Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Mostrando postagens com marcador forças armadas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador forças armadas. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

PACIFICAÇÃO - PARAQUEDISTAS VÃO REFORÇAR TROPAS NO ALEMÃO


Exército terá reforço de paraquedistas no Alemão. Seiscentos homens vão ficar duas semanas na região para combater resistência pontual de traficantes armados. VERA ARAÚJO - O GLOBO, 9/12/11 - 0h21


RIO - A Brigada Paraquedista do Exército voltará nesta sexta-feira ao Complexo do Alemão para agir nos pontos onde ainda há resistência do tráfico. Será uma intervenção pontual e feita com inteligência, para evitar traumas aos moradores das localidades que ainda sofrem com a presença de bandidos armados vendendo drogas.
Cerca de 600 homens vão acampar na Serra da Misericórdia, um dos pontos mais altos da região, para não interferir na rotina da comunidade e dos militares do Exército que integram a Força de Pacificação. Os paraquedistas ficarão na região por duas semanas.

Mais soldados poderão reforçar a equipe

O objetivo é mostrar força e, se houver necessidade de mais soldados, outros grupos já estão prontos para deixar o quartel. A Brigada Paraquedista, que tem seis mil homens, é uma tropa de pronta resposta, uma espécie de Bope do Exército. A ordem para a operação que dará apoio à Força de Pacificação, chefiada pelo general Rêgo Barros, partiu do Comando de Operações Terrestres, em Brasília, e do Ministério da Defesa. As manobras da brigada começam às 8h desta sexta-feira. Os paraquedistas sairão da Vila Militar.

Segundo o comandante da Brigada Paraquedista, general de brigada José Lavaquial Sardenberg, a missão da sua tropa é "a garantia da lei e da ordem".

— Faremos um trabalho cirúrgico em apoio ao comando que está lá no momento. Será uma ação de inteligência para assegurar o controle dos locais onde a força ainda é necessária — explicou o general.

Com a experiência de quem liderou o primeiro grupo de militares que ocupou os complexos do Alemão e da Penha, em novembro do ano passado, o general Sardenberg preparou uma estratégia para atuar em diferentes pontos onde ainda há bandidos armados e venda de drogas. Esses locais estão sendo mantidos em sigilo pelo comando da Força de Pacificação. Mas já se sabe que, dentro da zona de ação da tropa, está a localidade da Pedra do Sapo, onde militares já fizeram filmagens de venda de drogas.
Em setembro deste ano, integrantes da Força de Pacificação chegaram a prender dois homens que vendiam cocaína na Rua 9, na Vila Cruzeiro, na Penha. O local havia sido filmado, por quatro horas e meia, por uma equipe de vigilância do Exército. Eles flagraram toda a movimentação da boca de fumo.

Um dos vídeos mostra uma verdadeira feira de drogas. Nas imagens, alguns usuários chegam a pé e outros são levados por mototáxis. A filmagem mostra um dos criminosos contando dinheiro após vender cocaína. Com a chegada de militares, todos fogem.

Na quinta-feira, integrantes da Força de Pacificação reforçavam a segurança nas estações do teleférico do Alemão. Desconfiados, moradores disseram que a situação estava calma, mas que, em alguns pontos do complexo, ainda havia homens armados e tráfico.

— Alguns deles ainda teimam em ficar nessa vida. Eles têm que se adequar à nova realidade — disse um morador, sem se identificar.

Um outro, mais orgulhoso, disse que a situação melhorou bastante:

— Antes eu morava na região mais perigosa do Rio. Hoje moro num ponto turístico.

Soldado foi baleado durante ataque de traficantes

A cada dois meses, o Exército troca o batalhão que comanda a Força de Pacificação. No último ano, as tropas de ocupação enfrentaram problemas. No dia 24 de novembro passado, um grupo de militares foi atacado a tiros por traficantes nas proximidades do Morro da Caixa D’Água, em Ramos, e um soldado foi baleado no antebraço. O policiamento foi reforçado, mas ninguém foi preso.

No início de setembro ocorreu um tiroteio na região, inclusive com balas traçantes cruzando a parte baixa do Complexo do Alemão. Na ocasião, bandidos que estavam no Morro da Baiana, favela vizinha ao Alemão, em Ramos, teriam disparado contra policiais militares e integrantes da Força de Pacificação. O tráfego na Estrada do Itararé, na altura da Avenida Itaoca, foi fechado. Ninguém se feriu.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É um absurdo a permanência por tanto tempo de força do Exército no patrulhamento urbano. É pedir que erros ocorram, já que a situação jurídica não protege os militares neste tipo de operações sem lei emergencial.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A GUERRA DO RIO - TRÁFICO ATACA TROPA DO EXÉRCITO

Tráfico ataca tropa do Exército no Complexo do Alemão. Soldado foi ferido no braço enquanto fazia patrulhamento no Morro da Caixa D’Água - Duilo Victor - O GLOBO, 25/11/11 - 3h56


RIO - O soldado do Exército Leandro Barros dos Santos foi baleado no antebraço direito durante um tiroteio com traficantes nas proximidades do Morro da Caixa D’Água, em Ramos, no Complexo do Alemão, no final da noite de ontem. A comunidade está ocupada pela Força de Pacificação desde novembro do ano passado.

