SNI de abril de 1969 a outubro de
1974. Também Foi chefe do Estado-Maior do III Exército de 1966 a 1969.
Após deixar o SNI, foi nomeado embaixador brasileiro em Portugal, cargo
que exerceu de 1974 a 1978. |
Octávio Aguiar de Medeiros (1922-2005) |
General de brigada, chefiou o SNI de junho de 1978 a março de
1985. Dirigiu a Escola Nacional de Informações (ESNI) e foi o
responsável pelo treinamento de militares em métodos psicológicos de
interrogatório. |
Adyr Fiuza de Castro (1920-2009) |
General de brigada, foi chefe do Centro de Informações do Exército
(CIE) em 1968 e 1969, e da Divisão de Informações do gabinete do
ministro da Guerra, entre 1967 e 1969. Comandou o Destacamento de
Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna
(DOI-Codi) do I Exército de 1972 a 1974. |
Milton Tavares de Souza.(1917-1981) |
General de exército, foi chefe do CIE de novembro de 1969 a março
de 1974. Dirigiu a Operação Marajoara, na fase final de extermínio da
Guerrilha do Araguaia, quando houve o desaparecimento forçado e a
ocultação dos cadáveres dos últimos membros das forças guerrilheiras. |
Confúcio Danton de Paula Avelino (1916-2000) |
General de brigada, foi chefe do CIE de março de 1974 a fevereiro
de 1976; do Centro de Operações de Defesa Interna (CODI) do II Exército,
em São Paulo, em 1970 e 1971; e do CODI do IV Exército, em Recife, em
1971 e 1972. |
Antônio da Silva Campos (*) |
General de divisão, foi chefe do CIE de fevereiro de 1976 a outubro de 1977. |
Edison Boscacci Guedes (1923-2006) |
General de exército, foi chefe do CIE de outubro de 1977 a março de 1979. |
Geraldo de Araújo Ferreira Braga (1922-) |
General de divisão, foi chefe do CIE de março de 1979 a novembro
de 1981. Chefiou a agência central do SNI entre agosto de 1983 e
novembro de 1985. |
Mário Orlando Ribeiro Sampaio (1924-) |
General de divisão, foi chefe do CIE entre novembro de 1981 e
novembro de 1983. Chefiou a secretaria do SNI em dois períodos: de 1964 a
1968 e de 1973 a 1975. |
Iris Lustosa de Oliveira
(1926-) |
General de exército, foi chefe do CIE de novembro de 1983 a março de 1985. |
Roberto Ferreira Teixeira de Freitas (1917-2014) |
Contra-almirante, foi chefe do Centro de Informações da Marinha
(Cenimar) entre abril de 1964 e novembro de 1965 e entre junho de 1967 e
abril de 1968. |
Álvaro de Rezende Rocha (1916-1997) |
Almirante de esquadra, foi chefe do Cenimar de setembro de 1966 a fevereiro de 1967. |
Fernando Pessoa da Rocha Paranhos (1925-) |
Capitão de mar e guerra, chefiou o Cenimar de abril de 1968 a maio de 1971. |
Joaquim Januário de Araújo Coutinho Netto (1917-) |
Contra-almirante, foi chefe do Cenimar de maio de 1971 a março de 1973. |
Dilmar de Vasconcelos Rosa (1923-) |
Contra-almirante, foi chefe do Cenimar de agosto de 1974 a janeiro de 1975. |
Carlos Eduardo Jordão Montenegro (1925-1983) |
Ocupou interinamente a chefia do Cenimar em agosto de 1975, cargo que voltou a ocupar nos anos de 1977 e 1978. |
Odilon Lima Cardoso
(1926-) |
Contra-almirante, chefiou o Cenimar de dezembro de 1978 a fevereiro de 1979. |
Renato de Miranda Monteiro (1929-) |
Almirante de esquadra, foi chefe do Cenimar de março de 1979 a fevereiro de 1980. |
Luiz Augusto Paraguassu de Sá (1930-2007) |
Contra-almirante, foi chefe do Cenimar de fevereiro de 1980 a fevereiro de 1983. |
Antônio Frederico Motta Arentz (1934-) |
Contra-almirante, foi chefe do Cenimar de fevereiro de 1983 a janeiro de 1984. |
Sérgio Tavares Doherty (1936-) |
Vice-almirante, foi chefe do Cenimar de abril de 1984 a março de 1987. |
João Paulo Moreira Burnier (1919-2000) |
Brigadeiro do ar, foi chefe do Centro de Informações de Segurança
da Aeronáutica (CISA) de julho de 1968 a março de 1970. Em abril de
1970, assumiu o comando da 3ª Zona Aérea, também no Rio de Janeiro, e em
dezembro desse ano, em razão da repercussão das denúncias relativas à
morte de Stuart Angel Jones na Base Aérea do Galeão, foi exonerado do
cargo e transferido para a reserva remunerada. |
Carlos Afonso Dellamora (1920-2007) |
Tenente-brigadeiro do ar, foi chefe do CISA de março de 1970 a dezembro de 1971. |
Newton Vassalo da Silva (1920-1981) |
Major-brigadeiro do ar, foi chefe do CISA de dezembro 1971 a março de 1979. |
Luís Felippe Carneiro de Lacerda Netto
(1925-2000) |
Tenente-brigadeiro do ar, foi chefe do CISA de março de 1979 a agosto de 1982. |
Dilson Lyra Branco Verçosa
(1930-2007) |
Major-brigadeiro do ar, foi chefe do CISA de agosto de 1982 a fevereiro de 1985. |
Adolpho Corrêa de Sá e Benevides
(1936-) |
Diplomata, foi diretor da Divisão de Segurança e Informações (DSI)
do Ministério das Relações Exteriores (MRE) de 1971 a 1980. |
Alcides Cintra Bueno Filho (1922-1978) |
Delegado do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo
(DOPS/ SP). Foi responsável pela emissão de documentos oficiais
fraudulentos e por colaboração no encobrimento de casos de tortura,
execução e ocultação de cadáver, segundo a CNV. |
Amadeu Martire
(1914-) |
General de brigada, foi comandante do 12º Regimento de Infantaria e
da Infantaria Divisionária da 5ª Divisão de Infantaria na segunda
metade da década de 1960. Também foi chefe do Estado-Maior do IV
Exército de 1969 a 1971. |
Amaury Kruel
(1901-1996) |
General de exército, foi chefe do Departamento Federal de
Segurança Pública (DFSP), responsável pelo policiamento do antigo
Distrito Federal. Criou uma unidade especial de polícia, o Esquadrão
Motorizado, cujas iniciais (EM) estão associadas ao “Esquadrão da
Morte”. Foi comandante do II Exército. |
Antônio Bandeira (1916-2003) |
General de exército, foi comandante da 3a Brigada de Infantaria de
dezembro de 1971 a abril de 1973. Nessa função, comandou as tropas do
Exército empregadas na repressão à Guerrilha do Araguaia. Em maio de
1973 foi nomeado diretor-geral do Departamento de Polícia Federal (DPF). |
Antônio Carlos da Silva Muricy
(1906-2000) |
General, foi chefe do Estado-Maior do Exército em 1969 e 1970. |
Antônio Ferreira Marques (1916-2004) |
General de divisão, foi chefe do Estado-Maior do II Exército de
1974 a 1976. Comandante da 1ª Região Militar de 1978 a 1980, comandante
do III Exército em 1980 e 1981. Chefe do Estado-Maior do Exército, entre
1981 e 1982. |
Antônio Jorge Correa (1912-2007) |
General de exército. Chefe de gabinete do Estado-Maior das Forças
Armadas, em 1964 e de 1974 a 1976. Foi chefe do Estado-Maior do III
Exército, em 1965 e 1966, e secretário-geral do Ministério do Exército,
de 1967 a 1969. |
Argus Lima
(1913-2000) |
General de exército. Comandante da 6ª Região Militar, em Salvador,
em 1971. Comandante militar da Amazônia e da 12ª Região Militar de 1972
a 1974. Comandante do IV Exército de 1976 a 1979. |
Armando Patrício
(1927-) |
General de divisão, foi chefe do Estado-Maior do I Exército de
março a julho de 1981, período em que ocorreu o atentado do Riocentro,
na cidade do Rio de Janeiro, em 30 de abril. |
Arnaldo Siqueira (*) |
Médico-legista e diretor do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo (IML/SP) de 1956 a 1976. |
Ary Casaes Bezerra Cavalcanti (1928-) |
Coronel-aviador. Comandante da Base Aérea de Santa Cruz de
fevereiro de 1971 a junho de 1972, época do desaparecimento de Stuart
Angel Jones (maio de 1971). Convocado pela CNV, alegou razões de saúde
para não comparecer ao depoimento. |
Audir Santos Maciel (1932-) |
Coronel do Exército. Chefe do Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército de 1974 a 1976. Sob seu comando foi realizada a Operação Radar,
que resultou em prisões, tortura, mortes e desaparecimentos forçados de
dirigentes e militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB). |
Augusto Fernandes Maia (1933-2000) |
Coronel do Exército. Chefe do Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do IV
Exército, de maio de 1974 até o início de 1975, após ter exercido, desde
maio de 1973, a função de adjunto da 2ª seção do Estado-Maior da 7ª
Região Militar do IV Exército. |
Aylton Siano Baeta
(1928-1992) |
Coronel-aviador. Comandante da Base Aérea do Galeão em 1980, à
época em que ocorreu o sequestro e desaparecimento forçado dos cidadãos
argentinos Mónica Susana Pinus de Binstock e Horacio Domingo Campiglia. |
Bento José Bandeira de Mello (1917-2005) |
General de divisão. Chefe do Estado-Maior do I Exército de maio a
agosto de 1971. Deixou a função para assumir a chefia do Estado-Maior do
IV Exército, cargo que exerceu até agosto de 1972, quando voltou a
chefiar o Estado-Maior do I Exército. Foi chefe do gabinete do ministro
do Exército Sylvio Frota, de agosto de 1974 a outubro de 1977. |
Breno Borges Fortes
(1908-1982) |
General de exército. Comandante do III Exército de 1969 a 1972. Chefe do Estado-Maior do Exército em 1972 e 1973. |
Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-) |
Coronel do Exército. Comandante do DOI-Codi do II Exército de
setembro de 1970 a janeiro de 1974. Foi instrutor da Escola Nacional de
Informações em 1974 e, do final desse ano a novembro de 1977, serviu no
Centro de Informações do Exército (CIE). |
Carlos Alberto Cabral Ribeiro (1915-1984) |
General de exército. Comandante da 7ª Região Militar em 1973,
época do massacre da Chácara São Bento, no Recife. Chefe do Estado-Maior
do I Exército de abril de 1969 a janeiro de 1971. |
Carlos Alberto Ponzi (1925-) |
Coronel do Exército. Chefiou a agência do SNI em Porto Alegre no
final da década de 1970 e início da de 1980. Em 2007, foi denunciado
pelo procurador de Justiça italiano Giancarlo Capaldo como um dos
responsáveis pelo sequestro e desaparecimento do cidadão argentino
Lorenzo Ismael Viñas, ocorrido em Uruguaiana (RS), em junho de 1980. |
Carlos Sergio Torres
(1930-1998) |
Tenente-coronel do Exército. Comandou a Operação Sucuri, realizada
de maio a outubro de 1973 com o objetivo de obter informações sobre os
guerrilheiros participantes na Guerrilha do Araguaia e sua “rede de
apoio”. Foi elemento de ligação entre as operações desencadeadas na
região do Araguaia e o chefe do Centro de Informações do Exército (CIE),
Milton Tavares de Souza. As informações levantadas durante a Operação
Sucuri foram utilizadas na Operação Marajoara, desencadeada a partir de
outubro de 1973, quando ao menos 49 guerrilheiros foram vítimas de
desaparecimento forçado. |
Carlos Xavier de Miranda (1920-) |
General de divisão. Chefe do Estado-Maior do II Exército de janeiro de 1976 a novembro de 1978. |
Cecil de Macedo Borer
(1913-2003) |
Delegado de polícia. Diretor do Departamento de Ordem Política e Social do então estado da Guanabara (DOPS/GB) em 1964. |
Clemente José Monteiro Filho (1925-1977) |
Capitão de mar e guerra. Comandou a unidade da Marinha localizada na ilha das Flores (RJ), de 1968 a 1970. |
Cyro Guedes Etchegoyen
(1929-2012) |
Coronel do Exército. Chefe da seção de contrainformações do Centro
de Informações do Exército (CIE) de 1971 a 1974. Segundo depoimento do
coronel Paulo Malhães à CNV, Etchegoyen era a autoridade do CIE
responsável pela Casa da Morte, em Petrópolis (RJ). |
Darcy Jardim de Matos (1918-) |
General de brigada. Comandante da 8ª Região Militar, com sede em
Belém, de 11 de agosto de 1971 a 17 de janeiro de 1973. Atuou durante
todas as fases repressivas da Guerrilha do Araguaia. |
Edmundo Drummond Bittencourt Herculano
(1912-) |
Vice-almirante. Foi comandante-geral do corpo de fuzileiros navais
e comandante da força de fuzileiros da esquadra durante o período da
atuação dessa unidade na Operação Papagaio, realizada contra a Guerrilha
do Araguaia em setembro e outubro de 1972. |
Ednardo D’Avila Mello
(1911-1984) |
General de exército. Comandante do II Exército, em São Paulo, de
1974 a 1976. Durante esse período, foram mortos em decorrência de
tortura, nas dependências do DOI-Codi, o tenente da Polícia Militar José
Ferreira de Almeida, o jornalista Vladimir Herzog e o operário Manoel
Fiel Filho. |
Eni de Oliveira Castro (*) |
Coronel do Exército. Comandante do 10º Batalhão de Caçadores em
Goiânia (GO), atual 42º Batalhão de Infantaria motorizada. Participou da
repressão à Guerrilha do Araguaia. |
Ênio de Albuquerque Lacerda (1929-1998) |
Foi comandante da 1ª companhia de Polícia do Exército, na Vila
Militar do Rio de Janeiro, de maio de 1968 a julho de 1971, período em
que ocorreram na unidade os casos de morte sob tortura de Severino Viana
Colou e Chael Charles Schreier. Serviu no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I
Exército de abril de 1972 a junho de 1974. |
Ernani Ayrosa da Silva (1915-1987) |
General de divisão. Foi chefe do Estado-Maior do II Exército, em
São Paulo, de abril de 1969 a janeiro de 1971; comandante militar da
Amazônia e da 12ª Região Militar, de abril de 1976 a dezembro de 1977; e
chefe do Estado-Maior do Exército, de junho de 1979 a maio de 1981. |
Everaldo José da Silva (*) |
General de Brigada. Na segunda metade da década de 1960, serviu no
Estado-Maior do Exército e no quartel-general do Comando Militar do
Planalto e da 11ª Região Militar. Exerceu a chefia do Estado-Maior do IV
Exército, em Recife, de agosto de 1972 a outubro de 1973. |
Fernando Ayres da Motta (*) |
Ex-comandante da companhia aérea Panair. Interventor em Petrópolis
(RJ) em 1965 e 1966. No início da década de 1970, foi o intermediário
da cessão de imóvel de propriedade de Mário e Madalena Lodders ao Centro
de Informações do Exército (CIE), no qual funcionou a Casa da Morte.
