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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PACIFICAÇÃO - BOPE OCUPA ENGENHO NOVO NO RIO



Ocupação do Bope no Engenho Novo tem dois objetivos. Tropa chega hoje aos morros São João, da Matriz e do Quieto, para expulsar o tráfico e reduzir ataques a motoristas na região - POR VANIA CUNHA - O Dia 06/01/2011

Rio - O Batalhão de Operações Especiais (Bope) começa a ocupar hoje três comunidades do Engenho Novo, dando início ao processo de pacificação na região. Os morros São João, da Matriz e Quieto formarão a 14ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, conforme anunciou ontem o governador Sérgio Cabral. Além de expulsar o tráfico e retomar o território, o Bope também tem como missão por fim aos constantes roubos de veículos na região.

Bandidos do Morro São João são acusados de participar do tiroteio que resultou na derrubada de um helicóptero da Polícia Militar, em 17 de outubro de 2009. Na queda da aeronave, três policiais morreram.

As três comunidades ficam próximas às ‘vias do medo’, como são conhecidas as avenidas Marechal Rondon e 24 de Maio e Rua Barão do Bom Retiro por causa do alto índice de ataques a motoristas. “É uma alegria pra mim, que nasci ali, no Engenho Novo. Alegria muito grande saber que o povo daquela região, a partir de amanhã (hoje), terá sua UPP instalada com a entrada do Bope”, festejou o governador Sérgio Cabral, em evento ontem na Cidade de Deus.

BENEFICIADOS 5 BAIRROS

Essas vias já foram cenário de vários episódios de violência e arrastões praticados por bandidos, que fugiam para as comunidades que agora serão ocupadas. Dados de dezembro da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) revelam que o número de roubos de veículos naquela região, área de atuação da 25ª DP (Engenho Novo), cresceu 61% em relação ao mesmo mês de 2009.

Em novembro, o médico Wilian da Silva Castro, 54 anos, morreu baleado quando ladrões tentaram levar seu Ford Fusion na Avenida Marechal Rondon. A vítima foi rendida a poucos metros de onde o integrante da banda Detonautas Rodrigo Netto foi morto em assalto, em 2006.

Além de trazer a paz, a estratégia da polícia com a ocupação no Engenho Novo é fechar o cinturão formado pelo Maciço da Tijuca — a última UPP foi instalada no Morro dos Macacos, vizinho ao São João. No total, são seis unidades na região. “Nossa grande expectativa é concluir o trabalho que começamos em julho, quando fizemos a UPP no Borel”, afirmou o relações-públicas do Bope, capitão Ivan Blaz.

Cerca de 6 mil pessoas que moram nas três comunidades serão beneficiadas pela nova unidade pacificadora, além de cinco bairros no entorno: Engenho Novo, São Francisco Xavier, Rocha, Riachuelo e Méier. Quando inaugurada, daqui a dois meses, a unidade terá de 200 a 300 policiais recém-formados.

Cabral prometeu mais UPPs em breve. Os morros mais cotados para receber as próximas unidades são o São Carlos e a Mangueira.

Efetivo de 150 homens está pronto para subir as favelas

O Bope vai entrar nas três comunidades com 150 homens, efetivo médio que atuou na instalação das outras 13 unidades. Serão usados Caveirões e os ‘Transformers’, retroescavadeiras utilizadas para retirar barricadas montadas pelo tráfico.

A tropa de elite da PM também vai levar para a operação um ônibus com tecnologia israelense. As quatro câmeras, com alcance de até 3 km, farão o mapeamento da área, enquanto os computadores permitirão aos policiais checar fichas criminais de suspeitos e fazer levantamento das placas de veículos apreendidos.

O Bope terá apoio ainda do Batalhão de Choque, que ocupará o entorno dos morros; do 3º BPM (Méier), que vai patrulhar as vias próximas; e do 6º BPM (Tijuca). Desde a noite de ontem, as unidades reforçaram o policiamento na região para evitar fuga de bandidos dos morros. Para o relações-públicas do Bope, a ocupação de hoje deve ser mais tranquila. “Até a instalação definitiva da sede, deve levar 40 dias”, informou Blaz.

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