Um grupo de 12 militares fazia patrulhamento a pé, por volta das 22h, quando foi atacado por pelo menos dois bandidos, perto da sede da Central Única das Favelas (Cufa). Atingido por um tiro de pistola, o soldado foi levado para o Hospital Central do Exército (HCE), em Triagem. O quadro de saúde do militar é estável.

Logo após o ataque a tiros, cerca de 200 homens, entre soldados do Exército e policiais do Batalhão de Campanha da Polícia Militar, reforçaram o patrulhamento e realizaram buscas para tentar encontrar os bandidos. O general Rêgo Barros, comandante da Força de Pacificação, foi ao local do ataque para liderar a busca aos criminosos.

— Os bandidos atiraram deliberadamente. O soldado foi atingido logo quando os tiros começaram. Procuramos abrigo e depois veio o reforço. Nossa tropa não revida a esmo, mas a intenção agora é capturar os atiradores — disse o major Evandro Lupchinski.

De acordo com o major, foi a primeira vez que um militar do grupo Arcanjo 5, tropa da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, de Juiz de Fora, que está atualmente no comando da Força de Pacificação, foi ferido em ações de patrulhamento.

No fim da noite de ontem, cerca de 60 homens, em três caminhões do Exército, estavam de prontidão no quartel da Força de Pacificação, para se juntar a qualquer momento aos militares que patrulhavam o complexo.

Apesar do incidente, o tráfego era normal nas ruas que dão acesso ao Alemão no fim da noite, assim como no teleférico que atende ao complexo de favelas.

Não é a primeira vez que o Complexo do Alemão é palco de um confronto desde que a região foi ocupada pelas forças de segurança. No início de setembro, houve tiroteio na região, inclusive com balas traçantes cruzando a parte baixa da favela. Na ocasião, bandidos que estavam no Morro da Baiana, favela vizinha ao Alemão, teriam disparado contra policiais militares e integrantes da Força de Pacificação. O tráfego na Estrada do Itararé, na altura da Avenida Itaoca, foi fechado. Ninguém se feriu.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

EXÉRCITO E MARINHA APRESENTAM DEMANDAS

DEFESA. Exército e Marinha apresentam demandas à indústria da defesa. Agência Brasil - JORNAL DO COMERCIO, 17/10/2011 - 17h55min

O Exército e a Marinha apresentaram a representantes da indústria de defesa o perfil de equipamentos, profissionais e serviços que pretendem adquirir até meados deste século. Os oficiais das duas Forças Armadas falaram durante a abertura da Conferência Anual de Defesa que começou nesta segunda-feira (17).

A lista inclui mais de 20 submarinos - seis deles, nucleares - navios de diversos tipos e aeronaves. Só de aeronaves de interceptação e ataque serão 48, até 2047. Três tipos de navios patrulha também estão na lista. Ao todo serão 62 compras desse tipo de embarcação até 2030. Há ainda helicópteros, serviços e tecnologias das mais diversas áreas e outros equipamentos.

"Nosso plano é bastante ambicioso. Não se pode almejar a aquisição de tudo, mas priorizaremos o grupo de navios previsto no pacote do Programa de Obtenção de Meios de Superfície [ProSuper]", disse o coordenador do Programa de Reaparelhamento e diretor geral de Material da Marinha Brasileira, contra-almirate Rodolfo Henrique de Saboia.

O representante da Marinha falou sobre a Estratégia de Defesa Nacional até 2030, que pretende reorganizar as Forças Armadas e a indústria nacional de material de defesa, além de melhor compor o efetivo militar, com profissionais familiarizados a tecnologias de ponta. "Já temos propostas comerciais da Itália, Alemanha, Espanha, Holanda, Coréia do Sul e do Reino Unido", adiantou Saboia. "Claro que todas as compras pretendidas têm como premissa a transferência de tecnologia", acrescentou. "Só com o programa de submarino temos a expectativa de gerar cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos".

O oficial citou também alguns objetivos pretendidos pelo Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, destinado a monitorar e controlar o espaço aéreo e marítimo brasileiro. "É uma oportunidade de recuperarmos e incentivarmos o crescimento da base industrial instalada, e de elevar o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação em nosso país, por meio da ampliação do fornecimento às forças Armadas", concluiu o militar. A exportação desse tipo de material, disse o militar, também poderá ser beneficiada.

O general de brigada Walmir Almada Schneider, da 7ª subchefia do Estado Maior do Exército apontou as aquisições pretendidas pelo Exército. "Temos de estar na fronteira dos conhecimentos relativos a quatro áreas: nanotecnologia, robótica, inteligência artificial e fusão de dados. Essa é uma realidade desafiadora vivida por todos os exércitos do mundo".

Para Schneider, o aspecto humano é fundamental para o melhor proveito das tecnologias, principalmente do setor cibernético. "Queremos jovens com consciência situacional, capazes de assimilar com maior facilidade as tecnologias, porque a revisão do perfil dos nossos militares é contínua", disse ao reforçar o peso que a informação terá para o "soldado do futuro" e para as suas condicionantes, em meio a fatores como a possibilidade de guerras cibernéticas. A Conferência Anual de Defesa termina na quarta-feira (19).