Bruno Moura
Surpreendente é a nossa classe média desconhecer (ou ignorar) a existência de jovens de baixa renda vindos de regiões periféricas da cidade. Exemplo disso ocorreu no caso dos rolezinhos, e, não entrando no mérito da arruaça, concluo que nossa sociedade não se conhece. É nos shoppings que temos a segregação social, o apartheid velado onde seguranças seguem “suspeitos”.
Antes disso ocorrer, é bom lembrar que muita coisa está acontecendo. Educação defasada, baixos salários para nossos policiais e professores, má distribuição de renda, criminalização de parte da população, falta de lazer para os jovens, insegurança, políticos que faltam com sua palavra. O rolezinho é o retrato do Brasil que a classe média não entende. É impressionante que criminalizá-lo foi uma das primeiras atitudes tomadas no instante em que ocorreu. Nada diferente dos protestos em junho do ano passado. No fundo, é um protesto, sem a intenção de ser um protesto.
Estudante de jornalismo
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