Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A LIÇÃO DAS GREVES

EDITORIAL ZERO HORA 10/10/2011


Serviços essenciais não podem ser sonegados à população, sejam eles prestados pelo poder público ou pela iniciativa privada. Na recente greve dos Correios, a Justiça determinou que 40% dos trabalhadores se mantivessem em atividade, para prestar pelo menos um atendimento mínimo aos usuários. Mas muita gente não chegou a receber suas contas a tempo de evitar multas e juros. E, quando conseguiu tê-las em mãos, acabou esbarrando na porta fechada dos bancos, alguns dos quais sequer se preocuparam em garantir um funcionamento mínimo dos serviços.

É compreensível que, ante a iminência de um agravamento da crise econômica, categorias mais organizadas do setor público ou da iniciativa privada se preocupem em garantir o máximo de recomposição dos salários. Ainda assim, essa é uma negociação que precisa se pautar pelo bom senso exigido num contexto de estabilidade, no qual a insistência na indexação dos salários implica o risco de mais inflação. E greve, em qualquer circunstância, deveria ser sempre o último recurso para os trabalhadores.

O que se constatou nos últimos dias é que, mais uma vez, a opção de algumas categorias funcionais foi simplesmente a de transferir o ônus de suas estratégias para os usuários dos serviços. O resultado foram as filas registradas nas lotéricas e a dificuldade de muita gente pagar suas contas ou receber seus vencimentos, entre outras razões, pelo desconhecimento sobre o uso de cartões.

Os problemas só atingiram essas proporções porque alguns dos movimentos reivindicatórios têm fortes implicações políticas, com interesses que transcendem a simples reposição salarial. Ao mesmo tempo, são resultantes da falta de uma regulamentação clara sobre o que é legal ou não nessas circunstâncias. Não é justo que a sociedade, no conjunto, continue arcando com o ônus das reivindicações de minorias.

Nenhum comentário: