A PAZ SOCIAL É O NOSSO OBJETIVO. ACORDAR O BRASIL É A NOSSA LUTA.
"Uma nação perdida não é a que perdeu um governante, mas a que perdeu a LEI."
Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
PACIFICAÇÃO - OCUPAÇÃO DO COMPLEXO SÃO CARLOS
Polícia ocupa Complexo de São Carlos para instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs)- O GLOBO, 06/02/2011 às 08h42m, Ana Cláudia Costa, Athos Moura e Rogério Daflon
RIO - Uma hora e meia após o início da operação, a Polícia ocupou os nove morros do Complexo de São Carlos para instalação de Unidades de Polícia Pacificadora. Para sinalizar a ocupação, policias do Batalhão de Choque soltaram, simultaneamente, fogos que liberam uma fumaça azul nos morros do Escondidinho, Falet e Fogueteiro. Os agentes também hastearam a bandeira da corporação, em frente à quadra de esportes do Morro dos Prazeres.
A operação começou às 6h deste domingo e repetiu o modelo bem-sucedido na ocupação do Complexo do Alemão com o apoio de blindados da Marinha. Ao todo, 17 blindados da Marinha, entre eles os chamados M113 e quatro anfíbios do modelo Clanf, são usados na operação. No total, 846 homens participam da ação.
A polícia não enfrentou reação dos traficantes. O clima é bastante tranquilo nos acessos ao morro de São Carlos no Estácio. O comércio do local está aberto nas ruas Haddock Lobo, Frei Caneca e no Largo do Estácio. Nas comunidades, porém, as ruas estão mais vazias do que de costume nos domingos.
O comandante do estado-maior da PM, coronel Álvaro Garcia, disse que a missão da polícia agora é vascular todas as casas e cantos das favelas. A polícia, segundo ele, ficará no local por tempo indeterminado e que a expectativa é que as três UPPs sejam inauguradas até meados do ano.
Os policiais batem de porta em porta com uma prancheta, fazendo revista e anotações. Alguns agentes carregam enxadas. Os moradores não oferecem resistência à entrada dos policiais em suas casas.
As forças policiais, com apoio de blindados da Marinha, se concentraram nas Ruas Itapiru (Fallet), Salvador de Sá (São Carlos), Campos da Paz (Zinco e Querosene) e próximo ao cemitério do Caju (Mineira).
Na hora da ocupação, não foram vistas motos circulando, e moradores disseram que há uma semana que não são vistos traficantes ostentando armas nos morros ocupados. A operação acontece em nove comunidades: São Carlos, Zinco, Querosene, Mineira, Coroa, Fallet, Fogueteiro, Escondidinho e Prazeres, atendendo diretamente 26 mil moradores.
O chefe do estado-maior da Polícia Militar, coronel Álvaro Garcia, disse que o objeivo da polícia não é confrontar com bandidos, mas sim tomar o território que era controlado por traficantes. Por este motivo, a ocupação foi anunciada e foi feito um cerco nas comunidades.
- O nosso objetivo é prender bandidos e não entrar em confronto para que pessoas inocentes sejam feridas -- afirmou.
Paralelamente à ocupação da PM, a Polícia Civil monitora, por meio de imagens de satélte, as favelas controladas pela mesma facção criminosa dos morros ocupados. Segundo o delegado Ronaldo de Oliveira, 250 policiais civis estão de prontidão para agir imediatamente caso os bandidos resolvam reagir em outras comunidades.
Moradores de um prédio da Rua Almirante Alexandrino, na esquina dos Prazeres, disseram que há anos não usam a piscina do imóvel com medo de serem atingidos por balas perdidas. Eles esperam voltar a usar a piscina depois da ocupação.
O Complexo do São Carlos vai receber três UPPs ao longo do primeiro semestre de 2011. São Carlos, Fallet/Fogueteiro e Prazeres/Escondidinho serão, respectivamente, a 15ª, a 16ª e a 17ª UPP do projeto de pacificação.
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