Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

terça-feira, 11 de março de 2014

BLOCO DE LUTA NÃO COMPACTUA COM VIOLÊNCIA DE ALGUNS GRUPOS

CORREIO DO POVO 11/03/2014 09:14

“Não concordamos com ações de alguns grupos”, diz Bloco de Luta. Representante de movimento social defendeu importância da participação popular em audiência




Alguns manifestantes jogaram pedras, paus e rojões para dentro da quadra
Crédito: Tales Campos / PMPA / Divulgação / CP


A confusão ocorrida durante a audiência sobre o transporte público de Porto Alegre no Tesourinha, na noite dessa segunda-feira, não tem aprovação do Bloco de Luta pelo Transporte Público, garantiu nesta terça-feira um dos representantes do movimento social, Mateus Gomes. Durante o tumulto, manifestantes dispararam rojões e pedras para dentro da quadra do ginásio, ocasionando o cancelamento da audiência. “O Bloco de Luta é um instrumento de mobilização que foi construído por dever de organização do movimento social. Nós não concordamos com as ações de alguns grupos que ontem protagonizaram essas cenas”, declarou Gomes em entrevista à Rádio Guaíba.

O movimento é contrário à forma com que a Prefeitura tem conduzido o processo de licitação do transporte público de Porto Alegre. De acordo com Mateus Gomes, movimentos sociais como o Bloco de Luta, que têm elaborados projetos sobre o assunto, não têm tido espaço para se manifestar. “A questão que a gente coloca para reflexão é que os movimentos sociais tiveram protagonismo na elaboração de projetos e construção de propostas alternativas para o transporte público, algo que a prefeitura e o poder público tentam ocultar. Nós gostaríamos que os movimentos sociais tivessem um espaço muito maior que os três minutos de fala previstos ontem na audiência pública”, disse.

“A gente acredita que existe uma representação importante que vai muito além das assembleias do orçamento participativo. Respeitamos os debates realizados, mas reconhecemos que a realidade é mais complexa. Não foi construído um clima democrático desde o início dos debates que envolveram a construção desse novo processo de licitação. Em razão da nova realidade que se vive no País, era necessário que houvesse uma discussão muito superior ao que a Prefeitura está realizando neste momento,” prosseguiu.

Para encerrar, Mateus Gomes afirmou que a Prefeitura de Porto Alegre não tem interesse em promover mudanças no transporte público da Capital e que a licitação só ocorreu por determinação judicial após uma série de manifestações da população. “Em nenhum momento a Prefeitura cogitou consultar um desses movimentos no processo licitatório. Eles fazem isso porque querem manter o transporte público da maneira como está. Tanto é que tem diversas declarações da Prefeitura de buscar rever isenções, que são conquistas da população, a possibilidade de aumentar o preço das tarifas, a questão do ar-condicionado, que gerou polêmica. Não basta trocar seis por meia dúzia. A crise no transporte público é nacional, os empresários que administram enxergam o transporte como fonte de lucro e não algo que garante o direito de ir e vir da população”, completou.

Nenhum comentário: