Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

sábado, 11 de dezembro de 2010

ENASP DISCUTE NOVAS METAS DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

Segurança e Justiça . Encontro anual da Enasp discute novas metas - Assessoria de Imprensa do CNMP.

Acontece em Brasília, de 14 a 16 de dezembro, o I Encontro Anual da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp). A atividade reúne 75 agentes do Sistema de Justiça, entre juízes, promotores, procuradores, policiais, representantes de Secretarias de Segurança Pública, além dos representantes dos Conselhos Nacionais do Ministério Público (CNMP), de Justiça (CNJ) e do Ministério da Justiça (MJ). O objetivo é apresentar relatórios das atividades, avaliar a ações voltadas para o cumprimento das metas já definidas e propor outras novas. A programação também prevê painel sobre proteção à vítima e à testemunha, apresentado pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH).

Serão feitas reuniões preparatórias para o encontro anual, com Grupos de Sistema Prisional e Execução Penal, terça-feira (7/12), de Persecução Penal – quarta-feira (8/12) – e de Sistema de Informações Penais quinta-feira (9/12), respectivamente coordenados pelo CNJ, pelo CNMP e pelo MJ. Os participantes irão discutir e elaborar os relatórios a serem apresentados no Encontro Anual. Além disso, haverá os debates prévios sobre as metas já fixadas e sobre as que podem ser apresentadas para 2011. Todas as ações serão apresentadas e aprovadas pela Plenária da Enasp, no encontro nacional.

Uma das metas propostas pelo CNMP no âmbito da Enasp é concluir, até junho de 2011, todos os inquéritos sobre homicídios instaurados até 31 de dezembro de 2007 e ainda em aberto. No Brasil, há 85,3 mil inquéritos nessa situação, segundo levamento feito pelos Ministérios Públicos estaduais e coordenado pelo CNMP. Vinte e quatro estados e o Distrito Federal já terminaram o levantamento dos procedimentos em aberto. Os dados foram consolidados nesta terça-feira (7/12). Apenas os MPs do Piauí e do Amapá não informaram os números relativos aos estados. Goiás, Bahia e Espírito Santo retificaram as informações enviadas em novembro.

Vários estados já iniciaram ações para enfrentar a meta de conclusão dos inquéritos sobre homicídios instaurados até dezembro de 2007 e ainda em aberto. Na Bahia, onde há 9,3 mil procedimentos em aberto, está previsto mutirão. Representantes do MP e da Secretaria de Segurança Pública fazem reunião na segunda quinzena de dezembro para preparar a ação.

Em Mato Grosso do Sul, que tem 1,4 mil inquéritos em andamento, foi implementado em todas as comarcas sistema informatizado, o que permitirá acompanhamento online da tramitação, com link específico para os procedimentos relativos à meta. Os procedimentos foram separados por Promotoria – com isso, os promotores sabem exatamente quantos inquéritos estão sob sua responsabilidade. Está em fase final de elaboração uma cartilha com ações e meios sugeridos para conclusão dos inquéritos, entre outras iniciativas.

No Acre, já houve mutirão na capital, com a análise de 329 inquéritos policiais. Também está em andamento a informatização. A previsão é que, até o fim de 2011, todos os procedimentos sobre homicídios instaurados na capital sejam virtuais, permitindo o acompanhamento online pelo MP das diligências feitas pela Polícia.

Os MPs do Maranhão, do Espírito Sando e do Ceará fizeram reuniões com as respectivas Secretarias de Segurança Pública, membros do MP e outros atores do Sistema de Justiça, para mobilização e discussão de ações de cumprimento da meta. São Paulo promoveu workshop e reuniões; Rondônia fez mutirão ; e Alagoas analisa os inquéritos antigos com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública.

Número de inquéritos relativos a homicídios instaurados antes de 31 dezembro de 2007 e ainda em andamento:

Acre – 275
Alagoas – 3.628
Amazonas – 4.233 (dado informado em 7/12)
Bahia – 9.394 (dado retificado em 7/12)
Ceará – 1.789
Distrito Federal – 1.192 (dado informado em 7/12)
Espírito Santo – 13.610 (dado retificado em 7 /12)
Goiás – 2.452 (dado retificado em 7/12)
Maranhão - 810
Mato Grosso – 1.472
Mato Grosso do Sul – 1.401
Minas Gerais – 5.419
Pará – 205
Paraíba – 487 (dado informado em 7/12)
Paraná – 9.281
Pernambuco – 10.389 (dado informado em 7/12)
Rio de Janeiro – 8.524
Rio Grande do Norte – 1.185
Rio Grande do Sul – 3.765
Rondônia – 1.991
Roraima - 478
Santa Catarina – 82
Sergipe – 176 (dado informado em 7/12)
São Paulo – 2.017
Tocantins – 1.137
MPM – 0
TOTAL – 85.392

Postagem indicada pelo Cel Mamedes. 08/12/2010.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Este encontro deveria discutir a insegurança jurídica, a desarmonia do Estado e a inoperância dos instrumentos de coação, justiça e cidadania na preservação da ordem pública no Brasil. É preciso discutir uma nova constituição, leis penais rigorosas, cumprimento da totalidade da pena, trabalho prisional obrigatório, redução de prazos e recursos, polícias no ciclo completo, policiamento de fronteiras, presídios dignos e seguros, juizes aproximados da sociedade e dos delitos, promotores corregedores, monitoramento dos benefícios penais, tratamento público das dependências e desvios mentais, educação focada nos direitos, deveres e profissão, e fortalecimento dos tribunais regionais para o transitado em julgado.

Continuar se reunindo para estabelecer metas sem mudar a lei, sem organizar a estrutura e sem fortalecer, ligar, desburocratizar e aproximar os instrumentos do sistema é jogar conversa fora, chover no molhado e gastar dinheiro público a toa.

De nada adiantam os esforços e a inteligência se as leis são benevolentes, a justiça é morosa e a execução penal é caótica e sem controle.

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