Segundo testemunho colhido pela CNV, frequentava o local, tendo
conhecimento, portanto, de sua utilização como centro de tortura. De
acordo com o mesmo testemunho, encontrou detido na Casa da Morte seu
concunhado Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, desaparecido desde maio de
1971. |
Firmino Peres Rodrigues (1931-) |
Delegado de polícia no estado do Rio Grande do Sul. Foi chefe do
Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul (DOPS/RS)
na década de 1970, quando o órgão esteve vinculado a casos de detenção
ilegal, tortura e execução. |
Flávio de Marco (1929-1981) |
Serviu no Centro de Informações do Exército (CIE). Esteve
presente, como observador, na reunião de fundação da Operação Condor, no
Chile, em novembro de 1975. Participou ativamente das atividades de
repressão à Guerrilha do Araguaia entre 1973 e 1974, atuando sob o
codinome “Tio Caco” e chefiando a Casa Azul, centro clandestino de
detenção e tortura localizado na antiga sede do Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem (DNER) em Marabá (PA). |
Flávio Hugo de Lima Rocha (1921-1983) |
Coronel do Exército. Chefiou a 2ª seção do II Exército, na
primeira metade da década de 1970, durante parte do tempo em que o major
Carlos Alberto Brilhante Ustra esteve à frente do Destacamento de
Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna
(DOI-CODI). |
Francisco Demiurgo Santos Cardoso (1930-) |
Coronel do Exército. Comandante do Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I
Exército de setembro de 1971 a fevereiro de 1972, quando houve intensa
atividade repressiva. |
Francisco Homem de Carvalho (1924-1990) |
Coronel do Exército. Serviu na agência do Serviço Nacional de
Informações (SNI) no Rio de Janeiro, de setembro de 1964 a fevereiro de
1967. Comandou o 1º Batalhão de Polícia do Exército (BPE), no Rio de
Janeiro, de março de 1971 a abril de 1974. Memorando oficial de março de
1983, do chefe do SNI para a agência central do órgão, indica a
vinculação de Francisco Homem de Carvalho à Casa da Morte, em Petrópolis
(RJ). Foi secretário de Segurança do estado do Rio de Janeiro
(1967-1971). |
Gastão Barbosa Fernandes
(1924-) |
Major do Exército. Diretor do Departamento de Ordem Política e Social do então estado da Guanabara (DOPS/GB). |
Gastão Batista de Carvalho (1924-98) |
Tenente-coronel do Exército. Comandante do 2º Batalhão de
Infantaria de Selva e comandante em campo de tropas empregadas na
repressão à Guerrilha do Araguaia, entre março e maio de 1972. |
Gentil Marcondes Filho (1916-1983) |
General de exército. Chefe do Estado-Maior do II Exército, em São
Paulo, em 1974. Comandante do I Exército de 1979 a 1981, período em que
ocorreu o atentado do Riocentro, no Rio de Janeiro, em 30 de abril de
1981. |
Gentil Nogueira Paes
(1914-) |
General de brigada. Comandante do 2º grupamento de engenharia e construção do Exército no ano de 1974. |
Gilberto Airton Zenkner (1934-) |
Coronel do Exército. Serviu no Centro de Informações do Exército
(CIE), em Brasília, em 1974 e 1975. Atuou como coordenador-geral da
Operação Sucuri, realizada na região do Araguaia entre maio e outubro de
1973. |
Gustavo Eugênio de Oliveira Borges
(1922-) |
Coronel-aviador. Secretário de Segurança do estado da Guanabara no
governo Carlos Lacerda, responsável pela prisão ilegal dos membros de
delegação da República Popular da China, em 3 de abril de 1964. Foi
investigado por comissão parlamentar de inquérito da Assembleia
Legislativa da Guanabara sobre tortura na Invernada de Olaria e sobre a
morte por afogamento de mendigos no rio da Guarda. Convocado pela CNV em
outubro de 2014, alegou razões de saúde para não prestar depoimento. |
Harry Shibata (1927-) |
Médico-legista. Diretor do Instituto Médico Legal do estado de São
Paulo (IML/SP) de 1976 a 1983, período em que o órgão foi responsável
pela emissão de laudos necroscópicos fraudulentos, com a finalidade de
encobrir graves violações de direitos humanos. |
Hélio Ibiapina Lima (1919-2010) |
General de brigada. Presidiu o inquérito policial militar (IPM)
instaurado em abril de 1964 para “apurar ações subversivas na área do IV
Exército”, no Recife, cuja jurisdição abarcava a região Nordeste. É
considerado um dos principais responsáveis pelas graves violações aos
direitos humanos perpetradas, após o golpe de Estado, contra grande
número de presos políticos em Pernambuco. |
Hélio da Mata Resende (*) |
Tenente do Exército. Lotado na 5ª companhia de guarda do Exército.
Foi membro da equipe nº 1 de interrogatório, sediada em Marabá, durante
a repressão à Guerrilha do Araguaia, entre março e maio de 1972. |
Herculano Pedro de Simas Mayer (1925-) |
Capitão de mar e guerra. Atuou como chefe da seção de operações da
Força de Fuzileiros Navais durante a Operação Papagaio, realizada
contra a Guerrilha do Araguaia em setembro e outubro de 1972. |
Hugo de Andrade Abreu (1916-1979) |
General de divisão. Comandante da paraquedista e integrante do
Centro de Informações do Exército (CIE). Comandou diretamente a tropa de
paraquedistas enviada ao Araguaia durante a Operação Marajoara,
iniciada em outubro de 1973. O objetivo dessa fase das operações, que se
estendeu até o ano seguinte, era o extermínio dos guerrilheiros
remanescentes na região. No período, pelo menos 49 pessoas foram vítimas
de desaparecimento forçado. |
Joalbo Rodrigues de Figueiredo Barbosa
(1918-) |
Secretário de Segurança Pública do estado da Bahia. Participou de
ações de perseguição a Carlos Lamarca, que, em 1971, levaram à morte de
Iara Iavelberg. |
João de Alvarenga Soutto Mayor
(1917-) |
General de brigada. Exerceu a chefia do Estado-Maior do IV
Exército de janeiro de 1971 a agosto de 1971. Ao deixar o cargo, assumiu
a chefia do Estado-Maior do I Exército por cerca de um ano. |
João Dutra de Castilho
(1907-1987) |
General de exército. Chefe do Estado-Maior do IV Exército de
setembro a novembro de 1964. Comandou a 1ª Divisão de Infantaria da Vila
Militar, do Rio de Janeiro, em 1969, época em que a unidade foi
utilizada como centro para a prática de tortura e execução de presos
políticos. |
João Oswaldo Leivas Job
(1927-) |
Coronel do Exército. Agente da Divisão Central de Informações da
Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul no início da década de
1970. Chefe do Destacamento de Operações de Informações – Centro de
Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I Exército em 1974 e 1975.
Secretário de Segurança Pública do estado do Rio Grande do Sul de 1979 a
1982. Teve participação no sequestro dos cidadãos uruguaios Universindo
Rodríguez Díaz e Lilián Celiberti, em 1978. |
João Pinto Pacca (1919-) |
General de brigada. Serviu no Centro de Informações do Exército
(CIE), no Rio de Janeiro, de maio de 1968 a abril de 1969. Chefiou o
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI) do I Exército de maio de 1971 a setembro de 1971,
sucedendo o então major José Antônio Nogueira Belham. |
João Tarcísio Cartaxo Arruda
(1930-1996) |
Coronel do Exército. Em 1975, comandou o 6º Batalhão de Engenharia
e Construção, que participou da construção da rodovia BR-174. A
realização dessa obra resultou, no período de 1972 a 1975, na morte e no
desaparecimento de número expressivo de indígenas da etnia Waimiri
Atroari. |
Jonas Braga (*) |
Tenente do Exército. Chefe da agência do Distrito Federal do
Centro de Informações do Exército (CIE) em 1972, durante as operações
repressivas realizadas contra a Guerrilha do Araguaia, entre julho e
setembro daquele ano. |
Jorge José de Carvalho
(1927-) |
Tenente-brigadeiro. Comandante da Base Aérea do Galeão no ano de
1971, quando Stuart Angel foi vítima de detenção ilegal, tortura e
execução, tendo seu corpo desaparecido. Durante o comando de Carvalho,
esteve em funcionamento presídio clandestino nas dependências da Base
Aérea do Galeão, que serviu para detenção de presos políticos e
realização de sessões de tortura. |
Jorge José Marques Sobrinho (1935-1990) |
Delegado da Polícia Civil. Diretor do Departamento de Ordem
Política e Social do então estado da Guanabara (DOPS/GB) no início da
década de 1970. |
José Antônio Nogueira Belham
(1934-) |
General de divisão. Chefe do Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I
Exército de novembro de 1970 a maio de 1971, onde permaneceu como adido
até setembro de 1971. Esteve no Centro de Informações do Exército (CIE),
de abril de 1977 a novembro de 1981, período no qual chefiou a seção de
operações. Serviu no SNI, de abril de 1984 a abril de 1987. Foi
denunciado criminalmente pelo Ministério Público Federal em maio de 2014
pelo homicídio e ocultação de cadáver do ex-deputado Rubens Paiva.
