
TCU diz que comandante do Exército favoreceu empresas - FOLHA.COM, 09/08/2011 - 05h33
Fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) afirma que o general Enzo Martins Peri, comandante do Exército, beneficiou empresas ligadas a militares com dispensas de licitação entre 2003 e 2007, quando administrou o DEC (Departamento de Engenharia e Construção), do Exército, informa reportagem de Marco Antônio Martins, publicada na Folha desta terça-feira (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
De acordo com relatório concluído em junho, há casos de projetos contratados que não foram entregues e outros de duplicidade de pagamentos --quando duas entidades recebem dinheiro por um mesmo contrato.
Em nota, o Comando do Exército informou que determinou a instauração de uma "tomada de contas especial", referente ao período de 2002 a 2006, no IME (Instituto Militar de Engenharia) e no DEC, para apurar se houve algum dano aos cofres públicos.
Reportagem da Folha do último dia 31 mostrou que a procuradora Cláudia Luz abriu em maio procedimento para analisar a situação do general Enzo e dos outros sete oficiais envolvidos com obras rodoviárias feitas pelo Exército.
Os oficiais comandaram o DEC (Departamento de Engenharia e Construção) e o IME (Instituto Militar de Engenharia) entre 2004 e 2009, período em que o Exército firmou vários convênios com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para realizar obras em rodovias.
Justiça Militar sequestra bens de suspeito de desvio - MARCO ANTÔNIO MARTINS, DO RIO - FOLHA.COM, 10/08/2011 - 08h21
A Justiça Militar decretou o sequestro dos bens do coronel Paulo Dias Morales, ex-coordenador do convênio de unidades militares com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) entre 2003 e 2009. Morales teria beneficiado dez empresas em contratos sem licitação.
O coronel teria, ainda, apresentado, entre os anos de 2004 e 2006, rendimentos incompatíveis, já que deveria receber bruto R$ 150 mil, mas movimentou R$ 371 mil, R$ 406 mil e R$ 453 mil por ano. O militar também comprou um apartamento no Rio de Janeiro avaliado em R$ 1 milhão. A defesa do coronel afirmou que a denúncia é "improcedente".
Relatório do TCU mostra que os administradores das unidades militares também são responsáveis pelas irregularidades. Entre eles, está o comandante do Exército, general Enzo Peri.

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