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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

DIÁLOGO TRUNCADO

ZERO HORA 17 de outubro de 2012 | N° 17225


Queixa de secretário expõe tensão entre Estado e União. Apesar do discurso das boas relações, Piratini e Planalto têm conflitos políticos e na área econômica


CARLOS ROLLSING

Como a ponta de um iceberg, os ataques do secretário Mauro Knijnik ao ministro Fernando Pimentel, em nota distribuída na segunda-feira, surgiram a partir de uma sólida, porém invisível, base de sustentação permeada por intrigas e disputas políticas. Somado a outros episódios (veja ao lado), o caso mostra que o chamado “alinhamento de estrelas”, com petistas no comando dos governos estadual e federal, não está no seu melhor momento.

Secretário estadual do Desenvolvimento, Mauro Knijnik distribuiu comunicado em que revelou ter “temor” de tratar de novos empreendimentos com o Ministério do Desenvolvimento, comandado por Pimentel, que atuaria para transferir os investimentos a outros Estados. Em uma crítica dura, afirmou que Pimentel é “menor do que a cadeira que ocupa”. Tarso autorizou Knijnik a disseminar as afirmações.

Isso fortaleceu a interpretação de que se tratou de uma ação do Piratini, que enfrenta focos de tensão com o governo Dilma Rousseff. Ontem, à Rádio Gaúcha, o secretário do Conselhão, Marcelo Danéris, confirmou que a atitude de Knijnik teve aval de Tarso:

– Se o ministério não consegue tratar as questões do Rio Grande do Sul, não há nenhum motivo para que a gente leve investimentos que negociamos para o ambiente de um ministério que não dá sequência.

Alarmados com a severidade das palavras de Knijnik, secretários próximos a Tarso afirmaram que a manifestação estava autorizada, “mas não em tom tão pesado”.

– Nos ministérios, o comentário é de que o governador erra a mão ao conduzir as coisas com essa busca por enfrentamento – disse um assessor com trânsito no gabinete presidencial.

Aliados de Tarso discordam. Defendem a relação com o Planalto, afastam o governador do centro da polêmica e apontam falta de habilidade política de Knijnik para resolver o episódio.

– Foi um ato isolado. Temos investimentos na BR-116, na BR-448, na BR-290 e na duplicação da BR-386. Duvido que outro Estado tenha esse volume de obras. A relação é boa – diz o deputado federal Paulo Pimenta (PT).

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