Polícia identifica cinco favelas para onde bandidos fugiram. Investigação também descobre farsa montada por chefe da Rocinha - Reportagem de Leslie Leitão e Maria Mazzei - O Dia, 07/12/2010
Rio - No rastro dos foragidos dos complexos do Alemão e da Penha, a polícia identificou pelo menos cinco favelas que teriam servido de refúgio para traficantes, além da Rocinha, em São Conrado. São elas o Morro do Chapadão, na Pavuna; Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho; Vila Kennedy, em Bangu; Jacarezinho, no Jacaré; e Fallet-Fogueteiro, no Rio Comprido.
A comunidade da Zona Sul foi o destino de Luiz Fernando Nascimento Ferreira, o Nando Bacalhau. Um grupo maior desembarcou no Chapadão. Um deles foi Régis Eduardo Batista, o RG. A comunidade de Bangu foi o destino inicial de Luiz Cláudio Serrat Corrêa, o CL, chefe do tráfico do Cajueiro. Os chefes do Jacarezinho, Nilsson Roger de Freitas, o Roger; e Andre Anchieta Duarte, o Menininho, voltaram para casa. No Rio Comprido, Luiz Cláudio Machado, o Marreta, ganhou abrigo.
Na comunidade de São Conrado, que apesar de ser dominada pela facção Amigos dos Amigos (ADA), rival do Comando Vermelho, recebeu bandidos como Maicon dos Santos de Souza, o Gaguinho (Morro da Coruja, em São Gonçalo), o clima ficou tenso após a divulgação do esconderijo, feita ontem por O DIA. Chefe do tráfico de drogas, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, teria determinado que quem ainda estivesse por lá fosse embora, para evitar possível invasão da polícia.
No baile funk de sábado, na Rua 1, Nem ainda determinou que músicas e refrões de xingamentos ao CV fossem entoados. Era tudo uma farsa, descoberta pela Polícia Civil.
Entre as denúncias investigadas pelos órgãos de segurança é a de que pelo menos um traficante, Lúcio Mauro Carneiro dos Passos, o Biscoito, teria passado pela Rocinha e, depois, pelo Morro da Providência, que tem Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Esta informação foi repassada pela Polícia Federal à secretaria.
Outra denúncia que vem sendo apurada é a de que policiais teriam usado o traficante conhecido como Foca como informante na invasão ao Alemão e, depois, entregue o bandido aos criminosos. Segundo moradores, ele teria sido morto na Favela do Jacarezinho.
Preso um dos criminosos mais procurados do Complexo do Alemão. Mãozinha estava escondido na casa de um PM lotado no gabinete do Comandante Geral da corporação - POR LESLIE LEITÃO
Rio - Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prenderam, no fim da tarde desta segunda-feira, mais um foragido da quadrilha que controlava os complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da cidade: Edson Ventapane da Silva, o Mãozinha. O criminoso é irmão de Emerson Ventapane da Silva, o Mão, que na semana passada já havia sido preso por agentes da 21ª DP (Bonsucesso).
A dupla integrava um dos grupos de assaltantes de carros e cargas mais violentos da cidade, suspeitos de terem participado de dezenas de assassinatos de policiais.
Mãozinha curiosamente estava escondido na casa de um de seus alvos favoritos: um PM, que seria seu primo. O parente do acusado, inclusive, é lotado no gabinete do Comandante Geral da corporação, coronel Mario Sérgio Duarte.
Um casaco da Polícia Militar foi apreendido com Mãozinha, contra quem já havia um mandado de prisão expedido pela Justiça. O bandido será apresentado a partir das 10h, na sede da DRF, em Pilares, na Zona Norte.
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"Uma nação perdida não é a que perdeu um governante, mas a que perdeu a LEI."
Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
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