Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

AFINAL, O QUE É SER BRASILEIRO?

 
ZERO HORA 07 de setembro de 2012 | N° 17185

 

IDENTIDADE NACIONAL. O feriado de 7 de Setembro estimula a reflexão sobre a identidade nacional e expõe a dificuldade em encontrar uma resposta única para a questão

BRUNA SCIREA

Não se pode dizer que seja um país de poucas e sóbrias cores. A extravagância reside em uma mistura de tons, traços e costumes que condena rótulos. De selvagens a exóticos, alegres a preguiçosos, malandros a cordiais. Muitas foram as equações da identidade deste povo. Poderia haver, no entanto, um único modo de ser brasileiro?

Na busca pela brasilidade, as certezas parecem poucas. Maria Eunice Maciel, doutora em Antropologia Social, não se atreve a responder quais marcas definem os brasileiros.

– Coitado de quem se arrisca – adianta a antropóloga.

É que, para ela, ser brasileiro significa fazer parte de uma comunidade que tem um referencial histórico-cultural em comum. Essa seria a única característica capaz de acomodar toda a população. E não se pode nem falar em território, uma vez que é tão possível ser brasileiro morando longe quanto ser de longe e se considerar deste país.

– Existem tradições e maneiras de viver e de encarar que formam um caráter social, mas ele não pode ser confundido com estereótipo. Temos referenciais no Brasil que são muito importantes para se constituir uma ideia de brasileiro, mas eles mudam – diz.

Aloisio Ruscheinsky, doutor em Sociologia, acredita que o “ser brasileiro” é um conceito circundado pela história e, portanto, relativo ao momento e ao contexto. Para ele, é do homem a necessidade de se sentir “pertencente”. Por isso, considera legítimas todas as formas de se entender como parte desse povo:

– Cada um tem um olhar próprio sobre o que é brasilidade. E ele é diferente em cada circunstância vivida. Há um ser brasileiro que torce para a Seleção, há outro que defende a economia nacional.

A percepção de Ruscheinsky se evidencia no depoimento de quatro pessoas que viveram fora do país ou que escolheram o Brasil como pátria temporária (veja ao lado). Se não há apenas uma cara verde e amarela, é porque as identidades brasileiras são inúmeras – cada uma delas com múltiplas e provisórias peculiaridades.


KZUKA

Ouviram do Ipiranga. Ouviram mesmo?

PAULA MINOZZO

Basta um único atleta brasileiro subir ao pódio para que os primeiros acordes do Hino Nacional arrepiem uma nação inteira, certo? Nem tanto. Em enquete online realizada pelo Kzuka com cem jovens entre 14 e 25 anos, 71% disseram que não se emocionam com esse símbolo da nação. Embora seja um tema abordado nas escolas desde o Ensino Fundamental, o patriotismo não é vivido à risca pela galera, que acredita que os problemas do país são o principal motivo para esse desinteresse. Confira mais dados coletados na pesquisa:

- 51% dizem não sentir orgulho do país

- 71% dizem não se emocionar com o Hino Nacional

- 76% dizem que os problemas do país são o principal motivo para as pessoas serem menos patriotas





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