Em discurso na Assembleia Geral da ONU, Dilma condena espionagem americana. ‘Jamais uma soberania pode firmar-se em detrimento de outra’, disse. Presidente rebateu argumento de que o terrorismo poderia justificar monitoramento, como disse os Estados Unidos
O GLOBO
Atualizado:24/09/13 - 11h06
Dilma Rousseff pouco antes do discurso na Assembleia Geral ERIC THAYER / REUTERS
RIO - A presidente Dilma Rousseff iniciou seu discurso na abertura da Assembléia Geral da ONU nesta terça-feira condenando a espionagem americana no Brasil. Incisiva, Dilma rebateu o argumento de que o terrorismo poderia justificar monitoramento, como disse os Estados Unidos.
- Jamais uma soberania pode firmar-se em detrimento de outra - declarou a presidente, ao falar sobre as recentes revelações de uma rede global de espionagem eletrônica que provocou “indignação no Brasil”. - O Brasil, senhor presidente, sabe proteger-se - declarou, referindo-se a Obama.
Dilma também pediu um “imarco civil” mundial para a governança da internet, com mecanismos multilaterais, para garantir a privacidade pessoal e a soberania das nações. E afirmou que o país irá adotar legislação para defender-se da espionagem internacional. Como era esperado, a presidente defendeu o direito à privacidade e à soberania das nações.
- Devemos assegurar uma regulação que garanta a liberdade de expressão e transparência.
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