Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A GUERRA DO RIO - Violência assusta o Rio e Exército entra na guerra


Violência assusta o Rio e Exército entra na guerra contra o crime - Ataques começaram no domingo, quando bandidos armados com fuzis e granadas atearam fogo a veículos - Zero Hora Online, 26/11/2010.

Após quase dois anos de trégua, o Rio de Janeiro voltou a viver uma onda de crimes e violência, que começou no domingo, quando bandidos armados com fuzis e granadas atearam fogo a dois veículos na Linha Vermelha. Após uma série de ações policiais, que resultou na expulsão de criminosos da Vila Cruzeiro na quinta-feira, a promessa da Secretaria de Segurança do Estado é de novas operações na sexta, desta vez com o apoio da Polícia Federal e do Exército.

Autoridades cariocas acreditam que o principal motivo dos ataques, supostamente ordenados por líderes da facção criminosa Comando Vermelho, seja a expulsão de traficantes das favelas fluminenses e a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

As UPPs e a recuperação de territórios

Novo modelo de Segurança Pública e de policiamento, as Unidades de Polícia Pacificadora trabalham desde 2008 para promover a aproximação entre a população e a polícia. Por meio da recuperação de territórios perdidos para o tráfico, o objetivo da polícia é levar inclusão social à parcela mais carente dos cidadãos.

Criadas pela atual gestão da Secretaria de Estado de Segurança, comandada pelo gaúcho José Mariano Beltrame, as UPPs foram implantadas após a retirada gradativa dos traficantes dos morros-chave. Atualmente, 13 unidades respondem por mais de 30 favelas.

O início dos ataques

Por volta do meio dia de domingo (21), seis bandidos armados com fuzis e granadas incendiaram dois carros na Linha Vermelha e abriram fogo contra um veículo da Aeronáutica dando início a uma sucessão de crimes na capital fluminense.

Após mais de 24 horas de silêncio, os criminosos voltaram a atacar. Desta vez, ocupantes de dois veículos passaram em alta velocidade disparando rajadas de tiros contra uma cabine da Polícia Militar no subúrbio da cidade, na noite de segunda-feira (22). Além do atentado, dois carros foram roubados e outros dois foram incendiados durante um arrastão na Rodovia Presidente Dutra. Felizmente, até então, não houve mortos ou feridos.

A ação da Polícia e a reação dos criminosos

Como reação à onda de crimes, na terça-feira (23) policiais militares realizaram operações em cerca de 20 favelas cariocas, que assustaram moradores e resultaram na prisão de oito homens e na morte de outros dois. Mesmo com o reforço na segurança, pelo menos três ônibus e nove carros foram incendiados entre a noite de terça e a madrugada de quarta-feira (24) em diferentes pontos do Estado.

Com o aumento da violência, 15 suspeitos haviam sido mortos até a quarta-feira. Outros 31 foram presos e dois policiais ficaram feridos nas operações realizadas em 27 favelas cariocas. No fim da noite, a soma de veículos incendiados chegava a 28, o que levou o governador do Estado, Sérgio Cabral, a pedir apoio logístico à Marinha brasileira.

Na quinta-feira (25), as equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciaram uma megaoperação na Vila Cruzeiro, na Penha, com o apoio de seis veículos blindados da Marinha. Devidos à operação, escolas e creches suspenderam as aulas.

Durante a tarde, os policiais tomaram o controle do local enquanto suspeitos fugiram correndo com destino ao Complexo do Alemão. O dia foi o mais violento desde o início das ações. Foram 25 mortes e 31 ataques a veículos.

No Paraná, a Polícia dava outro passo na tentativa de conter os ataques com a transferência de 13 presos que deixaram a Penitenciária Federal de Catanduvas e foram encaminhados para a unidade federal de Porto Velho, em Rondônia. Entre eles, estavam Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Jorge Edson Firmino de Jesus, o My Thor, e o Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acusado de matar o jornalista Tim Lopes, em 2002.

A luta contra o crime organizado no Estado ainda não acabou. A partir de sexta-feira (26), o Ministério da Defesa enviará 800 militares do Exército para reforçar o efetivo de policiais na guerra contra os criminosos.

Nenhum comentário: