Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

QUE BANDEIRA QUEREMOS?


ZH 16 de setembro de 2014 | N° 17924


PATRÍCIA TRUNFO


Nenhum movimento pode sobrepor a sua bandeira à do Rio Grande ou à do Brasil, pois todas as bandeiras inserem-se numa mesma história, simbolizada por nosso estandarte comum.

Assim, reconhecendo a necessidade do respeito às diferenças, precisamos valorizar o que nos é comum, a história do nosso Estado, do nosso país, elemento que nos aproxima, identificando-nos como povo, como nação, fortalecendo-nos para brigarmos juntos por nossos direitos, mesmo que essa história passe por fatos nem sempre elogiáveis, em alguns momentos reprováveis, às vezes não tão bem contados ou interpretados.

Afinal, preferimos um Estado forte ou um governo forte? O Estado forte, que atenda a todos, é construído pela união de seu povo em torno de objetivos comuns. O governo forte pode ser construído a partir da legitimação de um Estado forte – e aí teremos ambos –, mas também pode ser construído à margem disso! A exaltação do que nos diferencia, o estímulo à “guerra de todos contra todos”, a divisão maquiavélica para melhor “governar”, sob a justificativa muitas vezes aparente de “respeito às minorias”, pode vir em benefício daqueles que querem chegar ou se manter no poder, preocupados com seus interesses particulares ou de grupos políticos, à margem do Estado e das instituições democráticas.

Ressaltando que todos devam ser considerados, na diversidade de suas posições ideológicas, sociais, raciais, sexuais, parece evidente que o ultrapassar da exigência moral e jurídica de igualdade em direitos na busca de um bem comum, para estimular a imposição, muitas vezes arbitrária e violenta, de ideias e valores de uns aos outros, antes de tornar isonômica a convivência social, serve a quem quer passar despercebido nas suas atitudes nem sempre aprováveis. Enquanto a sociedade volta seu interesse apenas a suas divisões de grupos, numa atitude autofágica, não atenta ao debate político e às atitudes dos que estão ou querem chegar ao poder, possibilitando a instalação de um governo forte em um Estado fraco, em favor de alguns e não de todos. Qual bandeira queremos? A que nos une e fortalece ou a que nos separa e enfraquece?

Advogada da União, professora universitária

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