Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A PROPAGAÇÃO DA IGNORÂNCIA



ZH 04 de setembro de 2014 | N° 17912


ASTOR WARTCHOW*



Nunca foram tantas as oportunidades e alternativas de acesso ao saber, à educação, à escolarização, à cultura e à produção científica. A superoferta e a exuberância tecnológica, e a instantaneidade dos modernos meios de conhecimento e comunicação, a exemplo de aparelhos celulares multimídia e da própria internet, garantem essa possibilidade.

Porém, a plena receptividade, a compreensão, o estabelecimento e o desenvolvimento desse saber ainda dependem do esforço e empenho pessoal e individual. Daí que assistimos e vivenciamos uma incrível contradição.

Ao mesmo tempo em que avançamos grandiosamente na produção/divulgação do saber científico e no conhecimento acerca da existência, convivência e experiência humana, nunca foi tão expressivo o número de pessoas (com)partilhando superstições e explicações simplistas, erradas e idiotizantes. Como se verdadeiras fossem!

Exemplo de propagação e massificação da ignorância é a crescente oferta e divulgação dos manuais de autoajuda, com práticas e garantias de “sucesso pessoal, no amor e nas finanças”. Como se a ideologia do “eu posso!” não dependesse de fundamentos educacionais.

Também prospera o fundamentalismo religioso. Pregações (sobre a origem do universo, da vida e da humanidade) que ignoram e contrariam a biologia, a antropologia, a arqueologia e a História.

Isso sem falar na “indústria e comércio” da fé e seus teólogos da prosperidade, que “expurgam demônios e abençoam carteiras de trabalho”. Alguns mediante quitação de boleto bancário. Caso de polícia.

Propagam-se ignorância, intolerância, preconceitos e falsa ciência, sem restrições e sem constrangimentos. Como se houvesse uma genialidade natural, uma geração espontânea do saber. Simplificações ingênuas e travestidas em falso conhecimento e senso comum.

Porém, compreensível. Afinal, com tantos corações carentes de afeto, ouvidos ávidos de atenção e estômagos vazios, não deveria ser surpresa a supremacia da ignorância, da estupidez, da idiotia, da mistificação e do curandeirismo.*ADVOGADO

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