A PAZ SOCIAL É O NOSSO OBJETIVO. ACORDAR O BRASIL É A NOSSA LUTA.
"Uma nação perdida não é a que perdeu um governante, mas a que perdeu a LEI."
Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
ARSENAL DO TRÁFICO - LANÇA-ROJÃO NA MÃO DE BANDIDOS
PODER DO TRÁFICO. Arma de guerra nas mãos de bandidos. Lança-rojão capaz de deter blindados foi apreendido pela polícia na Capital - EDUARDO TORRES | ESPECIAL, ZERO HORA 14/03/2011
Um lança-rojão, modelo AT-4, usado nas guerras do Afeganistão e do Iraque para abater tanques blindados, foi aprendido ontem em operação da Polícia Civil em uma casa controlada pela quadrilha dos Bala na Cara, na Vila Santa Rosa, bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre. No mesmo local, os policiais ainda encontraram duas granadas.
A apreensão comprovaria o poderio do grupo no domínio do tráfico, especialmente na Zona Norte.
– É possível que este armamento recuperado nunca fosse usado por eles, mas servia para amedrontar possíveis adversários – afirma o diretor de investigações do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), delegado Heliomar Franco.
O lança-rojão completaria um arsenal já retirado do bando. Em uma casa de Alvorada, o Denarc já encontrou um fuzil 7.62 mm, do Exército da Bolívia, em março, e outra granada de morteiro. No bairro Glória, um fuzil foi apreendido. Na avaliação do Exército, o lança-rojão apreendido só servia mesmo para amedrontar.
– Aquele armamento é descartável, só pode ser usado uma vez. E já foi – diz o coronel Paulo Porcher, do Comando Militar do Sul, que deverá requisitar o armamento após uma perícia feita pela Polícia Civil.
O militar descarta que um armamento deste tipo tenha sido desviado no Estado, mas admite que pode ter sido descartado de maneira errada após algum treinamento.
– Ainda é cedo para precisar de onde veio este armamento – afirma o delegado Rodrigo Zucco.
O Denarc não descarta até mesmo que o lança-rojão tenha vindo do Rio após as ocupações de morros. É que o AT-4 ganhou fama em 2009, quando foi usado por traficantes para abater um helicóptero da polícia no Morro dos Macacos. Desde 2003, a Polícia Federal investiga desvios do AT-4 da Marinha e do Exército no Rio.
Conforme Zucco, o próximo passo é estabelecer as conexões entre as organizações criminosas. A escolha dos Bala na Cara como “fiéis depositários” do armamento pesado seria resultado da força do grupo. Há indícios de que a região receba armas e drogas pelo mesmo caminho que o Primeiro Comando da Capital (PCC, uma das principais facções de São Paulo).
LANÇA-ROJÃO - O AT-4 é um tipo de lança-rojão prático de fabricação sueca usado pelas Forças Armadas Brasileiras. Também foi empregado nas guerras do Iraque e Afeganistão. Tem poder para destruir veículos de guerra blindados e derrubar muros. Não é uma arma antiaérea, mas pode ser empregada para abater pequenas naves, como um helicóptero.
Braço armado de coalizão do crime
Com origem no bairro Bom Jesus, os Bala na Cara seriam o braço armado com perfil mais violento de uma coalizão criminosa liderada por Paulo Márcio Duarte da Silva, o Maradona, chefe do grupo Os Manos, que está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Investigadores apontam que os Bala na Cara são conhecidos como “os guris” entre os comandantes presos.
– Quando alguma execução é necessária para estabelecer o domínio, só chamam os guris para resolver – afirma.
De acordo com o delegado Heliomar Franco, a característica essencial da quadrilha que já teve 17 pessoas presas desde o início da operação é o amedrontamento.
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