Convocado pela CNV, compareceu à audiência em setembro de 2014, mas
optou por permanecer em silêncio. |
José Ferreira da Silva (*) |
Tenente-coronel do Exército. Comandante do destacamento do
Exército em Marabá e comandante de tropas na região do Araguaia, entre
junho e julho de 1972. |
José Luiz Coelho Netto
(1921-1986) |
General de divisão. Subchefe do Centro de Informações do Exército
(CIE) à época da criação e funcionamento da Casa da Morte, em Petrópolis
(RJ) (1971-74) e um dos responsáveis por sua concepção, segundo
depoimento prestado pelo coronel Paulo Malhães à CNV. Chefe do
Estado-Maior do I Exército em 1979, e chefe de gabinete do ministro do
Exército de 1981 a 1983. |
José Ney Fernandes Antunes (1926-) |
Tenente-coronel do Exército. Comandante do 1o Batalhão de Polícia
do Exército (BPE), no Rio de Janeiro, entre novembro de 1968 e fevereiro
de 1971. |
Leo Guedes Etchegoyen
(1925-2003). |
General de brigada. Secretário de Estado de Segurança Pública do
Rio Grande do Sul de novembro de 1964 a fevereiro de 1965. Foi chefe do
Estado-Maior do II Exército de agosto de 1979 a julho de 1981. Assumiu a
chefia do Estado-Maior do III Exército em agosto de 1982. |
Leônidas Pires Gonçalves
(1921-) |
General de exército. Chefe do Estado-Maior do I Exército de 1974 a
1976, período em que foi responsável pela chefia do Centro de Operações
de Defesa Interna (CODI) e por ações no âmbito da Operação Radar,
contra o Partido Comunista Brasileiro (PCB), e do episódio conhecido
como Massacre da Lapa, contra a cúpula dirigente do Partido Comunista do
Brasil (PCdoB). |
Luiz Macksen de Castro Rodrigues
(1924-2004) |
Superintendente da Polícia Federal do Rio Grande do Sul em 1978, à
época do sequestro de Lilián Celiberti e Universindo Rodríguez Díaz, em
Porto Alegre, para o qual a Polícia Federal foi acusada de fornecer
veículos que transportaram os agentes que participaram da operação. Em
2007, foi denunciado pelo procurador italiano Giancarlo Capaldo em razão
de suas responsabilidades no sequestro do argentino Lorenzo Ismael
Viñas, ocorrido em Uruguaiana (RS), em 26 de junho de 1980. |
Manoel Pio Corrêa Júnior
(1918-2013) |
Diplomata e empresário. Embaixador do Brasil no Uruguai de
setembro de 1964 a janeiro de 1966, conduziu severa política de
monitoramento dos brasileiros exilados, conseguindo o internamento de
Leonel Brizola. Secretário-geral do Ministério de
Relações Exteriores (MRE) de janeiro de 1966 a março de 1967,
criou em 1966 o Centro de Informações do Exterior (Ciex). Embaixador na
Argentina, de outubro de 1967 a janeiro de 1969. |
Marcos Henrique Camillo Cortes
(1935-) |
Diplomata. Primeiro chefe do Centro de Informações do Exterior
(Ciex), de 1966 a setembro de 1968. Serviu como ministro-conselheiro na
Embaixada do Brasil em Buenos Aires de 1974 a 1978. Em 1986, foi acusado
de envolvimento na morte e desaparecimento, em 1976, do pianista
brasileiro Francisco Tenório Cerqueira Jr. À época, rebateu as
acusações. Ouvido pela CNV em fevereiro de 2014, negou que a Embaixada
em Buenos Aires mantivesse contatos de qualquer natureza com a estrutura
da repressão política argentina. |
Marcus Antônio Brito de Fleury
(1936-2012) |
Capitão do Exército. Comandou a 2ª seção do 10º Batalhão de
Caçadores, em Goiânia (GO) (atual 42º Batalhão de Infantaria
Motorizada). Foi superintendente regional do Departamento de Polícia
Federal em Goiás. Entre dezembro de 1968 e abril de 1974, chefiou núcleo
da agência de Goiânia do Serviço Nacional de Informações (SNI). |
Mário de Souza Pinto (*) |
General de brigada. Foi chefe do Estado-Maior do II Exército de abril de 1973 a janeiro de 1974. |
Melillo Moreira de Mello (1920-1984) |
Diplomata. Em 1971 e 1972, quando exerceu o cargo de cônsul-geral
do Brasil em Santiago, participou do monitoramento dos brasileiros
exilados no Chile. Em 15 de junho de 1971, informou o MRE sobre os dados
de viagem ao Uruguai do banido Edmur Péricles Camargo. Edmur foi
sequestrado no dia seguinte, numa escala em Buenos Aires, e entregue
clandestinamente pelas autoridades argentinas ao governo brasileiro e,
desde então, se encontra desaparecido. |
Newton Araújo de Oliveira e Cruz (1924-) |
General de divisão. Chefe da agência central do SNI à época do
atentado no Riocentro, no Rio de Janeiro, em 1981, tendo sido denunciado
pelo Ministério Público Federal em 2014, por sua participação no
evento. |
Nilton de Albuquerque Cerqueira (1930-) |
Coronel de Exército. Chefiou a 2a seção (informações) do
Estado-Maior da 6a Região Militar de 1971 a 1973, período no qual teve
atuação na Operação Pajussara, desencadeada contra Carlos Lamarca no
estado da Bahia, e, também, na região do Araguaia. Em 1981, assumiu o
comando
da Polícia Militar fluminense e esteve envolvido com a preparação do atentado no Riocentro. |
Olavo Vianna Moog
(1912-1989) |
General de divisão. Comandante do 1o Batalhão de Polícia do
Exército (BPE) em 1964 e 1965. Em 1971, assumiu o Comando Militar do
Planalto e a 11a Região Militar, onde permaneceu até 1974. No exercício
dessa última função, esteve diretamente envolvido na repressão à
Guerrilha do Araguaia, sendo o responsável pelo comando das operações
realizadas entre julho e setembro de 1972 e, ainda, da Operação
Papagaio, levada a cabo entre setembro e outubro de 1972. Nesse período,
treze pessoas tornaram-se vítimas de desaparecimento forçado, das quais
três já tiveram seus locais de sepultamento identificados. |
Olinto Ferraz
(1911-) |
Coronel da Polícia Militar do estado de Pernambuco. Diretor da
Casa de Detenção do Recife à época da morte de Amaro Luiz de Carvalho,
em 22 de agosto de 1971. |
Oscar Geronymo Bandeira de Mello
(1910-) |
General de divisão. Presidente da Funai de junho de 1970 a março
de 1974. Responsável pela criação do Reformatório Krenak, no estado de
Minas Gerais, utilizado como instalação prisional pela Funai e local de
tortura, morte e desaparecimento forçado de indígenas. |
Paulo Rufino Alves (1934-1986) |
Coronel do Exército. Comandante do Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército, em São Paulo, em 1976. |
Romeu Tuma
(1931-2010) |
Delegado da Polícia Civil do estado de São Paulo. Atuou no
Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (DOPS/SP) de 1969 a
1982, período em que o órgão teve grande envolvimento com atividades de
repressão política. Foi seu diretor de 1977 a 1982. Em 1982, assumiu a
superintendência da Polícia Federal em São Paulo e, em 1985, tornou-se
diretor-geral. |
Ruy de Paula Couto (1916-) |
General de exército. Chefe do Estado-Maior do III Exército de
dezembro de 1969 a maio de 1972, período em que houve número expressivo
de casos de detenção ilegal, tortura, morte e desaparecimento forçado na
região Sul do país. |
Ruy Lisbôa Dourado
(1917-1986) |
Delegado da Polícia Civil do antigo estado da Guanabara. Em abril
de 1965, foi cedido ao Ministério das Relações Exteriores para servir na
Embaixada do Brasil em Montevidéu. No Uruguai, participou do
monitoramento dos brasileiros exilados, como elo de ligação com a
polícia local. Em 1979, como delegado distrital da Barra da Tijuca,
conduziu o inquérito policial sobre a morte do embaixador José Jobim,
corroborando a tese de suicídio. Suas conclusões foram posteriormente
desfeitas em investigação do Ministério Público estadual, com a
qualificação do caso como homicídio de autoria desconhecida. |
Samuel Augusto Alves Correa
(1917-) |
Chefe do Estado-Maior do IV Exército no final da década de 1960,
comandou a 5ª Região Militar, sediada em Curitiba, de julho de 1974 a
janeiro de 1977, período em que foi deflagrada a Operação Marumbi, que
resultou em expressivo número de casos de detenção ilegal e tortura. |
Syzeno Ramos Sarmento
(1907-1983) |
General de exército. Comandante do II Exército em 1967 e 1968, e
do I Exército de 1968 a 1971. Durante sua gestão à frente do I Exército,
criou o Centro de Operações de Defesa Interna (CODI) e o Destacamento
de Operações de Informações (DOI), que funcionaram de forma integrada,
no sistema conhecido como DOI-CODI, difundido nacionalmente. |
Uriburu Lobo da Cruz (1931-) |
Capitão de mar e guerra. Vinculado ao Comando de Operações Navais –
Divisão Anfíbia/GB. Atuou na força de fuzileiros de esquadra enviada à
região do Araguaia para participação na Operação Papagaio, em 1972.
Nessa operação, ocupou o posto de comandante do grupamento operativo,
formado por 229 homens, sendo o responsável direto pelo comando da
tropa. |
Waldir Coelho (*) |
Coronel do Exército. Chefe da Operação Bandeirante (Oban), do I Exército, em 1969 e 1970. |
Wilson Brandi Romão
(1930-) |
Coronel do Exército. Foi secretário de Segurança Pública do estado
do Pará de maio de 1974 a março de 1975, período em que as Forças
Armadas levaram a cabo a Operação Marajoara, no sudeste paraense.
Durante a operação, pelo menos 49 guerrilheiros foram vítimas de
desaparecimento forçado. |
Abeylard de Queiroz Orsini
(1927-)
|
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP), teve seu registro profissional cassado pelo Conselho Federal
de Medicina (CFM) em 10 de abril de 2002, por violação da ética médica,
fraude e conivência com a tortura, ao assinar laudos de presos políticos
executados pela repressão. Convocado pela CNV em fevereiro de 2014 para
prestar depoimento, não atendeu à convocação, deixando de apresentar
justificativa formal. |
Abílio Correa de Souza
(1923-2001) |
Suboficial da Aeronáutica. Fez curso na Escola das Américas, no
Panamá.Atuou no Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (CISA)
de janeiro de 1969 (então Núcleo do Serviço de Informações da
Aeronáutica, NSISA) a setembro de 1973, quando foi nomeado chefe do
posto do Correio Aéreo Nacional em Buenos Aires. Segundo depoimentos de
ex-presos políticos, foi o responsável pelo sequestro de Stuart Angel
Jones e participou da tortura a que este foi submetido. Foi também
identificada sua participação na tortura de Jefferson Cardim de Alencar
Osório e seu filho Jefferson Lopetegui de Alencar Osório, na Base Aérea
do Galeão, em dezembro de 1970 e janeiro de 1971. |
Ademar Augusto de Oliveira
(*) |
Investigador de polícia. Serviu no Departamento Estadual de
Investigações Criminais de São Paulo (DEIC/SP). Foi integrante da equipe
do delegado Sérgio Paranhos Fleury e do Esquadrão da Morte de São
Paulo. Foi identificado seu envolvimento com a prática de detenção
ilegal e execução. |
Ailton Guimarães Jorge
(1941-)
|
Ex-militar. Serviu na 1a companhia de Polícia do Exército da Vila
Militar do Rio de Janeiro de novembro de 1966 a março de 1972. Esteve à
disposição do Destacamento de Operações de Informações – Centro de
Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I Exército de maio de 1972 a
novembro de 1972. Pediu demissão do Exército em março de 1981, após ser
condenado pela prática de contrabando. Foi preso em 1993 e 2007 por
envolvimento com o jogo do bicho. Teve participação em casos de detenção
ilegal, tortura e execução. |
Ailton Joaquim
(1942-2007) |
Capitão do Exército. Serviu no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I
Exército, no Rio de Janeiro. Acusado pela prática de tortura, execução e
ocultação de cadáver, foi apontado como um dos mais violentos
torturadores do DOI-CODI. Esteve também envolvido com a prática de
contrabando quando serviu na Polícia do Exército do Rio de Janeiro. |
Alberi Vieira dos Santos
(1937-1979)
|
Sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, foi colaborador
do Centro de Informações do Exército (CIE). Assassinado em 1979. Teve
participação em detenções ilegais, execuções, desaparecimento forçado de
pessoas e ocultação de cadáveres. |
Alberto Octávio Conrado Avegno
(1927-2013) |
Agente do Centro de Informações do Exterior (Ciex), com o codinome
“Altair”, entre outros, atuou também como agente do Centro de
Informações da Marinha (Cenimar). Teve participação em detenções ilegais
e desaparecimentos forçados. |
Alcides Singillo
(1932-) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP) na primeira metade da década de 1970. Teve
participação em casos de tortura, sequestro e ocultação de cadáver. É
réu em processo criminal em andamento em razão de crimes cometidos
durante a ditadura militar. |
Alfredo Magalhães
(1913-1996)
|
Capitão de mar e guerra. Serviu no Centro de Informações da
Marinha (Cenimar) entre 1970 e 1971, onde atuou sob o codinome de
“capitão Mike”; também era chamado de “Alemão”. Participou de tortura na
unidade da Marinha da Ilha das Flores, em Niterói. De acordo com
relatos contidos no livro Tirando o capuz, de Álvaro Caldas, teria
participado das torturas de Stuart Edgar Angel. |
Aloísio Fernandes
(1930-2014) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento, para ocultação da causa da morte. |
Altair Casadei
(1941-) |
Sargento da Polícia Militar. Serviu na Operação Bandeirante (Oban)
e no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército, em São Paulo, de 1970 a 1976,
onde integrou a equipe de buscas e atuou como carcereiro. Teve
participação na prática de tortura. |
Aluísio Madruga de Moura
(1938-) |
Coronel do Exército. Comandou o Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do
Comando Militar do Planalto. Serviu no Pelotão de Investigações
Criminais (PIC) do Exército em Brasília e, ainda, no Serviço Nacional de
Informações (SNI) e no Centro de Informações do Exército (CIE).
