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sábado, 18 de janeiro de 2014

LIMITES PARA OS ROLEZINHOS

O ESTADO DE S.PAULO, 17 de janeiro de 2014 | 22h 35


MP quer definir limites para os ‘rolezinhos’ de SP. Uma das propostas é determinar número de participantes dos encontros para não comprometer a capacidade dos shoppings

Luciano Bottini Filho - O Estado de S. Paulo



O Ministério Público de São Paulo tenta estabelecer um meio termo entre jovens participantes de "rolezinhos" e os shopping centers. A proposta é colocar um limite para os eventos, marcados pelas redes sociais. Os promotores pretendem marcar uma reunião com os jovens e apurar a capacidade máxima dos centros comerciais, para determinar o limite de participantes e quando os shoppings podem fechar as portas, sem discriminação.



Laura Maia de Castro/Estadão
Shoppings fecharam as portas temendo tumulto na quinta-feira, 17

Nesta sexta-feira, 17, promotores da área da Infância e Juventude, Consumidor, Criminal e Urbanismo anunciaram reuniões com os dois lados do conflito. "Estamos diante de algo desconhecido", diz a promotora da Infância e Juventude Luciana Bérgamo. O MP reconhece que não há uma liderança específica no movimento e chamará os jovens ao diálogo na próxima semana para lembrar que o direito de ir e vir é garantido a eles, mas sem algazarra.

"Não há uma lista (de jovens para serem chamados)", diz o promotor Maurício Ribeiro Lopes, de Urbanismo, que pretende assistir a um desses encontro no final de semana com os filhos para compreender melhor o fenômeno.

Para os promotores, os shopping têm o direito, por questão de segurança, a fechar o estabelecimento quando há pessoas além da sua capacidade. O MPE deverá notificar o Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de São Paulo para obter o limite de entrada nesses locais. Mas, o grupo de promotores entende que, em caso de encerramento, isso deverá valer para todos os frequentadores, sob pena de ficar caracterizada discriminação.

"O que o Shopping JK Iguatemi fez (no sábado passado, barrando jovens) acaba colocando mais fogo na discussão", diz a promotora Luciana. Um inquérito civil foi aberto para determinar se houve abuso por parte dos shoppings segregando pessoas.

Já o veto aos ‘rolezões’ marcados anteontem na zona sul pelos sem-teto foi correto, segundo os promotores. O MPE diz que os "rolezinhos" são uma atividade sem pauta de reivindicação, que serve apenas para diversão dos participantes.


17 de janeiro de 2014 | 21h 29

Alshop é favorável a liminares contra os 'rolezinhos'

EULINA OLIVEIRA - Agência Estado



A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) divulgou, nesta sexta-feira, 17, à noite, comunicado no qual afirma ser a favor das liminares concedidas aos shopping centers para controlar e impedir a formação dos chamados "rolezinhos", "pois acredita que estes assustam clientes e, consequentemente, prejudicam as vendas". Organizados por meio de redes sociais, os "rolezinhos" já atraíram milhares de jovens a shoppings.

Conforme a nota da Alshop, o setor de shopping center gera mais de 1,5 milhão de empregos diretos no Brasil "e as manifestações, que estão ocorrendo desde o final do ano passado, para chamar a atenção das autoridades estão prejudicando consumidores, funcionários e lojistas".

"A associação é favorável à criação de espaços públicos ou disponibilidade em espaços existentes para que atividades sociais e culturais possam ser realizadas de forma segura e sem prejuízo aos outros cidadãos", diz a entidade.

Ainda segundo o comunicado, o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, entende que a prefeitura de São Paulo possui espaços públicos pouco utilizados na cidade para que esses jovens possam se manifestar de maneira pacífica.

"Os shoppings recebem 450 milhões de pessoas por mês de todas as classes sociais, cumprindo uma função social importante. Estes empreendimentos trazem tranquilidade, segurança e lazer atendendo a expectativa de toda população", diz a Alshop. "A associação está ao lado da Lei e apoia os shoppings e lojistas", conclui. 


17 de janeiro de 2014 | 20h 45

'Rolezinho não é caso de polícia', diz ministra dos Direitos Humanos
Em discurso, a ministra reconheceu que ainda há violência praticada por agentes públicos no País

Elder Ogliari - O Estado de S. Paulo



PORTO ALEGRE - A ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, disse que "rolezinho não é caso de polícia, é caso de presença da juventude" nesta sexta-feira, 17, em Porto Alegre, ao final da solenidade de inauguração de um Centro de Referência em Direitos Humanos. "Ainda que (os shopping centers) sejam lugares privados, eles são lugares para onde o público é convidado a ir; as pessoas não podem ser separadas nesses lugares entre aquelas que têm dinheiro para consumir e aquelas que não têm", justificou.

No discurso que fez durante a solenidade, a ministra reconheceu que ainda há violência praticada por agentes públicos no País. "No Brasil nós não negamos o quanto nos envergonha a manutenção de violência de Estado e das violações de direitos humanos que ocorrem em nosso País em cada unidade da federação", admitiu. "Ocorre que o primeiro passo para a superação dessa violência é justamente o reconhecimento de que estamos diante dela", afirmou, enumerando providências tomadas nos últimos anos para combater o trabalho análogo ao da escravidão e proteger direitos das crianças, adolescentes e mulheres.

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