
ZERO HORA, 28 de maio de 2012
MARCHA DAS VADIAS
Manifestação reuniu dezenas de pessoas ontem à tarde, em Porto Alegre - LARA ELY
“Minha
roupa não define meu caráter.” “Meu decote não te dá direitos.” “O
respeito que você me deve não é proporcional ao tamanho da minha saia.”
Portando cartazes com frases como essas, centenas de pessoas realizaram um protesto em Porto Alegre, ontem à tarde, para marcar o descontentamento com a violência contra a mulher e outras questões ligadas à liberdade, à estética, ao comportamento e à sexualidade.
Batizado de Marcha das Vadias, teve origem em Toronto, no Canadá. Foi organizado por estudantes da universidade local a partir da declaração de um policial que afirmou que o fato de as mulheres se vestirem como “vadias” poderia estimular o estupro.
Planejada por meio das redes sociais, essa é a primeira vez que a marcha ocorre de forma isolada na Capital. Além da diminuição da violência, o direito de fazer aborto com apoio do Estado e a questão salarial estão entre as bandeiras. A publicitária Maria Fernanda Geruntho Salaberry, 25 anos, explica as motivações:
– Nosso jargão é o seguinte: se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias. A mulher já passou por vários processos de evolução, como o uso da pílula contraceptiva, a possibilidade da separação legalizada, a liberdade sexual. Mas ainda falta muito, por isso precisamos nos manifestar.
A estudante de Psicologia de 23 anos Cecília Richter afirma que, embora tenha caráter feminista, o movimento não se propõe a ser o contrário do machismo, mas uma luta por igualdade.
– Reivindico o direito de usar a roupa que eu quiser sem sofrer represálias nem abusos. Quero poder voltar para casa sozinha à noite sem correr o risco de ser violentada e escutar que fui eu que não tomou os devidos cuidados.
Estudioso de movimentos de violência e professor de Sociologia da UFRGS, José Vicente Tavares entende que esse tipo de protesto é importante para democratizar a sociedade e alertar para a repressão masculina.
Portando cartazes com frases como essas, centenas de pessoas realizaram um protesto em Porto Alegre, ontem à tarde, para marcar o descontentamento com a violência contra a mulher e outras questões ligadas à liberdade, à estética, ao comportamento e à sexualidade.
Batizado de Marcha das Vadias, teve origem em Toronto, no Canadá. Foi organizado por estudantes da universidade local a partir da declaração de um policial que afirmou que o fato de as mulheres se vestirem como “vadias” poderia estimular o estupro.
Planejada por meio das redes sociais, essa é a primeira vez que a marcha ocorre de forma isolada na Capital. Além da diminuição da violência, o direito de fazer aborto com apoio do Estado e a questão salarial estão entre as bandeiras. A publicitária Maria Fernanda Geruntho Salaberry, 25 anos, explica as motivações:
– Nosso jargão é o seguinte: se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias. A mulher já passou por vários processos de evolução, como o uso da pílula contraceptiva, a possibilidade da separação legalizada, a liberdade sexual. Mas ainda falta muito, por isso precisamos nos manifestar.
A estudante de Psicologia de 23 anos Cecília Richter afirma que, embora tenha caráter feminista, o movimento não se propõe a ser o contrário do machismo, mas uma luta por igualdade.
– Reivindico o direito de usar a roupa que eu quiser sem sofrer represálias nem abusos. Quero poder voltar para casa sozinha à noite sem correr o risco de ser violentada e escutar que fui eu que não tomou os devidos cuidados.
Estudioso de movimentos de violência e professor de Sociologia da UFRGS, José Vicente Tavares entende que esse tipo de protesto é importante para democratizar a sociedade e alertar para a repressão masculina.
Violência no lar |
Reportagem deste domingo mostrou que em 91% dos casos de mulheres assassinadas com violência doméstica no Estado, nos últimos três anos, a polícia havia sido informada dos riscos. |
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