Participou de operações militares relacionadas à Guerrilha do Araguaia,
com especial destaque para suas passagens pela região do sudeste do Pará
e do norte de Goiás. |
Amílcar Lobo Moreira da Silva
(1939-1997) |
Médico do Exército. Designado em 1970 para atuar como médico no 1o
Batalhão de Polícia do Exército (BPE), no Rio de Janeiro. Atuou no
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI) do I Exército de 1970 a 1974, onde era conhecido
como “doutor Carneiro”. Em 1981, foi denunciado publicamente pela
ex-prisioneira política Inês Etienne Romeu por ter atuado no centro
clandestino de tortura e extermínio do Centro de Informações do Exército
(CIE) conhecido como Casa da Morte, localizado em Petrópolis (RJ). Em
1986, o Conselho Regional de Medicina do estado do Rio de Janeiro cassou
seu registro profissional. A decisão foi ratificada em 1989 pelo
Conselho Federal de Medicina. Teve participação em casos de tortura,
execução e ocultação de cadáver. |
André Leite Pereira Filho
(1936-2003)
|
Coronel do Exército. Chefe da seção de informações do 2o Batalhão
de Polícia do Exército (BPE) em São Paulo no ano de 1970. Atuou no
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI) do II Exército de fevereiro de 1971 a fevereiro de
1977. Serviu nos batalhões de infantaria de selva de Imperatriz (MA) e
de Manaus, de 1977 a 1980. Esteve no Centro de Informações do Exército
(CIE), em Brasília, de maio de 1980 a maio de 1985. Foi identificado
como responsável pela Casa de Itapevi, centro clandestino de tortura e
morte no estado de São Paulo. Segundo depoimento do ex-sargento Marival
Chaves à CNV, Pereira Filho, enquanto servia no CIE, participou em julho
de 1980 da chamada “Operação Limpeza” realizada com o objetivo de
ocultar os restos mortais de Maria Augusta Thomaz e Márcio Beck Machado,
mortos em Rio Verde (GO). |
Aníbal de Carvalho Coutinho
(1931-) |
Coronel do Exército. Comandante-geral da Polícia Militar no estado
de Goiás de agosto de 1978 a março de 1983. Teve participação em casos
de execução, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Antônio Cúrcio Neto
(1926-) |
Coronel do Exército. Assumiu em abril de 1973 a chefia da 2a Seção
(informações) do Estado-Maior do IV Exército, no Recife. Desempenhou
funções de direção no Destacamento de Operações de Informações – Centro
de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do IV Exército de abril de
1973 a maio de 1974. Em depoimento prestado à Comissão Estadual da
Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC), em 16 de maio de 2013, o
ex-preso político José Nivaldo Júnior apontou Antônio Cúrcio Neto como
responsável por seu sequestro no Recife, ocorrido em agosto de 1973. Da
mesma forma, em depoimento concedido à CEMVDHC em 3 de outubro de 2013, o
jornalista Carlos Garcia identificou o militar como responsável por sua
detenção, em março de 1974. |
Antônio Dácio Franco Amaral
(1905-2001) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento, identificando a vítima com nome falso, de modo a favorecer a
ocultação de seu cadáver. |
Antônio Fernando Hughes de Carvalho
(1942-2005) |
Serviu no Destacamento de Operações de Informações – Centro de
Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I Exército, no Rio de Janeiro,
em 1970 e 1971. Teve participação em casos de detenção ilegal, tortura,
execução, desaparecimento forçado e ocultações de cadáver, entre eles o
caso do ex-deputado Rubens Beyrodt Paiva, a quem teria torturado e
executado pessoalmente. Atuou na Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), de
1971 a 1974. |
Antônio Valentini
(1945-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Antônio Vilela
(*) |
Delegado de polícia. Atuou na Operação Bandeirante (Oban) e no
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI) do II Exército, tendo integrado equipes de busca do
órgão. Teve participação em casos de detenção ilegal, execução e
desaparecimento forçado. |
Antônio Waneir Pinheiro Lima
(1943-) |
Soldado do Exército. Atuou na Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), com o codinome
“Camarão”. Teve participação em casos de detenção ilegal, tortura, execução, desaparecimento
forçado e ocultação de cadáver. |
Aparecido Laertes Calandra
(1940-) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP) e atuou no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército, em São Paulo, usando o codinome “doutor Ubirajara”. A partir
de 1983, quando o delegado Romeu Tuma assumiu a função de
superintendente da Polícia Federal, transferiu-se para esse órgão. Teve
participação em casos de tortura e execução. Convocado pela CNV em
novembro de 2013, prestou depoimento em que sustentou que cumpria
funções burocráticas no DOI-CODI de São Paulo. |
Aramis Ramos Pedrosa
(1950-) |
Ex-tenente do Exército. Serviu no Batalhão de Fronteira de Foz do
Iguaçu (PR), em 1974, tendo atuado na seção de informações. Em 1977, foi
condenado pela Justiça do estado do Mato Grosso do Sul à prisão e à
perda da função pública em razão de participação em crime de extorsão
mediante sequestro, sem conotações políticas. Teve participação em casos
de detenção ilegal, execução, desaparecimento forçado e ocultação de
cadáver. |
Areski de Assis Pinto Abarca
(1938-) |
Capitão do Exército. Chefe da 2a Seção do Batalhão de Fronteira de
Foz do Iguaçu (PR), de março de 1974 a fevereiro de 1975. Teve
participação em casos de detenção ilegal, execução, desaparecimento
forçado e ocultação de cadáver. |
Arildo de Toledo Viana
(1939-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. Assinou com Harry Shibata e Armando Cânger Rodrigues o
laudo de falso suicídio do jornalista Vladimir Herzog. |
Armando Avólio Filho
(1945-) |
Coronel do Exército. Serviu no 1o batalhão de Polícia do Exército
(BPE), no Rio de Janeiro, de janeiro de 1970 a dezembro de 1971, usando o
codinome “Apolo”. Teve participação na prática de tortura. |
Armando Canger Rodrigues
(1921-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. Dentre outros casos, assinou com Harry Shibata e Arildo de
Toledo Viana o laudo de falso suicídio do jornalista Vladimir Herzog. |
Arthur de Britto Pereira
(1918-2002) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social do então estado da Guanabara (DOPS/GB). Teve participação em caso
de tortura e execução. |
Artur Falcão Dizeu
(*) |
Policial civil. Serviu no Departamento de Ordem Política e Social
de Pernambuco (DOPS/PE). Carcereiro responsável pela custódia de
Anatália de Souza Melo Alves no DOPS/PE quando de sua morte, sob
tortura, em 1973; na ocasião, foi oficialmente divulgada a falsa versão
de suicídio. |
Ary Casagrande
(1935-) |
Delegado de polícia. Serviu na 3a Delegacia Seccional de Polícia
Civil, em Campos Elísios, em São Paulo. Teve participação em execução,
desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Ary Pereira de Carvalho
(1927-2006) |
Coronel do Exército. Serviu na 1a Divisão de Infantaria da Vila
Militar, no Rio de Janeiro, em 1969 e 1970. Encarregado da condução de
inquéritos policiais militares (IPM) nos quais ocorreram interrogatórios
violentos e mortes sob tortura. Teve participação em casos de tortura,
execução e ocultação de cadáver. Esteve vinculado ao atentado ocorrido
no Riocentro, no Rio de Janeiro, em 1981. |
Átila Rohrsetzer
(1931-) |
Coronel do Exército. Chefiou o serviço de informações do comando
do III Exército desde sua criação, em 1967, até 1969. Em 1970 e 1971,
chefiou a Divisão Central de Informações (DCI), órgão com funções
equivalentes aos Destacamento de Operações de Informações – Centro de
Operações de Defesa Interna (DOI-CODI). Organizou o DOI-CODI do III
Exército em 1974 e 1975. Foi um dos mentores do “Dopinha” – local
clandestino de tortura instalado no centro de Porto Alegre. Em 1967 foi
denunciado na comissão parlamentar de inquérito da Assembleia
Legislativa do estado do Rio Grande do Sul que investigou o “caso do
sargento das mãos amarradas”. Está na lista dos 13 agentes do Estado
brasileiro citados pelo procurador Giancarlo Capaldo, responsáveis pelo
desaparecimento forçado dos ítalo-argentinos Horacio Domingo Campiglia
Pedamonti (1980), no Rio de Janeiro, e Lorenzo Ismael Viñas Gigli
(1980), na fronteira de Paso de los Libres (Argentina) e Uruguaiana
(Brasil). Teve participação em casos de sequestro, tortura e execução. |
Attila Carmelo
(1936-) |
Capitão do Exército. Atuou no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército, em São Paulo, sob o codinome de “doutor Jorge”, tendo
participação em casos de tortura. |
Argentino Teodoro Tavares
(1937-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Astorige Correa de Paula e Silva
(1941-) |
Investigador de polícia. Atuou no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP). Teve participação em caso de tortura e
execução. Convocado pela CNV, não compareceu ao depoimento. |
Benoni de Arruda Albernaz
(1933-1993) |
Capitão do Exército. Serviu no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército, em São Paulo. Teve participação em casos de tortura, execução,
desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Carlos Alberto Augusto
(1944-) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP), sendo conhecido como “Carteira Preta” e
“Carlinhos Metralha”. Integrou a equipe do delegado Sérgio Paranhos
Fleury. Teve participação em casos de detenção ilegal, tortura e
execução. Convocado para prestar depoimento à CNV, não foi localizado. |
Carlos de Brito
(*) |
Delegado da Polícia. Atuou no Departamento de Ordem Política e
Social de Pernambuco (DOPS/PE) entre 1971 e 1972. Identificado por
testemunhas, entre elas o ex-preso político Mário Miranda de
Albuquerque, como um dos torturadores e executores do estudante
pernambucano Odijas Carvalho de Souza. |
Carlos Teixeira Marra
(1940-) |
Segundo-sargento da Polícia Militar do estado de Goiás. Participou
da repressão à Guerrilha do Araguaia, sendo responsável pela tortura do
barqueiro Lourival de Moura Paulino, encontrado sem vida em sua cela na
delegacia da cidade de Xambioá (TO). |
Carlos Victor Mondaine Maia
(*) |
Coronel-médico do Exército. Foi chefe de equipe de interrogatório
do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército no período de 1971 a 1974.
Usava o codinome “doutor José” e teve participação em casos de tortura. |
Celso Lauria
(1936-) |
Coronel do Exército. Serviu no quartel-general do I Exército, onde
esteve encarregado, a partir do segundo semestre de 1969, da condução
de inquéritos policiais militares (IPM). Participou diretamente, em 1969
e 1970, de operações de repressão política a organizações políticas de
oposição ao regime militar. Vinculou-se ao Centro de Informações do
Exército (CIE), em Brasília, de julho a dezembro de 1974, período em que
participou de ações de repressão política na região do Araguaia. Serviu
no Serviço Nacional de Informações (SNI), em Brasília, de 1975 a 1978.
Teve participação em casos de tortura e morte. |
Cláudio Antônio Guerra
(1940-) |
Delegado de polícia no estado do Espírito Santo. Serviu no DOPS
desse estado. Teve participação em casos de execução, desaparecimento
forçado e ocultação de cadáver. Reconheceu essa atuação criminosa em
três depoimentos que prestou à CNV, ocorridos em 25 de junho de 2012, 16
de agosto de 2013 e 23 de julho de 2014. Em agosto de 2014, participou
da diligência da CNV na Usina Cambahyba, em região próxima à cidade de
Campos dos Goytacases (RJ); a Usina foi identificada por Guerra como
local onde, em 1973 e 1974, incinerou corpos de presos políticos levados
da Casa da Morte, em Petrópolis (RJ). |
Dalmo Lúcio Muniz Cyrillo
(1934-2002) |
Coronel do Exército. Foi subcomandante da Operação Bandeirante
(Oban)e atuou no Destacamento de Operações de Informações – Centro de
Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército de setembro de
1969 a fevereiro de 1976. Chefiou uma das equipes de interrogatório da
Oban e foi chefe do Setor de Buscas do DOI-CODI em 1971. Usava os
codinomes “major Hermenegildo” e “Garcia”. Teve participação em casos de
tortura, execução, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Darcy Ursmar Villocq Vianna
(1919-2012) |
Coronel do Exército. Comandante da Companhia de Motomecanização da
7a Região Militar, no Recife, em 1964 participou da tortura do líder
político Gregório Lourenço Bezerra, que se encontrava sob sua custódia.
