Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

VIGILÂNCIA DOS EUA USA BRASIL COMO PONTE

G1 - 07/07/2013 22h33

Vigilância dos EUA ao Brasil é 'ponte' para outros países, diz jornalista. Espionagem teria sido usada para acessar sistemas mais protegidos. Informação foi dada por Glen Greenwald em entrevista ao 'Fantástico'.

Do G1, em São Paulo




A espionagem dos Estados Unidos de e-mails e chamadas telefônicas de brasileiros pode ter sido uma alternativa encontrada pelos programas de monitoramento norte-americanos para conseguir ter acesso aos sistemas de países mais protegidos, como a China e o Irã. A informação foi dada pelo jornalista americano Glen Greenwald em entrevista ao Fantástico deste domingo (7). Assista ao lado.

Glen Greenwald vem revelando detalhes dos programas de vigilância americanos. Ele esteve em contato com o ex-agente da CIA e ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden.


O jornal “O Globo” revelou neste sábado (6) que o Brasil não só é um dos alvos da espionagem cibernética norte-americana, como é o país latino-americano mais monitorado. No continente, o país só fica atrás dos Estados Unidos, que tiveram 2,3 bilhões de mensagens e ligações monitoradas.

Segundo Greenwald, o interesse pode estar no tráfego de dados na internet que passa pelo Brasil, já que toda a rede está interligada.

“Não temos acesso ao sistema da China, mas temos acesso ao sistema do Brasil. Então estamos coletando o trânsito do Brasil não porque queremos saber o que um brasileiro está falando para outro brasileiro, mas porque queremos saber que alguém na China está falando com alguém na Irã, por exemplo”, descreve o jornalista.

A NSA mantém parcerias com as maiores empresas de internet americanas. No último 6 de junho, o jornal britânico “The Guardian” informou que o software Prism permite à NSA acesso a e-mails, chats online e chamadas de voz dos usuários dos serviços da Apple, Facebook,Google, Microsoft, YouTube, Skype, AOL, Yahoo! e PalTalk.

Porém, segundo “O Globo”, somente o Prism não dá à NSA acesso a todo o tráfego de informações e grandes volumes de telefonemas e dados na web não ocorrem nas ferramentas monitoradas pela NSA. Por isso, a agência desenvolveu outros programas com parceiros corporativos que possam fornecer acesso às comunicações internacionais.

Uma dessas iniciativas é o Fairview, que permite a coleta de dados em redes de comunicação no mundo todo, numa parceria com uma grande empresa de telefonia dos EUA.

Essa empresa, por sua vez, mantém relações de negócios com outros serviços de telecomunicações, no Brasil e em outros países. Como resultado das suas relações com empresas não americanas, essa operadora dos EUA tem acesso às redes de comunicações locais, incluindo as brasileiras.

Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que irá discutir o “aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações” no âmbito da União Internacional das Telecomunicações (UIT), entidade da ONU.

Já a Polícia Federal e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) investigarão se empresas sediadas no Brasil deixaram que a NSA tivesse acesso às suas redes de comunicação locais.


Jornais destacam sistema de espionagem dos EUA no Brasil. ‘The Guardian’, ‘Washington Post’ e ‘El País’ foram alguns dos que comentaram denúncia feito por O GLOBO

O GLOBO
Atualizado:8/07/13 - 14h21



RIO — Horas depois de o GLOBO revelar, com base em documentos secretos copiados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, que os EUA espionaram milhões de telefonemas e e-mails de cidadãos brasileiros, vários jornais estamparam em seus sites a denúncia, publicada com exclusividade neste domingo. O britânico Glenn Greenwald, um dos autores da reportagem e jornalista do “The Guardian”, escreveu em seu blog que o Brasil vem sendo espionado massivamente pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).

O também britânico “Daily Mail” destacou a denúncia no domingo, sob o título: “Snowden diz que NSA espiona maioria dos países ocidentais e Brasil também reclama de vigilância por agências de espionagem dos EUA”.

O jornal americano “Washington Post” também comentou a reação do governo brasileiro: “Brasil demonstra preocupação e pede que os Estados Unidos esclareçam relatórios de espionagem da NSA”. Na mesma linha, o “USA Today” destacou que o Brasil mostra-se preocupado com denúncias de monitoramento da NSA. Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores pediu explicações ao embaixador dos EUA Thomas Shannon e acionou a embaixada em Washington para fazer o mesmo diretamente ao governo americano.

O jornal “Público”, de Portugal, anunciou que cidadãos brasileiros foram espiados “em grande escala” pelos EUA. A reportagem destaca que o Brasil é um dos alvos preferenciais da agência americana, ao lado de países como China, Rússia, Paquistão ou Irã. No espanhol “El País”, uma reportagem da noite deste domingo mostrou que o Brasil também está na mira de espionagem revelado por Snowden. Em seu site, o jornal diz que O GLOBO, junto com o “The Guardian”, revelaram que os Estados Unidos interceptaram milhões de chamadas, e-mails e dados de empresas brasileiras.

Na América Latina, o venezuelano “El Nacional” afirmou que os EUA interceptaram ligações e correios eletrônicos no Brasil. O “Clarín”, da Argentina, destacou que entre os documentos revelados por O GLOBO está um mapa que indica que o Brasil está sendo espionado da mesma maneira que França e Austrália, o que mostra que o volume de conexões interceptadas pelos sistemas de espionagem americano é intermediário.

Nenhum comentário: