Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

domingo, 1 de junho de 2014

CRISE DE REPRESENTAÇÃO



ZERO HORA 01 de junho de 2014 | N° 17815


EDITORIAL



O direito de greve é uma conquista das sociedades democráticas. Empregados, empregadores e governantes precisam ter interlocutores claros e legitimados.

A intensificação de greves de grande repercussão sobre o dia a dia dos cidadãos particularmente as mais recentes, registradas na área de transporte coletivo chama a atenção para a perda acelerada de representatividade de sindicatos e das centrais às quais estão ligados. A tendência, evidenciada nas manifestações de rua a partir de junho do ano passado, é preocupante, e não apenas pela perspectiva de aumento no número de paralisações para aproveitar a visibilidade da Copa. O direito de greve é uma conquista das sociedades democráticas. Ainda assim, empregados, empregadores e governantes precisam ter interlocutores claros e legitimados. Sem o atendimento dessas exigências mínimas, o risco é de que todos percam e os prejuízos são maiores para quem depende dos serviços paralisados.

O problema ocorre, entre outras razões, porque, embora aleguem defender interesses de diferentes categorias, na prática os sindicatos se voltam cada vez mais para questões políticas e disputas de cargos em órgãos governamentais. Mesmo com as mudanças instituídas pela Constituição de 1988, a atuação desses organismos mudou pouco desde a Era Vargas. Com raras exceções, essas instituições estão mais a serviço de governos e de partidos políticos do que de seus filiados, numa clara deformação de suas atribuições. E tudo isso é bancado pelo imposto sindical pago anualmente pelos trabalhadores, equivalente a um dia de salário, reforçado por contribuições criadas mais recentemente.

O aprofundamento desse peleguismo, gerado por um modelo ultrapassado e autoritário, tornou-se mais visível com a popularização do acesso a redes sociais. Em consequência, há uma crescente insurreição de integrantes das chamadas bases contra os dirigentes. Na prática, isso significa que um acordo fechado num dia pode não valer nada no outro. O resultado é o que se constatou em algumas greves recentes, particularmente as que suspenderam a circulação de ônibus, sem o cumprimento de regras mínimas e até mesmo com atos de selvageria.

As entidades de defesa dos interesses de categorias específicas precisam se adequar à realidade, buscando mais pluralismo e independência em relação ao poder público. A falência do modelo sindical brasileiro é danosa para a democracia, que precisa de interlocutores representativos para garantir o cumprimento de acordos.


EM RESUMO

Este editorial diz que a falência do modelo sindical brasileiro é danosa para a democracia e pede lideranças mais representativas.


O LEITOR CONCORDA

Sim, sindicato forte é trabalhador protegido do capitalismo selvagem. Senão, viramos escravos, Direito do trabalhador é dever do sindicato, terceirização de mão de obra é regime escravagista.

CLOVIS NEI PINHEIRO CANOAS (RS)

Concordo. Sindicatos devem seguir as resoluções da OIT, não recebendo nenhuma verba proveniente da arrecadação de tributos, deve manter-se com verba única e exclusivamente da contribuição de seus associados e ter tantos quantos sindicatos for possível criar dentro da mesma base territorial (município).

EGLAY BRUM LEÃES BRUMSANTA MARIA (RS)

Infelizmente, hoje os sindicatos nada mais são do que extensões de entidades partidárias disfarçadas, enganando classes trabalhadoras que deveriam representar, normalmente ligadas à situação. O poder de luta foi trocado por favores, cargos e encaminhamentos para futuras candidaturas.

RENATO MENDONÇA PEREIRAALVORADA (RS)

Concordo com o afirmado e aplaudo o editorial que, para mim, é um dos mais realistas e lúcidos dos últimos tempos e aponta o dedo para uma chaga que, além de permanecer aberta, parece estar em evidente agravamento!

DÉCIO A. DAMIN PORTO ALEGRE (RS)

DIEGO VILANOVA

Até uma ostra sabe disso!



O LEITOR DISCORDA
Discordo. O Brasil já vive uma república sindicalista na qual eles fazem o que bem entendem. O que deveria ser feito é tornar optativa a participação dos filiados nos quadros dos mesmos.

ANA PAULA BALNEÁRIO CAMBORIÚ (SC)

GUSTAVO JOSENDE

Discordo. Negociação direta empreendedor-empregado.

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