Ordenou que fosse amarrada uma corda ao pescoço de Gregório Bezerra, que
foi espancado e arrastado pelas ruas de Recife. |
David dos Santos Araújo
(1938-) |
Delegado de polícia do estado de São Paulo. Atuou de abril a
outubro de 1971 no Destacamento de Operações de Informações – Centro de
Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército, onde era
conhecido como “capitão Lisboa”. Teve participação em casos de tortura,
execução e desaparecimento forçado. Convocado pela CNV, foi ouvido em
março de 2013, negando as acusações contra ele formuladas. |
Décio Brandão Camargo
(1911-1976) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento, para ocultação da causa da morte. |
Deoclécio Paulo
(1933-) |
Capitão do Exército. Auxiliar do adido da Aeronáutica e do
Exército na Embaixada do Brasil no Chile, de 1972 a 1974. Foi visto no
Estádio Nacional, em Santiago, em outubro e novembro de 1973,
acompanhando os agentes brasileiros que lá estiveram para interrogar
detidos brasileiros e ensinar técnicas de tortura. Anteriormente, havia
servido na área de informação (2a Seção) da Divisão Blindada do I
Exército. Foi ouvido pela CNV em julho de 2014, em Brasília. |
Dirceu Gravina
(1948-) |
Delegado de polícia. À época investigador de polícia, integrou
equipe de interrogatório do Destacamento de Operações de Informações –
Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército em 1971 e
1972. Teve participação em casos de tortura,execução, desaparecimento
forçado e ocultação de cadáver. Foi ouvido pela CNV em abril de 2014 e
negou sua participação. |
Dulene Aleixo Garcez dos Reis
(1942-) |
Capitão do Exército. Serviu no 1o Batalhão de Polícia do Exército
(BPE), no Rio de Janeiro, a partir de novembro de 1969, tendo assumido,
em abril e maio de 1970, o comando do Pelotão de Investigações Criminais
(PIC). Teve participação em casos de detenção ilegal, tortura e
desaparecimento forçado. Foi ouvido pela CNV em 2 de outubro de 2013,
permanecendo em silêncio durante praticamente todo o depoimento. |
Edevarde José
(1931-) |
Delegado de polícia. Foi denunciado pelo Ministério Público
Federal por sua participação na tortura e homicídio de Manoel Fiel
Filho. |
Edmilson Almeida Cruz
(*) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Goiás. Atuou na Delegacia
de Policia da localidade de Paraíso do Norte (GO) em 1972, quando teve
participação em caso de prisão ilegal, tortura, execução e ocultação de
cadáver. |
Edsel Magnotti
(1928-) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP). Teve participação em casos de detenção
ilegal, tortura e execução. |
Edson Sá Rocha
(1941-) |
General de brigada. Chefe de operações do Destacamento de
Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna
(DOI-CODI) do I Exército em 1980 e no início de 1981. Denunciado pelo
Ministério Público Federal por participação no atentado do Riocentro, no
Rio de Janeiro, em 1981. |
Eduardo Rodrigues
(*) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social do então estado da Guanabara (DOPS/GB). Teve participação em
casos de detenção ilegal, tortura e execução. |
Elias Freitas
(1926-2008) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/RJ). Teve participação em casos de emissão de laudo
necroscópico fraudulento e de desaparecimento forçado. |
Elson Valeriano
(1940-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Ênio Pimentel da Silveira
(1936-1986) |
Coronel do Exército. Serviu no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército de maio de 1970 a fevereiro de 1976. Teve participação em casos
de tortura, execução e desaparecimento forçado. |
Enir Barcelos da Silva
(1935-2010) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social do Rio Grande do Sul (DOPS/RS) entre 1965 e 1967. Teve
participação em caso de tortura e execução (o caso do “sargento das mãos
amarradas”). |
Epaminondas Pereira do Nascimento
(1927-) |
Capitão da Polícia Militar do estado de Goiás. Delegado de polícia
de Rio Verde (GO), conhecido como “Capinondas”. Foi denunciado pelo
Ministério Público Federal por sua participação em crime de ocultação de
cadáver. |
Erar de Campos Vasconcelos
(1925-1997) |
Coronel do Exército. Chefe da 2a Seção do Estado-Maior do II Exército. Teve participação em caso de tortura e execução. |
Ernani Jorge Correa
(1924-) |
General de brigada. Adido do Exército na Embaixada do Brasil no
Paraguai de 1974 a 1976, período em que participou de reuniões e
iniciativas de intercâmbio de informação relacionadas à Operação Condor.
Teve participação na prisão ilegal de cidadãos paraguaios ocorrida em
Foz do Iguaçu (PR), em dezembro de 1974. Serviu na 2a seção do
Estado-Maior do Exército de 1976 a 1978. |
Ernesto Eleutério
(1941-) |
Perito criminal do Instituto de Criminalística de São Paulo. Teve
participação na emissão de laudos fraudulentos e, por essa conduta, foi
denunciado pelo Ministério Público Federal pela morte de Manoel Fiel
Filho. |
Ernesto Milton Dias
(1936-) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP). Teve participação em caso de execução. |
Euro Barbosa de Barros
(1934-) |
Coronel da Polícia Militar do estado do Mato Grosso. Em 1o de
junho de 1973, comandou a invasão da sede da prelazia de São Félix do
Araguaia (MT), como forma de intimidação ao bispo dom Pedro Casaldáliga e
à agente da prelazia Thereza Salles. Na operação, foram detidas
ilegalmente e torturadas pessoas ligadas à prelazia. |
Ewaldo Miranda
(*) |
Delegado de polícia. Atuou no Departamento de Ordem Política e
Social do Rio Grande do Sul (DOPS/RS) em 1950. Participou de ação
repressiva de manifestação social em que o uso de armas de fogo veio a
causar a morte da operária Angelina Gonçalves (1950). |
Ezy Ramalho Feitosa
(*) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Mato Grosso. Teve participação em caso de execução. |
Félix Freire Dias
(1949-) |
Ex-cabo do Exército. Foi agente do Centro de Informações do
Exército (CIE), com atuação no Rio de Janeiro e em Brasília, tendo
também cumprido missões na região de Xambioá (PA), sob o comando do
major do CIE José Brant Teixeira. Atuava na Casa de Petrópolis (RJ), um
dos principais locais de tortura do país, onde era conhecido como
“doutor Magro” ou “doutor Magno”. Segundo depoimentos de Marival Chaves à
CNV, Dias teve participação em casos de execução, desaparecimento
forçado e ocultação de cadáver. |
Ferdinando Muniz de Farias
(1922-) |
Coronel-aviador. Ingressou no Centro de Informações de Segurança
da Aeronáutica (CISA) em maio de 1969, tendo sido nomeado, em janeiro de
1971, chefe da divisão de operações. Teve participação em casos de
tortura, execução, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Firmiano Pacheco Netto
(1934-2008) |
Delegado de polícia no estado de São Paulo. Serviu no Departamento
de Ordem Política e Social de São Paulo (DOPS/SP). Teve participação em
caso de execução. Convocado pela CNV em março de 2013 para prestar
depoimento, deixou de comparecer injustificadamente. |
Floriano Aguilar Chagas
(1926-2012) |
General de divisão. Foi adido do Exército na Embaixada do Brasil
em Buenos Aires de 1973 a 1975, mantendo contato frequente com agentes
argentinos e chilenos da área de informações. |
Floricio Fornaciari
(1934-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Francisco Moacyr Meyer Fontenelle
(1929-1993) |
Coronel do Exército. Serviu no 1o Batalhão de Polícia do Exército
(BPE), no Rio de Janeiro, sendo também conhecido à época como major
Fontenelle. Seu nome consta na denúncia oferecida pelo Ministério
Público Federal como um dos responsáveis pelo sequestro, tortura e
execução de Mário Alves de Souza Vieira (1970). Teve participação em
outros casos de tortura. |
Francisco Torres Dutra
(1935-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Freddie Perdigão Pereira
(1936-1996) |
Coronel do Exército. Serviu no Centro de Informações do Exército
(CIE), vinculado aos gabinetes dos ministros do Exército Lyra Tavares e
Orlando Geisel, de julho de 1968 a março de 1972. Sob o codinome “doutor
Roberto”, atuou no centro clandestino conhecido como Casa da Morte, em
Petrópolis (RJ). Entre fevereiro de 1973 e janeiro de 1975, serviu no
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI) do II Exército, em São Paulo, sob o comando de
Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Maciel. Esteve na agência do SNI
no Rio de Janeiro de novembro de 1974 a fevereiro de 1977. Teve
participação em casos de detenção ilegal, tortura, execução,
desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Frederico Ildefonso Marri Amaral
(1932-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em emissão de laudo necroscópico
fraudulento, que se prestou ao acobertamento de execução. |
Geraldo Rebello
(*)
|
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em emissão de laudos necroscópicos
fraudulentos, que se prestaram ao acobertamento de execuções. |
Gonçalino Curio de Carvalho
(*) |
Coronel da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Foi comandante do
Destacamento Volante da Brigada Militar. Teve participação na detenção
ilegal e tortura que, em 21 de maio de 1965, na cidade de Erechim (RS),
levou à morte o agricultor Leopoldo Chiapetti (1965). |
Graccho Guimarães Silveira
(1936-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/RJ). Teve participação em casos de emissão de laudos
necroscópicos fraudulentos. |
Harim de Sampaio d’Oliveira
(1934-2007) |
Delegado de polícia no estado de São Paulo. Integrante de equipe
de interrogatório do DOI-CODI do II Exército em 1976, quando teve
participação em caso de tortura e execução. |
Haydn Prates Saraiva
(1931-2002) |
nvestigador de polícia. Atuou em interrogatórios de presos
políticos na Delegacia de Furtos e Roubos de Belo Horizonte e também em
missões em conjunto com o delegado Cláudio Guerra. Teve participação em
casos de tortura, execução e ocultação de cadáver. |
Herbert de Bastos Curado
(1929-) |
Coronel do Exército. Foi secretário de Segurança Pública do estado
de Goiás. Teve participação em casos de ocultação de cadáver. |
Herculano Leonel
(1942-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de São Paulo. Foi condenado a
seis anos de prisão pela justiça militar em 1982, como autor do disparo
que matou o líder sindical Santo Dias. Recorreu da decisão e logrou que
o processo fosse arquivado. Teve participação em execução. |
Hilário José Corralis
(1913-1982) |
Marceneiro e pequeno empresário, especialista em explosivos,
ligado a oficiais do Exército e da Polícia Militar. Em maio de 1962,
esteve envolvido na tentativa de atentado a bomba contra a Exposição
Comercial Soviética no Pavilhão de São Cristovão, na cidade do Rio de
Janeiro. Participava do chamado Grupo Secreto, organização paramilitar
de direita que desencadeou uma série de atos terroristas na tentativa de
deter a abertura política. Teve participação no atentado do Riocentro,
no Rio de Janeiro, tendo sido denunciado pelo Ministério Público Federal
no ano de 2014. |
Hilton Fernandes da Silva
(1920-1986) |
Policial civil. Serviu no Departamento de Ordem Política e Social
de Pernambuco (DOPS/PE). Teve participação em caso de morte sob tortura
para o qual foi apresentada a falsa versão de suicídio. |
Homero César Machado (1940-) |
Coronel do Exército. Foi chefe de equipe de interrogatório da
Operação Bandeirante (Oban) em 1969 e 1970. Teve participação em casos
de prisão, tortura, execução e desaparecimentos forçado. Foi convocado e
ouvido pela Comissão Nacional da Verdade em agosto de 2014. |
Hugo Caetano Coelho de Almeida
(1926-) |
oronel do Exército. Era major do IV Exército, servindo no Recife,
em 1964, quando participou da repressão às manifestações que se seguiram
ao golpe militar. Nessa ocasião, ao atirar contra manifestantes, teve
participação direta na morte de dois estudantes. |
Humberto Ribeiro Quintas
(1942-) |
Policial civil. Serviu no Departamento de Ordem Política e Social
do Rio de Janeiro (DOPS/RJ) em 1970. Teve participação em casos de
detenção ilegal e tortura. |
Humberto Serrano de Souza
(*) |
Investigador de polícia. Serviu na Polícia Civil do estado de
Pernambuco. Teve participação em caso de detenção ilegal, tortura e
execução. |
Hygino de Carvalho Hércules
(1939-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/RJ). Teve participação em caso de emissão de laudo
necroscópico fraudulento. |
Innocêncio Fabrício de Mattos Beltrão
(1931-) |
Major do Exército. Atuou na Operação Bandeirante (Oban) e no
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI) do II Exército em 1969 e 1970. Teve participação em
casos de tortura e desaparecimento forçado. |
Isaac Abramovitc
(1936-2012) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudos necroscópicos
fraudulentos, tortura e ocultação de cadáver. |
Ivahir Freitas Garcia
(1926-94) |
Delegado de polícia. Atuou no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP). Teve participação em caso de detenção
ilegal e execução. |
Jacy Ochsendorf e Souza
(1945-) |
Capitão do Exército. Serviu no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I
Exército, no Rio de Janeiro, e na Casa da Morte, em Petrópolis (RJ). Foi
agente do Centro de Informações do Exército (CIE). Denunciado
criminalmente pelo Ministério Público Federal em maio de 2014, acusado
do homicídio e da ocultação do cadáver do ex-deputado Rubens Paiva, em
1971. Em depoimento à CNV, o ex-analista do CIE e do DOI Marival Chaves
acusou Jacy Ochsendorf de ser o responsável em Brasília pelos agentes
infiltrados entre os montoneros exilados no Brasil. Prestou depoimento à
CNV em julho de 2014, negando-se a responder às perguntas. |
Jáder de Jesus Coutinho
(1932-2013) |
Capitão de mar e guerra. Foi subcomandante da unidade da Marinha
na ilha das Flores (RJ), em 1969. Teve participação em casos de tortura,
que autorizava e cuja execução acompanhava. |
Jayr Gonçalves da Motta
(1935-1982) |
Policial federal, atuou no Departamento de Ordem Política e Social
do então estado da Guanabara (DOPS/GB) de 1966 ao início da década de
1970. Atuava também no Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica
(CISA) e tinha livre trânsito no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I
Exército, no Rio de Janeiro. Teve participação em casos de detenção
ilegal e tortura. |
Jair Romeu
(1926-2000) |
Auxiliar de necropsia do Instituto Médico Legal do estado de São
Paulo (IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudo
necroscópico fraudulento e de ocultação de cadáver. |
Jamil Jomar de Paula
(1951-) |
Tenente do Exército. Atuou no serviço de informações do Batalhão
de Fronteira de Foz do Iguaçu. Teve participação em casos de detenção
ilegal, execução, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Jeovah Silva
(*) |
Escrivão do DOPS-GB. Teve participação em caso de tortura no DOPS-GB e no Hospital Central do Exército (HCE). |
João Alves de Souza
(*) |
Segundo-tenente da Polícia Militar de Goiás. Teve participação em
casos de execução, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
João André Dias Paredes
(1918-1987) |
Coronel da Polícia Militar do estado do Paraná, que comandou em
1959 e 1960. Ainda tenente da corporação, foi responsável pela tropa de
22 soldados armados que, em 10 de outubro de 1950, participou da
execução de posseiros na repressão à Guerrilha de Porecatu (1947-52), no
norte do Paraná. |
João Câmara Gomes Carneiro
(1938-) |
Capitão do Exército. Serviu no 12o Regimento de Infantaria, em
Belo Horizonte, em 1968, e no Destacamento de Operações de Informações –
Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I Exército, no Rio
de Janeiro, em 1970 e 1971. Teve participação em casos de tortura. |
João Carlos Tralli
(1932-2007) |
Investigador da Polícia Civil. Serviu no Departamento de Ordem
Política e Social de São Paulo (DOPS/SP). Teve participação em casos de
detenção ilegal, tortura e execução. Entre 1973 e 1974, chegou a passar
seis meses preso, sob a acusação de integrar grupos de extermínio em São
Paulo. |
João Clementino Silva
(1939-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores da Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963. Atirou
indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
João Grigorian
(*) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento, para ocultação de morte sob tortura. |
João Guilherme Figueiredo
(1936-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/RJ). Teve participação em caso de emissão de certidão de
óbito fraudulenta. |
João Henrique Ferreira de Carvalho
(1950-) |
Médico. Atuou no Destacamento de Operações de Informações – Centro
de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército, a partir de
1972. Conhecido pelo codinome “Jota” e tendo atuado como agente
infiltrado, foi indicado como modelo de infiltração pela Escola Nacional
de Informações (ESNI). Como informante, colaborou para a prática de
tortura, execuções e desaparecimentos forçados. Convocado pela CNV,
prestou depoimento em fevereiro de 2013, confirmando sua colaboração com
a repressão, sem admitir, todavia, responsabilidade por graves
violações. |
João Lucena Leal
(1939-) |
Delegado da Polícia Federal. Responsável pela ação que capturou e
executou Antônio Bem Cardoso. Em depoimento prestado em 13 de dezembro
de 2012 à Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara
(CEMVDHC), de Pernambuco, José Calistrato Cardoso Filho confirmou seu
relato sobre as circunstâncias de morte de Antônio Bem Cardoso e a
indicação de autoria do delegado João Lucena Leal. |
João Medeiros
(1933-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
João Pagenotto
(1927-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudos necroscópicos
fraudulentos. |
João Pedro do Rego
(1925-) |
Subtenente do Exército. Vinculado ao Centro de Informações do
Exército (CIE), atuou no sudeste do estado do Pará, integrando a
estrutura de repressão à Guerrilha do Araguaia. De acordo com
depoimentos do sargento José Conegundes do Nascimento e do
tenente-coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel, o subtenente João Pedro do
Rego, referido como “Javali Solitário”, participou diretamente da
execução da guerrilheira Lúcia Maria de Souza, conhecida também como
Sônia, cujo corpo foi deixado insepulto na mata e nunca foi encontrado. |
João Rodrigues Pinheiro
(*) |
Coronel da Polícia Militar do estado de Goiás. Foi delegado de
polícia de Jataí (GO). Teve participação em casos de ocultação de
cadáver. |
João Santa Cruz Sacramento
(1931-) |
Sargento do Exército. Atuou na região do Araguaia em todas as
fases do combate à guerrilha, tendo permanecido na área de 1972 a 1975.
