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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

ATIVISTAS DENUNCIAM PERSEGUIÇÃO A MOVIMENTOS SOCIAIS

JORNAL DO COMERCIO 20/02/2014


Jimmy Azevedo



Na assembleia do Bloco de Luta, que congrega movimentos sociais e sindicatos, da semana passada, um segurança terceirizado do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), onde ocorria a reunião, fotografou com o celular uma criança de sete anos, filha de uma militante. Várias fotos foram tiradas pelo segurança, que não estava de uniforme. Ao acreditarem que, através da criança, se tratava de uma forma de intimidação ao movimento, militantes conseguiram que as fotos fossem apagadas.

O fato ocorreu com o filho da militante Lorena Castilho, da Federação Anarquista Gaúcha (FAG), cuja sede, na Capital, foi invadida pela Polícia Civil, em 2013, em meio às manifestações de junho. “Há uma campanha política de criminalização em nível nacional, como a criação da lei de terrorismo, crime de desordem e domínio do fato. São leis parecidas com outras que já criminalizavam o direito da livre manifestação. E o poder dos grandes monopólios de comunicação vem alavancando a questão do terrorismo de estado. Como mãe e militante, eu vou denunciar, pois esse tipo de intimidação (usar os filhos dos militantes para tentar amedrontar) ocorreu na época da ditadura”, disse Lorena Castilho, que, através de advogados, deve representar o caso na Vara da Infância e da Juventude.

A direção do Simpa decidiu substituir o vigilante, avisando a empresa de segurança. É, geralmente, no sindicato que o Bloco de Luta se reúne. “Aqui, já encontramos escutas (telefônicas). Volta e meia, sofremos ameaça por telefone, dizendo que vão colocar fogo no prédio”, disse a diretora cultural do Simpa, Veridiana Farias.

A reportagem falou com um dos supervisores da empresa de segurança que presta serviço para o Simpa. Rogério Chagas disse que não conhece, pelo nome, o vigilante que trabalhava no sindicato, “porque aqui a gente se trata pelo nome de guerra”. Também informou que não sabia dizer se houve alguma queixa contra o trabalhador. Reiterou que, na empresa, não atua nenhum policial militar fazendo “bico”.

A FAG, que é uma das entidades mais visadas pelos órgãos de segurança, acredita que o contexto da criminalização tem elementos que passam não só pela tentativa de desmobilizar os movimentos sociais – que lutam por moradia, transporte público, reforma agrária, educação, saúde —, mas atacar as periferias.

O Tenente Coronel José Luís Ribeiro Paz, que responde pelo Comando do Policiamento da Capital (CPC), disse que não há perseguição a ativistas. Ressaltou que só são presas pela BM as pessoas que transgredirem as leis. “A ação policial só ocorre em função de atos. Todas as provas são colhidas e encaminhadas para a justiça. A Brigada Militar sempre tem o cuidado de instruir o efetivo para trabalhar nos limites da lei. É possível que ocorra algum excesso, mas cada caso tem que ser analisado com o que aconteceu”, disse. Hoje, o Bloco de Luta realiza mais uma manifestação em Porto Alegre. O ato será em frente à prefeitura, no centro da Capital.

“É fundamental que as corregedorias sejam independentes”, diz ouvidora

A ouvidora da Segurança Pública do Estado, Patrícia Couto, acredita que as corregedorias dos órgãos de segurança, como Brigada Militar e Polícia Civil, deveriam ser independentes às instituições. Assim, segundo ela, a vítima de qualquer abuso policial poderia se sentir mais segura e tranquila ao denunciar algum tipo de violência por parte de um servidor público.

“Nos parece fundamental que as corregedorias fossem independentes e autônomas para a investigação. Na Brigada Militar, por exemplo, as investigações são feitas pelos batalhões, nem tudo vai para a corregedoria. Acaba que esses expedientes podem ser instruídos dentro da unidade onde trabalha o servidor. Ou seja, algum colega (do policial acusado de violações) de regimento é que vai fazer a investigação. As testemunhas são ouvidas dentro do batalhão. Isso, é altamente intimidatório. Então, em muitos casos, o resultado é que não houve nem transgressão da disciplina nem crime militar”, critica Couto. A ouvidora relata que, em alguns casos, a vítima acaba sofrendo por duas vezes. “Há uma criminalização grande. Tem que ter um órgão correcional independente da instituição”, defende Patrícia Couto.

Em matéria publicada no Jornal do Comércio no dia 10 de fevereiro, a reportagem trouxe uma entrevista com a militante Cláudia Favaro, que relatou ter sido perseguida e sofrido uma “revista vexatória”, após a manifestação no dia 31 de janeiro. A ativista não registrou queixa por medo de ser intimidada. A ouvidora relatou que, ao ler a reportagem, considerou um caso gravíssimo e pediu providências à corregedoria da BM.


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É um grande erro a criação de corregedorias independentes. O melhor meio de controle, fiscalização e apuração de ilicitudes dentro de uma organização são as corregedorias internas acompanhadas por um promotor corregedor destacado especialmente para a organização sob controle externo. No modelo policial fracionado, poderia ser criado um corregedoria policial integrada com um promotor público e equipes de policiais de assuntos internos sob chefia de um corregedor de cada polícia. Quanto aos movimentos sociais, é imprescindível coibir o uso de máscaras e separar o movimento social do ativismo bandido, identificando os vândalos, os ladrões, os pichadores, os assassinos e os demais autores de ilicitudes durante os protestos, bem como seus supostos patrocinadores.

Um comentário:

Unknown disse...

Interessante!
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Todos, eu disse TODOS, os movimentos marxistas, socialistas, comunistas, ativistas e tantos outros esquerdas que tem por aí, praticam sempre o mesmo ativismo opressivo, cheio de segundas intenções. Porém, quando a verdade vem a tona e claro, a sociedade a entende e não gosta do que vê, esses mesmos ativistas aprontam uma imensa choradeira, promovendo um escândalo clemente, buscando como segunda intenção escapara da punição, para fazer exatamente o que faz de melhor. MENTIRAS!
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Como pode uma minoria cínica e psicopata, liderar outros tantos idiotas úteis, para tentar promover a desordem política, conduzindo seu sonho utópico, do qual não poderá ser realizada, pois não há competência política para faze-lo?
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SOCIALISMO, MARXISMO, ESQUERDISMO E TANTAS OUTRAS MILITÂNCIAS DEVERIAM SER CRIME!!!
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# OLAVO TEM RAZÃO!