Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

BUROCRACIA DEMAIS É RUIM PARA OS NEGÓCIOS


JORNAL DO COMERCIO 15/05/2013

EDITORIAL


O Brasil precisa gerar pelo menos um milhão de postos de trabalho anualmente. No entanto, o empreendedorismo é sufocado no País pela burocracia que atrapalha, enerva, breca e atrasa a abertura de empresas, começando pelas micro. Ter o negócio próprio continua sendo o sonho da maioria dos brasileiros. “Não ter patrão” é frase recorrente entre empregados, esquecendo-se que tudo na vida tem lá os seus problemas e vantagens, ser patrão ou empregado também, dependendo do lado que se está. Assim, é importante saber que o Brasil registrou, há alguns anos, a mais alta taxa de empreendedorismo entre os 20 países com as maiores economias do mundo, de acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O País também aparece na frente entre as nações emergentes do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China. Os 60 países que participaram do levantamento foram divididos em três moldes. O Brasil ficou no quarto lugar no grupo da eficiência - que reúne as economias norteadas para a eficiência e a produção industrial em escala -, atrás de Peru, Equador e Colômbia.

É interessante como se chama alguns negócios de “empresa familiar”. Até duas ou três décadas e mesmo atualmente, praticamente não havia negócio que não tivesse origem em uma família. Um patriarca visionário, muita luta, dificuldades, superação e, finalmente, lá estava uma grande empresa liderando um nicho de mercado. No Rio Grande do Sul somos símbolo desse modelo, com grupos tendo por origem não apenas a Capital, mas, e principalmente, o Interior do Estado. É bom saber que a iniciativa continua no DNA dos brasileiros em geral, com vontade de trabalhar e crescer.

A presidente Dilma Rousseff destacou a expressividade do segmento das microempresas no Brasil. Afinal, são 7,4 milhões de micro e pequenas empresas, com microempreendedores incluídos, representando 99% das empresas formalizadas no País e gerando 11 milhões de empregos.

No entanto, temos a boa burocracia, que é a regulamentação correta que o Estado tem de fazer, mas há a péssima burocracia, a burocracia que, ao invés de dar suporte ou ajudar a desenvolver, entrava. Essa é uma questão que está no cerne da expansão da pequena e micro empresa. Sabemos, todos nós, que isso ocorre há décadas. É fundamental, então, desburocratizar o Brasil.

Pesquisa mostra também que 22,2% dos empreendedores brasileiros têm entre 25 e 34 anos de idade. Os homens voltaram a superar as mulheres, respondendo por 51% do total. Além disso, 17,5% têm mais de 11 anos de estudo. De cada três empreendedores, 2,1 abriram o negócio porque vislumbraram uma oportunidade, enquanto um foi por necessidade. Essa taxa está em linha com a média mundial, que é de 2,2 por 1. A principal razão apontada pelos entrevistados para empreender foi independência profissional, 43%, seguida de aumento da renda pessoal, 35%. O estudo considera a atividade empreendedora formal e informal. O risível é que criam órgãos fiscalizadores, incluindo no Rio Grande do Sul, e nunca houve tanta corrupção sendo descoberta no País e nos pagos...

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