Ouvido pela CNV em novembro de 2013, reconheceu em seu depoimento ter
tido participação na detenção ilegal e no desaparecimento forçado de
pessoa não identificada, que foi entregue por ele aos responsáveis pela
Casa Azul, centro clandestino de detenção e tortura localizado na antiga
sede do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER, hoje
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT) em Marabá
(PA). |
Joaquim Felix de Carvalho
(1938-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Josecir Cuoco
(1940-) |
Delegado da Polícia Federal. Atuou no Departamento de Ordem
Política e Social de São Paulo (DOPS/SP), onde chefiou equipe de
interrogatório. Teve participação em casos de detenção ilegal, tortura e
execução. |
Jonas Fontinelli
(*) |
Major do Exército, também identificado como Jonas Gomes
Fontenelle. Foi chefe do gabinete da Secretaria de Segurança Pública do
estado de Pernambuco, em 1972, e atuou no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do IV
Exército. Teve participação em caso de tortura e desparecimento forçado. |
Jorge Francisco Inácio
(1939-1985) |
Policial civil no estado de Pernambuco. Serviu no Departamento de
Ordem Política e Social de Pernambuco (DOPS/PE). Autor do disparo de
arma de fogo que matou Manoel Aleixo, lavrou auto de resistência em que
oficializou a versão de que teria reagido à agressão da vítima no
momento da detenção. |
Jorge Nunes Amorim
(1932-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/ RJ). Teve participação na emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
José Alves Assunção Menezes
(1914-1977) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/ RJ). Teve participação em casos de emissão de laudos
necroscópicos fraudulentos. |
José Anselmo dos Santos
(1942-) |
Marinheiro. Agente infiltrado em organizações de oposição ao
regime militar, conhecido como “cabo Anselmo”. Teve participação em
casos de detenção ilegal, tortura, execução e desaparecimento forçado. |
José Antônio de Mello
(1924-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação na emissão de laudo necroscópico
fraudulento, fato pelo qual foi denunciado pelo Ministério Público
Federal. |
José Bartolomeu Lemos Gibson
(1923-1991) |
Promotor de Justiça. Exerceu cargo em comissão no Departamento de
Investigações da Secretaria de Segurança Pública do estado de
Pernambuco, em 1969, quando teve participação em caso de detenção
ilegal, tortura e execução. |
José Benedito Montenegro de Magalhães Cordeiro
(1923-) |
Major do Exército. Comandante do 15o regimento de infantaria, em
João Pessoa, foi responsável pelo inquérito policial militar (IPM)
relativo ao Grupo dos Onze. Teve participação em detenções ilegais,
tortura, execução e desaparecimento forçado. Convocado pela CNV em julho
de 2014, não compareceu para prestar depoimento, sendo alegado quadro
de doença, idade avançada e confusão mental. |
José Brant Teixeira
(1934-) |
Tenente-coronel do Exército. Esteve vinculado ao Centro de
Informações do Exército (CIE) de 1971 a 1979, quando passou a prestar
serviços ao Serviço Nacional de Informações (SNI). Chefiou equipe do CIE
que atuava na Casa da Morte, centro clandestino localizado em
Petrópolis (RJ). Atuou na repressão da Guerrilha do Araguaia e
participou da “Operação Limpeza” realizada em janeiro 1975, que se
destinou à ocultação dos corpos dos guerrilheiros e camponeses
executados e ao encobrimento dos vestígios da atuação das forças
repressivas. |
José Carlos Campos Filho
(*) |
Investigador de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP). Teve participação em caso de tortura e
execução. |
José Cirilo Borges
(1938-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
José Conegundes do Nascimento
(1933-) |
Tenente do Exército. As folhas de alteração do então sargento José
Conegundes do Nascimento comprovam sua presença na região da Guerrilha
do Araguaia entre os anos de 1972 e 1974, a serviço do Centro de
Informações do Exército (CIE). Comprova, também, sua presença na região
especificamente em 24 de outubro 1973, quando foi executada Lúcia Maria
de Souza. Teve participação em casos de detenção ilegal, tortura,
execução, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
José de Ribamar Santos
(1931-) |
Sargento da Polícia Militar do estado de Goiás. Serviu na
Delegacia de Policia de Paraíso do Norte (GO) em 1972, quando teve
participação em casos de execução, desaparecimento forçado e ocultação
de cadáver. |
José do Bonfim Pinto
(1941-) |
Segundo-sargento da Polícia Militar do estado de Goiás. Exerceu o
cargo de delegado de polícia. Teve participação em caso de
desaparecimento forçado. |
José Felix Gaspar
(1938-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de apro ximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
José Geraldo Ciscato
(1930-) |
(1930-) Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São
Paulo (IML/SP). Teve participação em caso de emissão de certidão de
óbito fraudulenta. |
José Gomes Vidal
(1941-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de Carvalho,
reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas de Minas
Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963. Atirou
indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
José Gonçalves Dias
(*)
|
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve envolvimento em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
José Guilherme Figueiredo
(1943-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/RJ). Teve participação em caso de emissão de laudo
necroscópico fraudulento. |
José Henrique da Fonseca
(1917-2008) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudo necroscópico
fraudulento e de ocultação de cadáver. |
José Lino Coutinho da França Netto
(1940-) |
Médico. Prestou serviço militar na unidade da Marinha na Ilha das
Flores (RJ), em 1969 e 1970, atuando como tenente-médico. Teve
participação em casos de tortura, acompanhando-a e colaborando com sua
execução por meio da ocultação do delito, da promoção de tortura
psicológica, buscando diminuir a resistência voluntária e a capacidade
de decidir dos torturados e agindo junto aos presos políticos após as
sessões de tortura física, já em suas celas, na tentativa de ganhar sua
confiança e obter novas informações. Essas conclusões foram produzidas
pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj)
e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em 1993 e 2000,
respectivamente, em decisões que resultaram na cassação de seu registro
profissional. |
José Manoel Pereira
(*) |
Sargento do Exército. Serviu no 10o Batalhão de Caçadores do
Exército, sendo destacado, em 1972, para atuar no combate à Guerrilha do
Araguaia. Teve participação em casos de execução e desaparecimento
forçado. |
José Maria Francisco
(1923-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores da Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963. Atirou
indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
José Morsch
(1912-) |
Delegado de polícia. Diretor-substituto do DOPS/RS. Em 1967 foi
denunciado na comissão parlamentar de inquérito da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Sul que investigou o “caso do sargento das
mãos amarradas” e pelo Ministério Público estadual. Teve participação em
caso de tortura e execução. |
José Nei Fernandes Antunes
(1926-) |
Coronel do Exército. Comandante do 1o Batalhão de Polícia do
Exército (BPE), no Rio de Janeiro, de 1969 a 1971, atuou junto ao
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI) do I Exército. Teve participação em caso de tortura e
execução. |
José Oliveira Silvestre
(*) |
Delegado de Polícia. Atuou no Departamento de Ordem Política e
Social de Pernambuco (DOPS/PE). Teve participação em casos de tortura e
execução. |
José Pereira de Vasconcellos
(1934-) |
Inspetor de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social do então estado da Guanabara (DOPS/GB), tendo exercido a chefia
da Seção de Atividades Antidemocráticas, em 1963. Participação em
torturas e execução. |
José Rodrigues
(1939-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Júlio Roberto Cerdá Mendes
(1936-) |
Coronel do Exército. Chefiou a seção de informações do Batalhão de
Fronteira de Foz do Iguaçu (PR), onde serviu de 1970 a 1973. Coordenou
as operações militares que levaram à extinção da presença de opositores
do regime militar no município de Nova Aurora, no oeste do Paraná. Teve
participação em casos de detenção ilegal e tortura. Convocado pela CNV
em duas oportunidades, não compareceu injustificadamente. |
Júlio Saboya de Araújo Jorge
(1944-) |
Capitão de corveta. Serviu na unidade da Marinha da ilha das
Flores (RJ), nos anos de 1969 e 1970. Teve participação em casos de
tortura, cuja execução acompanhava. |
Jurandir Gomes de Carvalho
(1930-) |
Comandante da cavalaria da Polícia Militar do estado de Minas
Gerais. Integrou a equipe policial que, sob o comando do tenente
Jurandir Gomes de Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de
outubro de 1963. Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de
aproximadamente 5 mil pessoas. |
Jurandyr Ochsendorf e Souza
(1939-) |
Capitão da reserva do Exército. Serviu no Destacamento de
Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna
(DOI-CODI) do I Exército, atuando também na Casa da Morte, em Petrópolis
(RJ). Foi agente do Centro de Informações do Exército (CIE). Denunciado
criminalmente pelo Ministério Público Federal em maio de 2014, acusado
do homicídio e da ocultação do cadáver do ex-deputado Rubens Beyrodt
Paiva, em 1971. |
Lenilso Tabosa Pessoa
(1937-2007) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Léo Frederico Cinelli
(1932-) |
Coronel do Exército. Tenente-coronel do Exército em 1973 e 1974,
quando participou da Operação Marajoara, na região do Araguaia, que
resultou na morte e desaparecimento de pelo menos 49 guerrilheiros.
Entre 1971 e 1974 trabalhou no Centro de Informações do Exército (CIE).
