Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

HOBBES LEVIATHAN

 

ALBERTO AFONSO CAMARGO

 
Eu estou lendo atualmente "Hobbes Leviathan - Uma Visão Teológica", de E. B. F Midgley. É uma leitura interessante a partir da metade do livro quando o autor aborda de forma mais objetiva o "contrato social" conforme propõe Hobbes. Este tem a visão de que o homem natural não abandona este estado de luta pela sobrevivência, onde vivem em constante guerra e, por isto, para viver em sociedade precisa de um soberano que dita a sua conduta, daí a idéia de contrato social. 
 
Como o homem não evolui deste estado, este soberano impõe-lhe regras, com as quais ele concorda e se compromete cumprir. Não perde, no entanto, o seu instinto de conservação e está sempre prestes, a qualquer momento, agir conforme seu estado de natureza. Hobbes deu o absolutismo, mas, tembém, deu o republicanismo não absolutista, que pressupõe que o homem precisa de regras impostas, o oposto ao liberalismo, para não agir conforme seu estado natural, do qual não evolui.
 
Ao analisar as virtudes conforme Hobbes, em dado momento escreve Midgley: "Com a 'justiça' e a 'magnanimidade', imagina Hobbes que a 'política e a ciência' assegurarão um crescente domínio sobre o originalmente e inclusive hostil meio ambiente humano e não humano." Ou seja, para ele a hostilidade é natural entre os homens desde a sua origem e mantêm-se mesmo quando aprende a viver em sociedade, só contendo as hostilidades em virtude das regras que lhe são impostas, portanto, sempre que necessário, abre mão delas e age conforme seu estado de natureza.

Quem se opõe a esta percepção de Hobbes é John Locke, para quem o homem evolui do estado de natureza e passa a viver em sociedade sem a necessidade de tanta fiscalização e regras, as quais ele assimila e cumpre porque compreende esta necessidade para que a convivência seja respeitosa.

Os acontecimentos em geral, conforme se comportam as pessoas no mundo, não nos permitem, pelo menos a mim, concluir se quem está com a razão a respeito do homem é Hobbes ou Locke. Alguns exemplos que temos visto, no entanto, ainda que Locke possa ter razão, nos inclinam com força para acreditar que Hobbes não está de to errado.
 
Tirado de comentário no facebook. 


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