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terça-feira, 1 de novembro de 2011

A GUERRA DO RIO - DEPUTADO "PEDE PARA SAIR"


AMEAÇA DE MORTE - DIÁRIO CATARINENSE, 01/11/2011

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) deixará o Rio hoje com sua família para um período de reuniões com representantes da Anistia Internacional, na Europa. O local e o período não são revelados. Freixo escreveu em seu Twitter que ficará menos de um mês no exterior: “Minha saída é curta. Voltarei logo. É apenas um período necessário para ajustes na minha segurança. Fico menos de um mês”.

Marcelo Freixo afirma que recebeu sete denúncias de ameaças à sua vida durante o último mês.

– As denúncias se intensificaram após a morte da juíza Patrícia Acioli – diz.

A juíza foi morta com 21 tiros quando chegava em casa, em Piratininga, bairro de Niterói, na região metropolitana do Rio, em agosto. Freixo espera que a sua saída possa mobilizar o Estado a combater as milícias:

– Não adianta apenas prender. É preciso tirar o braço econômico e territorial desses grupos.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio informa que, em quatro anos, 598 pessoas foram presas no Estado por envolvimento com milícias.

Freixo inspirou a criação do personagem Diogo Fraga, de Tropa de Elite 2 – um professor de história que se torna deputado e combate milícias. Ele presidiu, em 2008, a CPI das Milícias, que indiciou 225 pessoas, entre policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários. Os relatórios da CPI auxiliaram as polícias Civil e Federal em investigações que levaram boa parte dos indiciados para a prisão. Segundo Freixo, as ameaças não devem ser encaradas como um problema pessoal, mas sim como de toda a sociedade. Ele lembrou do assassinato da juíza Patrícia Acioli, morta por PMs integrantes de milícias que atuam no Grande Rio, em agosto deste ano.

– Esse é um problema de todo o RJ. É um problema nacional. Até que ponto nossas autoridades vão continuar empurrando com a barriga. Ou a gente enfrenta e faz agora esse dever de casa contra as milícias ou, como mataram uma juíza, vão matar um deputado, promotores, jornalistas. E, se esses grupos são capazes de matar uma juíza e ameaçar um deputado, o que eles não fazem com a população que vive na área em que eles dominam – disse.

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