Entre novembro de 1973 e abril de 1974, desenvolveu intensa atividade
nos estados do Pará, Goiás e Maranhão, marcada principalmente por
deslocamentos por helicóptero em voos que, segundo os relatos de
moradores da região, eram utilizados para o transporte de guerrilheiros
presos para os centros de detenção, de Bacaba e Marabá (PA), e Xambioá
(GO). |
Leuzinger Marques Lima
(1928-) |
Coronel-aviador. Adjunto do adido aeronáutico na Embaixada do
Brasil em Montevidéu. Teve participação na detenção ilegal e na tortura
de Jefferson Cardim de Alencar Osório, ocorrida em Buenos Aires, em
dezembro de 1970. |
Lício Augusto Ribeiro Maciel
(1930-) |
Tenente-coronel do Exército. Vinculado ao Centro de Informações do
Exército (CIE), sob o codinome de “doutor Asdrúbal”, atuou na região do
Araguaia de abril de 1972 ao final de 1973, quando esteve diretamente
envolvido na execução e no desaparecimento de guerrilheiros. Sobre um
deles, André Grabois, Lício afirmou, em depoimento na Câmara dos
Deputados, ter sido o autor direto dos disparos que resultaram em sua
morte. Foi ainda denunciado pelo Ministério Público Federal pela
privação da liberdade, mediante sequestro, de Divino Ferreira de Souza. |
Lindolpho Rodrigues Coelho
(1916-) |
Reservista do Exército, atuou no 6o batalhão da Polícia Militar de
Governador Valadares (MG). Teve participação em execução. |
Lourival Gaeta
(1927-1997) |
Delegado de polícia. Atuou no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército, integrando equipe de interrogatório. Teve participação em
casos de detenção ilegal, tortura, execução e desaparecimento forçado. |
Lúcio Valle Barroso
(1933-) |
Coronel-aviador. Fez curso na Escola das Américas, no Panamá, de
janeiro a abril de 1970. Serviu no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I
Exército, no Rio de Janeiro. Atuou como chefe de operações da 3a Zona
Aérea, sob o comando do brigadeiro João Paulo Moreira Burnier. Foi
denunciado por Alex Polari e outros ex-presos políticos como tendo
participado da tortura que levou Stuart Angel à morte. Em depoimento à
CNV, em junho de 2014, reconheceu ter sido o autor do disparo de arma de
fogo que levou à morte de Eiraldo Palha Freire, em julho de 1970.
Revelou também detalhes da execução de Luiz Antônio Santa Bárbara, no
interior da Bahia, durante a Operação Pajussara. |
Luis Martins de Miranda Filho
(1927-2001) |
Agente da Polícia Civil. Atuou no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do IV
Exército. Teve participação em casos de tortura. |
Luiz Alves Ferreira
(*) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação na emissão de laudo necroscópico
fraudulento, identificando a vítima com nome falso. |
Luiz Arthur de Carvalho
(1925-) |
Coronel do Exército. Foi superintendente regional da Polícia
Federal na Bahia. Atuou com equipes do Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) na 6a
Região Militar. Teve participação em casos de tortura e execução. |
Luiz Carlos Menna Barreto
(1926-1993) |
Tenente-coronel do Exército. Chefe de gabinete do secretário de
Segurança Pública do Rio Grande do Sul e responsável pelo “Dopinha”,
centro de tortura clandestino instalado no centro de Porto Alegre. Em
1967 foi denunciado na comissão parlamentar de inquérito da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Sul que investigou o “caso do sargento das
mãos amarradas”, assim como pelo Ministério Público estadual. Teve
participação em caso de tortura e execução. |
Luiz Ferreira Barros
(1916-) |
Coronel da Polícia Militar do estado da Paraíba. Dirigiu a
guarnição da Polícia Militar no município de Sapé (PB), em 1964. Teve
participação em execuções. |
Luiz Mário Valle Correia Lima
(1945-) |
Coronel do Exército. Serviu no 1o Batalhão de Polícia do Exército
(BPE), no Rio de Janeiro, em 1969 e 1970. Foi denunciado pelo Ministério
Público Federal como um dos responsáveis pelo sequestro, tortura e
execução do militante Mário Alves de Souza Vieira (1970). Teve
participação em casos de detenção ilegal, tortura e desaparecimento
forçado. |
Luiz Shinji Akaboshi
(1947-) |
Sargento do Exército. Integrante da equipe de interrogatório do
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI) do II Exército, em 1976, quando teve participação em
caso de tortura e execução. |
Luiz Soares de Souza Rocha
(1909-1980) |
Delegado de polícia, lotado na Delegacia de Furtos e Roubos de
Belo Horizonte, em 1969 e 1970. Superintendente de policiamento civil do
estado de Minas Gerais. Teve participação em casos de tortura e
execução. |
Luiz Timótheo de Lima
(1936-) |
Agente da Polícia Civil. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social do Rio de Janeiro (DOPS/RJ). Teve participação em casos de
detenção ilegal, tortura, execução e desaparecimento forçado. Foi
denunciado pelo Ministério Público Federal pelo sequestro e tortura de
Mário Alves de Souza Vieira. |
Marco Antonio Povolleri
(1946-) |
Cabo do Exército. Serviu no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I
Exército. Teve participação em casos de tortura, execução e ocultação de
cadáver. |
Marco Aurélio da Silva Reis
(*) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social do Rio Grande do Sul (DOPS/RS). Teve participação em caso de
prisão ilegal e tortura. |
Marcos de Almeida
(*) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Mario Borges
(*) |
Policial civil. Foi chefe do serviço de buscas ostensivas do
Departamento de Ordem Política e Social do então estado da Guanabara
(DOPS/GB). Teve participação em casos de detenção ilegal e tortura. |
Mario Espedito Ostrovski
(1946-) |
Tenente do Exército. Serviu na 2a seção do Batalhão de Fronteira
de Foz do Iguaçu (PR), no início da década de 1970, quando atuou em
operações militares que levaram à extinção da presença de opositores do
regime militar no município de Nova Aurora, no Paraná. Teve participação
em casos de detenção ilegal e tortura. Convocado duas vezes pela CNV,
deixou de comparecer sem apresentar justificativa, o que motivou
solicitação da CNV ao Departamento de Polícia Federal para abertura de
inquérito policial por crime de desobediência. |
Mário Nelson Matte
(1939-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento, identificando a vítima com nome falso. |
Mario Santalucia
(1909-1972) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Maurício José de Freitas
(*) |
Agente da Polícia Federal. Integrou equipe de interrogatório da
Operação Bandeirante (Oban), de 1969 a 1971. Conhecido como
“Lungaretti”, ou “Lunga”, teve participação em casos de tortura,
execução e desaparecimento forçado. |
Maurício Lopes Lima
(1935-) |
Tenente-coronel do Exército. Serviu na Operação Bandeirante (Oban)
e no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de
Defesa Interna (DOICODI) do II Exército, em São Paulo, de 1969 a 1971,
onde chefiou equipe de busca e orientou a realização de interrogatórios.
Teve participação em casos de tortura, execução e desaparecimento
forçado. |
Miguel Cunha Lanna
(1920-) |
Coronel-aviador. Adido militar aeronáutico em Buenos Aires e
Montevidéu. Teve participação no sequestro e desaparecimento forçado de
Edmur Péricles Camargo, em Buenos Aires, em 16 de janeiro de 1971. |
Milton Souto da Silva
(1938-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Moacir Gomes de Almeida
(*) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Murilo Fernando Alexander
(1924-) |
Coronel do Exército. Serviu no Centro de Informações do Exército
(CIE) no final da década de 1960 e início da década de 1970. Na
Auditoria Militar do Exército em São Paulo, teve participação na
ocultação das causas da morte de Vladimir Herzog (1975) e Manoel Fiel
Filho (1976). |
Nelson Costa
(*) |
Policial civil. Serviu no Departamento de Ordem Política e Social
do então estado da Guanabara (DOPS/GB). Teve participação em casos de
execução. |
Nereu de Mattos Peixoto
(1926-) |
Brigadeiro do ar. Serviu no Centro de Informações de Segurança da
Aeronáutica (CISA). Foi chefe de gabinete do brigadeiro João Paulo
Moreira Burnier, quando este comandou a 3a Zona Aérea, no Rio de
Janeiro, em 1970 e 1971. Teve participação no caso de detenção ilegal,
tortura e execução do ex-deputado Rubens Beyrodt Paiva, quando este
esteve sob poder do CISA, antes de ser executado no Destacamento de
Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna
(DOI-CODI) do II Exército. |
Newton Jerônimo Gibson Duarte Rodrigues
(1931-) |
(1931-) Vinculado ao Comando de Caça aos Comunistas (CCC) no
estado de Pernambuco, ainda estudante, no final da década de 1960. Teve
participação em casos de detenção ilegal, tortura e execução. |
Ney Armando de Mello Meziat
(1924-) |
Coronel do Exército. Chefe da 2a seção do IV Exército. Atuou no
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI). Teve participação em casos de tortura. |
Nilo Caneppa da Silva
(1916-) |
General. Adido do Exército na Embaixada do Brasil em Buenos Aires,
de janeiro de 1969 a fevereiro de 1971. Teve participação na detenção
ilegal e na tortura de Jefferson Cardim de Alencar Osório, ocorrida em
Buenos Aires, em dezembro de 1970. |
Nilo Hervelha
(*) |
Inspetor de polícia do Departamento de Ordem Política e Social do
Rio Grande do Sul (DOPS/RS) de 1970 e 1972. Teve participação em caso de
detenção ilegal e tortura. |
Odeíno Gomes da Silva
(1939-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Olympio Pereira da Silva
(1922-1985) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/RJ). Teve participação em caso de emissão de laudo
necroscópico fraudulento. |
Onildo Benicio Rogeno
(1930-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Orlando José Bastos Brandão
(1930-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Osvaldo Ferrarez de Castro
(1942-) |
Soldado da Polícia Militar do estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Otávio D’Andrea
(1930-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudos necroscópicos
fraudulentos. |
Otávio Gonçalves Moreira Júnior
(1938-) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP) e posteriormente no Destacamento de
Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna
(DOI-CODI) do II Exército. Foi morto no Rio de Janeiro em 1972. Teve
participação em casos de detenção ilegal, tortura, execução e ocultação
de cadáver. |
Otávio Rainolfo da Silva
(1947-) |
Policial civil. Serviu no Batalhão de Fronteira de Foz do Iguaçu
(PR), lotado na seção de informações. Teve participação em casos de
detenção ilegal, tortura, execução e desaparecimentos forçados.
Convocado pela CNV em maio de 2013, prestou depoimento e reconheceu que
esteve presente na Chacina do Parque Nacional do Iguaçu, em julho de
1974. |
Paulo Augusto de Queiroz Rocha
(1919-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de atestados de óbito e
laudos necroscópicos fraudulentos. |
Paulo Bordini
(1922-2011) |
Sargento da Polícia Militar do estado de São Paulo. Atuou na
Operação Bandeirante (Oban) e no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército, em São Paulo. Teve participação em casos de detenção ilegal,
tortura, execução e desparecimento forçado. |
Paulo Malhães
(1938-2014) |
Coronel do Exército. Serviu no Centro de Informações do Exército
(CIE).Com intensa participação em atividades de repressão, atuou nos
estados do Rio de Janeiro – inclusive na Casa da Morte, em Petrópolis –
do Rio Grande do Sul, do Paraná e do Mato Grosso, na região Nordeste e
na região do Araguaia. De acordo com depoimento que prestou à CNV,
esteve, também, em operações que contaram com a cooperação de agentes
argentinos e chilenos. Teve participação em casos de detenção ilegal,
tortura, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Paulo Rosa
(*) |
Investigador da Polícia Federal. Serviu no Destacamento de
Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna
(DOI-CODI) do II Exército, em São Paulo, em 1969 e 1970, tendo integrado
equipe de interrogatório. Teve participação em casos de tortura,
desparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Paulo Sérgio Nery
(1935-1979) |
Diplomata. Chefiou o Centro de Informações do Exterior (Ciex) do
Ministério das Relações Exteriores, de janeiro de 1969 a novembro de
1973. Teve participação no caso do desaparecimento forçado de Edmur
Péricles Camargo, em Buenos Aires, em 16 de junho de 1971. |
Pedro Antônio Mira Grancieri
(1936-) |
Investigador de polícia. Atuou no Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército, em São Paulo, na década de 1970. Em entrevista à revista IstoÉ
Senhor (edição de 25 de março de 1992), declarou ter sido o único
policial que participou do interrogatório de Vladimir Herzog e admitiu
estar envolvido com sua morte. Os ex-presos políticos Rodolfo Konder e
George Duque Estrada, detidos no DOI-CODI à mesma época, acusaram Pedro
Antônio Mira Grancieri de ser responsável pela tortura que levou Herzog à
morte. |
Pedro Carlos Seelig
(1934-) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social do Rio Grande do Sul (DOPS/RS). Teve participação em casos de
detenção ilegal, tortura e execução. |
Pedro Correa Cabral
(1944-)
|
Coronel-aviador. Esteve na região sudeste do Pará entre outubro de
1973 e setembro de 1975, participando dos esforços de contraguerrilha
e, posteriormente, das chamadas “Operações de Limpeza”, conforme
entrevista que concedeu à revista Veja (edição de 19 de outubro de
1993). O coronel afirmou ter transportado corpos de guerrilheiros,
desenterrados com a finalidade de eliminação de vestígios dos crimes
cometidos pelos militares no episódio. Teria presenciado pessoalmente a
exumação de alguns corpos de guerrilheiros, assim como sua queima. |
Pérsio José Ribeiro Carneiro
(1939-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudo necroscópico
fraudulento, tendo tido cassado seu registro profissional. |
Raul Nogueira de Lima
(1930-) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP) e foi um dos criadores do Comando de Caça
aos Comunistas (CCC). Teve participação em casos de execução. |
Raymundo Ronaldo Campos
(1935-) |
Coronel do Exército. Foi denunciado criminalmente pelo Ministério
Público Federal em maio de 2014, por participação no homicídio e na
ocultação do cadáver do ex-deputado Rubens Beyrodt Paiva, ocorridos em
janeiro de 1971. |
Redivaldo Oliveira Acioly
(1937-) |
Delegado da Polícia Civil do estado de Pernambuco. Serviu no
Departamento de Ordem Política e Social de Pernambuco (DOPS/PE). Teve
participação em caso de tortura e desparecimento forçado, sendo
signatário, juntamente com o chefe de gabinete da Secretaria de
Segurança Pública de Pernambuco, Jonas Fontinelli, de documento enviado
ao ministro do Superior Tribunal Militar (STM) Armando Perdigão, em que
se registrou a falsa fuga de Ezequias Bezerra da Rocha, e também
omitindo dos familiares informações sobre a localização do corpo da
vítima. |
Renato D’Andréa
(1931-) |
Delegado de polícia. Serviu no Departamento de Ordem Política e
Social de São Paulo (DOPS/SP). Teve participação em casos de detenção
ilegal. |
Renato Sergio Lima Cappelano
(1929-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de atestado de óbito e de
laudo necroscópico fraudulento. |
Ricardo Agnese Fayad
(1940-) |
Médico do Exército e general de brigada. Esteve lotado no 1o
batalhão de Polícia do Exército (BPE), no Rio de Janeiro, de 1970 a
1975. Teve participação em casos de tortura. |
Riscala Corbage
(1941-) |
Tenente-coronel da Polícia Militar do estado do Rio de Janeiro.
