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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

PAÍS PRECISA DE PUNIÇÃO E FISCALIZAÇÃO ADEQUADAS




ZERO HORA 6 de agosto de 2013 | N° 17524

ARTIGO DO LEITOR



Após a publicação, na edição da semana passada, de dois artigos de moradores reclamando da presença de cães em parques e praças, outros leitores enviaram mensagens ao ZH Bela Vista. Leia abaixo um dos artigos.

“Li a manifestação de Fernanda Zamo, moradora da Rua Barão de Ubá, no ZH Bela Vista que circulou na sexta-feira, dia 9, e, como ela, questiono a ditadura estabelecida pelos donos de cães, que fazem as consequências de sua opção recair sobre quem não os têm.

Parece que os donos de cães que vivem em apartamentos, hoje, a grande maioria, desconhece o que significa respeitar seu vizinho, que pode, por exemplo, não gostar do cheiro que é próprio dos cães (aliás, quem os têm em casa já não percebe mais seu mau cheiro, uma vez que acostumado a ele, exatamente como ocorre com os fumantes), não gostar de ter de escutar seus latidos e não gostar de ter de aceitar que os bichos façam suas necessidades nos passeios públicos. Só para citar alguns pontos.

A legislação existente vigora como a grande maioria de leis em nosso pobre país – como letra morta, cujo atropelo não traz qualquer punição, embora haja previsão para tanto. Já houve quem declarasse, sem questionar a impropriedade de sua afirmação, que a urina de cães era adubo para as plantas, quando, na realidade, contém vários componentes que as seca e mata, como se pode constatar nos lugares em que os pets liberam suas necessidades fisiológicas.

Os cães são animais e não têm culpa que a atitude de seus proprietários lembre a dos fumantes de tempos atrás, quando fumar não só era permitido como incentivado. Contudo, ficou provado que fumar é prejudicial à saúde e, assim, os mesmos tiveram de aprender a não fazê-lo, primeiramente em locais públicos. Logo após, a proibição se estendeu a locais fechados. As pessoas se deram conta da poluição resultante de seus elementos e da existência do fumante passivo, sem mencionar os danos às crianças. As restrições a quem fuma deveriam ser seguidas pelos donos de pets.

Quem deseja ter cães em casa deve ter liberdade para isso. Mas, igualmente, precisa se preocupar para que o cheiro dos animais não transpasse a porta de seu apartamento; que os animais façam suas necessidades dentro da casa e não em locais públicos; que não os levem em locais fechados, como os elevadores, se não for no colo, e, principalmente, que respeitem as áreas condominiais e os passeios públicos, que não lhes pertencem.

Essas pessoas impõem a todos a convivência com dejetos de cães, os quais têm comportamentos característicos de sua espécie. Latem, fedem, correm, babam e pulam em qualquer local. Cabe aos proprietários estabelecerem limites que atentem ao respeito pelo próximo.

Espero que não esteja longe a alteração de comportamento dos donos de pets como a que ocorreu com os fumantes, aos quais a sociedade quase baniu pelas consequências nefastas que advêm de seu hábito, o que deu liberdade para os não fumantes terem seus pulmões livres de toxinas.

As pessoas preferem andar pelas ruas sem ter de desviar de dejetos de cães, que sujam as calçadas; do mau cheiro constante de ambientes fechados e condominiais. O mau procedimento (dos donos de pets) demonstra falta de urbanidade e descaso escancarado, que faz das ruas próximas às suas moradias banheiros para os cães, não importando seus vizinhos, os demais cidadãos, o prejuízo a crianças e a idosos, que podem adquirir doenças.

Deveria ser proibido aos cães andarem pelas ruas sem focinheiras e guias; que utilizassem as ruas como se banheiros fossem; que fossem conduzidos sem ser no colo de seus condutores em locais públicos (como lojas e restaurantes) e particulares (como nos espaços condominiais, elevadores, playgrounds etc); para que houvesse um mínimo de consideração aos circundantes que moram, desafortunadamente, em locais próximos aos dos proprietários de cães, cujo comportamento impositivo atinge a todos, independentemente de suas vontades.

Outros países, que têm legislação e punibilidade eficazes, já resolveram essa questão. E nós, quando teremos uma solução concreta?


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