Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

DITADURA DA ELITE DOMINANTE



JORNAL DO COMÉRCIO 25/06/2015


Irani Mariani



Os arts. 3º, 5º e 7º da CF dispõem que são objetivos fundamentais da República a erradicação da pobreza e desigualdades sociais, estabelecer salário digno e igualdade de todos perante a Lei, o que a elite dominante, antes de assumir o Poder, jurou cumprir. Aliás, tais princípios fazem parte da doutrina cristã, pois Evangelhos e Parábolas de Jesus Cristo censuram os exploradores, malfeitores e cobradores de altos impostos. Nossa população, inclusive a elite dominante, tem formação cristã. Entretanto, burlando princípios constitucionais, a elite dominante vem se fixando privilégios que inclusive aberram ao bom senso, pois para a maioria da população foi destinado salário de R$788,00 mensais para alimentação, moradia, saúde, educação e lazer, mas outros o fixaram para si até mais de R$30.000,00 mensais e pretendem mais auxílio moradia, alimentação, educação para filhos, pós-graduação, transporte, etc.

A igualdade absoluta é incompatível com a natureza humana. Entretanto, o disposto constitucional acima referido, tornado letra morta, deve ser ressuscitado, aos efeitos de se pôr fim à ganância e se chegar ao salário digno para todos. Quem ganha mais quer ainda mais e até perde a noção de limites. É o que está acontecendo, inclusive porque ganância, má administração e corrupção andam juntas e, por isso, o Estado faliu. E, sem dúvida, a solução deverá iniciar não apenas com a melhoria da gestão pública, mas também com a diminuição entre os extremos salariais, por ser esta uma questão básica de natureza ética e moral, pois, sem ética e sem moral, jamais sairemos do atoleiro a que fomos jogados pela elite dominante.

Busca-se a solução através de mais impostos, mas, como sempre, serão destinados para mais privilégios, tornando ainda mais longa a distância entre os ricos e os pobres. Estamos preparados para a democracia (governo do povo, para povo e pelo povo)? Precisamos meditar sobre isso antes que seja tarde.

Advogado

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