Com atuação em atividades de repressão política desde o final da década
de 1960, esteve vinculado ao Destacamento de Operações de Informações –
Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do I Exército nos
primeiros anos da década de 1970. Em depoimento prestado em 2014 ao
Ministério Público Federal, admitiu a prática generalizada da tortura no
DOI‑CODI, envolvendo centenas de presos políticos. |
Rível Gomes da Rocha
(1940-) |
Investigador da Polícia Civil do estado de Pernambuco. Teve participação em caso de detenção ilegal, tortura e execução. |
Roberto Andrade Magalhães
(1935-2005) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Roberto Artoni
(1938-2014) |
Capitão do Exército. Serviu como chefe da seção de investigações
do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército de abril de 1971 a dezembro de
1976, quando foi transferido para o Centro de Informações do Exército
(CIE), em Brasília. Atuou no centro clandestino 31 de Março, no bairro
de Parelheiros, em São Paulo (SP). Teve participação em casos de tortura
e execução. |
Roberto Augusto de Mattos Duque Estrada
(1936-) |
Capitão do Exército. Serviu no 1o Batalhão de Polícia do Exército
(BPE), no Rio de Janeiro, em 1969 e 1970. Teve participação em caso de
detenção ilegal, tortura e desaparecimento forçado. |
Roberto Blanco dos Santos
(1940-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/RJ). Teve participação em casos de emissão de laudo
necroscópico fraudulento. |
Roberto Hipólito da Costa
(1918-1974) |
Brigadeiro do ar. Serviu na 5a Zona Aérea em 1964. Teve
participação em caso de execução. Recebeu a Medalha do Pacificador em
1965. |
Rogério Matos do Nascimento
(1943-) |
Vinculado ao Comando de Caça aos Comunistas (CCC) no estado de
Pernambuco, ainda estudante, no final da década de 1960. Teve
participação em caso de detenção ilegal, tortura e execução. |
Rubem Otero
(1930-) |
Segundo-sargento da Marinha. Teve participação em caso de execução. |
Ruben do Nascimento Paiva (1913-1995) |
General do Exército. Diretor do Hospital Central do Exército (HCE)
em 1971, concedeu autorização para o ingresso de agentes do
Departamento de Ordem Política e Social do Rio de Janeiro (DOPS/RJ) no
hospital, para interrogatório de Raul Amaro Nin Ferreira, que lá foi
torturado. |
Rubens Gomes Carneiro
(1937-)
|
Segundo-sargento do Exército. Atuou como agente de operações do
Centro de Informações do Exército (CIE), lotado no gabinete do ministro
do Exército entre 1970 e 1976. Identificado por Inês Etienne Romeu como o
torturador que na Casa da Morte atuou sob o codinome de “Laecato”. O
coronel Paulo Malhães confirmou a participação de Rubens Gomes Carneiro
no massacre do Parque Nacional do Iguaçu. Teve participação em casos de
detenção ilegal, tortura, execução, desaparecimento forçado e ocultação
de cadáver. |
Rubens Paim Sampaio
(1934-) |
Coronel do Exército. Oficial do gabinete do ministro do Exército a
partir de agosto de 1970, exerceu a função de adjunto do Centro de
Informações do Exército (CIE), até 1976. Identificado por Inês Etienne
Romeu como o torturador que na Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), atuou
sob o codinome de “doutor Teixeira”. Teve participação em casos de
tortura, execução, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. Foi
denunciado criminalmente pelo Ministério Público Federal em maio de
2014, acusado de participação no homicídio e na ocultação do cadáver do
ex-deputado Rubens Beyrodt Paiva. |
Rubens Pedro Macuco Janini
(1931-2009) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do estado do Rio de
Janeiro (IML/RJ). Teve participação em casos de emissão de laudo
necroscópico fraudulento. |
Rubens Robine Bizerril
(1935-) |
Major do Exército. Serviu na 3ª Brigada de Infantaria motorizada,
no Estado de Goiás. Dirigiu inquérito policial militar (IPM) para apurar
atividade do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Goiás. Teve
participação em caso de tortura e execução. |
Rubens Cardozo de Mello Tucunduva
(1925-1987) |
Delegado da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Serviu no
Departamento de Ordem Politica e Social de São Paulo (DOPS/SP). Teve
participação em casos de detenção ilegal e execução. |
Salim Raphael Balassiano
(1933-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do Estado do Rio de
Janeiro (IML/RJ). Teve participação em casos de emissão de laudo
necroscópico fraudulento. |
Samuel Haberkom
(1935-)
|
Médico-legista do Instituto Medico Legal do Estado de Sao Paulo
(IML/SP). Teve participacao em casos de emissao de certidão de óbito
fraudulenta. |
Sandoval de Sá
(1940-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do Estado de Goiás
(IML/GO). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Sebastião Alvim
(*) |
Coronel do Exército. Presidiu o inquérito policial militar (IPM)
que investigou o Conjunto Residencial da Universidade de Sao Paulo
(CRUSP), de 1968 a 1972. Teve participação em casos de tortura. |
Sebastião Cândido
(1932-) |
Soldado da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais. Integrou a
equipe policial que, sob o comando do tenente Jurandir Gomes de
Carvalho, reprimiu manifestação de trabalhadores das Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), em Ipatinga, em 7 de outubro de 1963.
Atirou indiscriminadamente contra uma multidão de aproximadamente 5 mil
pessoas. Ao menos oito pessoas morreram e 90 ficaram feridas. |
Sebastião Curió Rodrigues de Moura
(1938-)
|
Coronel do Exército. Conhecido também como “Curió” ou “doutor
Luchinni”, esteve vinculado ao Centro de Informacoes do Exercito (CIE).
Serviu na regiao do Araguaia, onde esteve no comando de operações em que
guerrilheiros do Araguaia foram capturados, conduzidos a centros
clandestinos de tortura, executados e desapareceram. Participou da
Operação Sucuri, em 1973, e comandou o posto de Marabá (PA) durante a
Operação Marajoara, de outubro de 1973 ate o final de 1974. Após ser
convocado em três oportunidades pela CNV, apresentou atestado médico
para justificar a impossibilidade de comparecimento, nao tendo sido
acolhida oferta da Comissao para coleta de depoimento domiciliar ou
hospitalar. |
Sebastião de Oliveira e Souza
(1939-) |
Coronel da Polícia Militar do Estado de Goiás. Comandante do 2º
Batalhao de Polícia Militar. Teve participação em casos de ocultação de
cadáver. |
Sebastião José Ramos de Castro
(1922-)
|
General de Exército. Adido do Exército na Embaixada do Brasil em
Buenos Aires, de março de 1971 a fevereiro de 1973. Teve participação no
sequestro e desaparecimento forçado de Edmur Pericles Camargo, em
Buenos Aires, em 16 de junho de 1971. Em 1973, apos voltar de Buenos
Aires, passou a servir no Serviço Nacional de Informações (SNI),
primeiro como assessor da direção do órgão, depois, por quase quatro
anos, como chefe da agência central, tendo sido exonerado do cargo em
1978. No SNI, teve também participacao no caso do sequestro de três
cidadãos paraguaios em Foz do Iguaçu em dezembro de 1974. |
Sergio Belmiro Acovesta
(1929-) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do Estado de Sao Paulo
(IML/SP), cujo nome é também grafado Sergio Belmiro Acquesta. Teve
participação em casos de emissão de certidão de óbito e laudo
necroscópico fraudulento. |
Sérgio de Oliveira
(*) |
Médico-legista do Instituto Médico Legal do Estado de Sao Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Sérgio Fernando Paranhos Fleury (1933-1979) |
Delegado da Polícia Civil do Estado de São Paulo, serviu no
Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (DOPS/SP) e foi
nomeado diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais
(DEIC), em 1977. Teve participação em casos de detenção ilegal, tortura,
execução, desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. |
Tamotu Nakao (1934-)
|
Tenente da Polícia Militar. Atuou no Destacamento de Operações de
Informações-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II
Exército como chefe de equipe de interrogatório. Teve participação em
caso de tortura e execução, pelo qual foi denunciado pelo Ministério
Público Federal. |
Thacyr Omar Menezes Sia (1933-1995)
|
Policial Civil. Serviu no Departamento de Ordem Política e Social
de Minas Gerais (DOPS/MG). Teve participação em caso de tortura e
execução. |
Thaumaturgo Sotero Vaz
(1932-)
|
General de brigada. Instrutor e comandante do Centro de Instrução
de Guerra na Selva (CIGS) de Manaus, da década de 1960 a década de 1980.
Realizou curso de guerrilhana selva na Escola das Americas, no Panama.
Em 1972, participou ativamente da repressão à Guerrilha do Araguaia no
sudeste do Pará e no norte de Goiás, onde comandou um pequeno
destacamento cujas ordens explícitas eram para "redução de um grupo de
guerrilheiros". A ação desse destacamento esta diretamente relacionada a
execução do guerrilheiro Bergson Gurjao Farias. Um ex-guerrilheiro, em
depoimento que prestou a CNV, afirmou que Sotero Vaz teria participado
da tortura a que foi submetido no Pelotao de Investigações Criminais
(PIC) de Brasilia. Em 1975, ao lado de Flaviode Marco, Sotero Vaz foi um
dos observadores oficiais do Estado brasileiro na reunião de fundação
da Operação Condor, realizada em Santiago de Chile. Foi convocado duas
vezes para prestar depoimento à
CNV, em agosto de 2014, e alegou razões de saúde para não comparecer. |
Ubirajara Ribeiro de Souza
(1937-)
|
Subtenente do Exército, oficial do gabinete do ministro do
Exército, de 1970 a 1977. Segundo pessoas ouvidas pela CNV, Ubirajara
atuou na Casa da Morte, em Petrópolis (RJ). Teve participação em casos
de tortura, execução e desaparecimento forçado. Convocado pela CNV em
duas oportunidades, prestou depoimento em julho de 2014, tendo deixado
de responder às perguntas formuladas. |
Valter da Costa Jacarandá (1939-)
|
Coronel aposentado do Corpo de Bombeiros. Atuou no 1º Batalhão de
Polícia do Exército (BPE), no Rio de Janeiro, em 1970. Teve participação
em casos de prisão ilegal, tortura e desaparecimento forçado. Foi
ouvido pela CNV em agosto de 2013 e reconheceu a prática de tortura, sem
mencionar casos especificos. |
Vasco Elias Rossi
(1915-)
|
Médico-legista do Instituto Médico Legal do Estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em caso de emissão de laudo necroscópico
fraudulento. |
Walter Sayeg (1923-)
|
Médico-legista do Instituto Médico Legal do Estado de São Paulo
(IML/SP). Teve participação em casos de emissão de laudos necroscópicos
fraudulentos. |
Wilson Luiz Chaves Machado (1947-) |
Coronel do Exército. Denunciado criminalmente pelo Ministério
Publico Federal em maio de 2014, por sua participação no atentado do
Riocentro (1981). Convocado em três oportunidades pela CNV, prestou
depoimento em julho de 2014, tendo optado por não responder as questões
que foram formuladas. |
Ydyno Sardenberg Filho
(1931-) |
Coronel do Exército. Atuou na repressao à Guerrilha do Araguaia.
Teve participação em caso de execução e desaparecimento forçado. |
Zuiderzee Nascimento Lins
(1934-)
|
Tenente-coronel do Exército. Assumiu o comando do Destacamento de
Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna
(DOI-CODI) da 5ª Regiao Militar, em julho de 1975. Nesse mesmo ano, sob
seu comando, o DOI-CODI executou, em parceria com a Delegacia de Ordem
Politica e Social do Parana (DOPS/PR), a Operacao Marumbi, contra
militantes e simpatizantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no
estado, na qual foram presas mais de 100 pessoas, com 65 indiciados. Em
Santa Catarina, com o mesmo propósito, foi desfechada a Operação Barriga
Verde. Um local clandestino, chamado Clinica Marumbi, foi utilizado por
policiais e oficiais do DOI-CODI para sessões de interrogatório e
tortura. Agentes do DOI-CODI do II Exercito envolvidos na Operação
Radar, desencadeada em Sao Paulo com o mesmo propósito, participaram de
ações da Operação Marumbi. Em 1978, assumiu função no Serviço Nacional
de Informações (SNI). Teve participação em casos de tortura. |