Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CENSURA E ASSASSINATOS PARA CALAR A IMPRENSA

AMEAÇA À INFORMAÇÃO - NILSON MARIANO | ENVIADO ESPECIAL/LIMA, ZERO HORA 17/10/2011

Imaginava-se que os atentados contra a liberdade de informação estivessem relegados ao passado, quando regimes militares subjugaram a América do Sul e Central, mas eles voltaram a assombrar e, o mais incompreensível, em plena democracia. Nos últimos seis meses, 21 jornalistas foram assassinados no exercício da profissão, enquanto os casos de censura e ataques a veículos de mídia aumentaram.

Ontem, os participantes da 67ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) , que se realiza desde sexta-feira em Lima, no Peru, dedicaram-se a apresentar relatórios sobre a situação da imprensa nas três Américas. O México desponta como recordista em assassinatos de jornalistas, no último semestre, com cinco mortes. O retrato brasileiro não é menos sombrio: quatro mortos.

Vice-presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa da SIP, o brasileiro Paulo de Tarso Nogueira informa que há uma escalada contra o jornalismo no país. Destaca que, nos últimos seis meses, surgiram seis novos casos de censura. ZH foi um dos jornais atingidos por censura prévia.

– Prevalece preocupante a recorrente censura judicial, que proíbe, com frequência, os jornais de publicarem reportagens sobre diversos temas – disse Nogueira na assembleia, que se encerra amanhã .

O brasileiro também lamentou os repetidos intentos do Partido dos Trabalhadores (PT), do governo federal, de tentar controlar os meios de comunicação. E criticou que a divulgação de documentos públicos continue indefinida.

A SIP concede hoje, duas premiações a Zero Hora: o principal prêmio na categoria Opinião com Nilson Souza, pela iniciativa que permite aos leitores interagirem com o conteúdo dos editoriais do jornal. A segunda distinção foi a menção honrosa, na categoria crônica, obtida pela série 52 Histórias que não Acabaram, publicada ao longo de 2010.

O aumento dos ataques à imprensa

- BRASIL – Quatro jornalistas assassinados (PE, RJ, RN e AM), oito agredidos, dois presos e seis casos de censura a jornais;

- ARGENTINA – Governo Cristina Kirchner move campanha contra os dois principais jornais, o La Nación e o Clarín. Eles receberam entre 2% e 5% da publicidade oficial, nos últimos meses;

- BOLÍVIA – Cerca de 90% dos jornais e seus jornalistas praticam a autocensura, por receio de represálias do governo Evo Morales;

- EQUADOR – O presidente Rafael Correa vem processando publicações e jornalistas, exigindo indenizações milionárias, que ameaçam falir os veículos. O jornal El Universo, por exemplo, está condenado a pagar US$ 40 milhões a ele;

- VENEZUELA – Hugo Chávez já fechou 30 emissoras;

- CUBA – Prendeu 2.221 dissidentes políticos, ao longo deste ano. Não renova visto de jornalistas estrangeiros nem permite o ingresso de novos correspondentes, a menos que sejam simpáticos ao comunismo;

- COLÔMBIA – A situação melhorou. Em 2011, um jornalista foi assassinado. Em 2006, foram seis mortes.

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