Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A FÓRMULA

ZERO HORA 10/08/2012

LONDON EYE, TULIO MILMAN 


A solidez ética precisa de companhia. Os britânicos têm medo. Não estacionam em lugar proibido porque sabem que o carro será recolhido. E que a multa virá. Não entram no metrô sem pagar, porque têm certeza que serão pegos, mais cedo ou mais tarde.  Não brigam no estádio porque nunca mais poderão assistir aos jogos de seus times.

Educação é assim. Primeiro a gente combina as regras. Depois as explica para quem está chegando. E, por fim, pune os que não as cumprem. Não há outro jeito de compartilhar entre 8,1 milhões de pessoas ocupando esse espaço restrito que se chama cidade.

Disciplina é liberdade. De vez em quando, Renato Russo nos faz lembrar da frase. Quando as regras de convivência são respeitadas, sobra mais tempo para o resto. Para estar com a família, para sentar num pub, para mudar o mundo, para falar mal do governo, para ir ao cinema. E se alguém me xingar, respondo: reacionário é quem acha o contrário.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É muito importante esta observação do Túlio sobre Londres. É mais uma prova que um país democrático sem ordem pública jamais será culto, educado. A ordem pública é que disciplina condutas, regra a convivência em sociedade, impõem deveres e contrapartidas, penalizam, fazem as leis e a autoridade serem respeitadas e limitam direitos num contexto de cidadania. "Disciplina é liberdade".

Comparando com o Brasil, verifica-se que aqui a cultura passa longe diante de fatos ilícitos e imorais e de maus exemplos, inclusive das autoridade que governam o país, que ficam impunes sacrificando as leis, a vida e o patrimônio. Somam-se o desrespeito às leis, a falta de autoridade, a morosidade e inoperância da justiça, as penas brandas e alternativas sem monitoramento, e as medidas superficiais e benevolentes adotadas para coibir homicídios, latrocínio, furtos e roubos, tráfico, vandalismo, ameaças, conflitos entre torcidas, violações de direitos humanos, insegurança familiar, embriagues no volante, corrupção, farras com dinheiro público e descumprimento da lei do teto.  As regras já foram combinadas e explicadas, mas como não há aplicação e nem punição, ninguém se educa. 

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