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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

MORTE DE CINEGRAFISTA REVOLTA DILMA

G1 - 10/02/2014 21h02

Dilma diz que morte de cinegrafista 'revolta' e manda PF ajudar a apurar. Para presidente, 'não é admissível' que protestos sejam 'desvirtuados'. Santiago Andrade teve morte cerebral constatada nesta segunda (10).

Juliana BragaDo G1, em Brasília



Mensagem da presidente Dilma Rousseff no Twitter sobre morte de cinegrafista (Foto: Reprodução)

A presidente Dilma Rousseff determinou nesta segunda-feira (10) que a Polícia Federal apoie as investigações sobre a morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade. Atingido por um rojão em uma manifestação no Rio de Janeiro na quinta-feira (6), Andrade teve morte cerebral constatada nesta segunda-feira.

"Determinei à PF que apoie, no que for necessário, as investigações para a aplicação da punição cabível", afirmou a presidente em mensagem publicada em sua conta no Twitter.

A presidente também disse que a morte do cinegrafista "revolta e entristece" e criticou a violência em manifestações.



"Não é admissível que os protestos democráticos sejam desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas. A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado", escreveu.

Na sexta-feira (7), um dia após o cinegrafista ter sido atingido pelo rojão, a presidente também havia usado sua conta no Twitter para comentar o episódio. Na ocasião, ela expressou sua solidariedade a Andrade.

Minuto de silêncio

Ao abrir seu discurso na cerimônia de comemoração dos 34 anos do PT, em São Paulo, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, solicitou um minuto de silêncio em homenagem ao cinegrafista da TV Bandeirantes. A presidente Dilma Rousseff, que estava presente ao evento partidário, também silenciou para homenagear Santiago Andrade.

Mais repercussão

O vice-presidente da República, Michel Temer, também usou o Twitter para lamentar a morte do cinegrafista. "Lamento muito o falecimento do cinegrafista Santiago Andrade da TV Band. Que sua família e amigos encontrem conforto neste momento de dor", postou na rede social.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também se manifestou e lamentou a morte do cinegrafista. Em nota, ele afirmou que todo tipo de violência é inaceitável e não deve ser tolerado. Para ele, "a sociedade deve refletir sobre os limites entre o direito de manifestação e os excessos que resultam em vandalismo e violência".

O governador do estado, Sergio Cabral, disse que o direito de manifestação é fundamental para a democracia, mas a violência é inaceitável.

Morte cerebral

O cinegrafista da TV Bandeirantes foi atingido na cabeça por um rojão quando registrava o confronto entre manifestantes e policiais durante protesto contra o aumento da passagem de ônibus, no Centro do Rio. Nesta segunda, ele teve constatada a morte cerebral.

Andrade sofreu afundamento do crânio e foi submetido a uma cirurgia após ser levado para o Hospital Souza Aguiar. Desde então, estava em coma induzido no Centro de Terapia Intensiva da unidade.

A explosão foi registrada por fotógrafos, cinegrafistas e câmeras de vigilância instaladas nas proximidades da Central do Brasil.

Após a divulgação das imagens, Fábio Raposo se apresentou na 16ª DP (Barra da Tijuca) e disse à polícia ter passado o rojão ao homem que acendeu o artefato que atingiu o cinegrafista. No depoimento na 17ª DP (São Cristóvão), o rapaz disse não conhecer o suspeito de lançar o rojão em meio à manifestação.

No domingo (9), após ter o mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio, Raposo foi detido em casa. Ele foi levado na manhã desta segunda para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

O advogado Jonas Tadeu Nunes, responsável pela defesa de Raposo, entregou à polícia, na tarde desta segunda-feira, o nome, o codinome e o CPF do autor do disparo do rojão.

A mulher do cinegrafista, Arlita Andrade, fez um desabafo no domingo, em entrevista exclusiva à TV Globo, e disse que "falta amor" às pessoas responsáveis por ferir gravemente seu marido. A declaração foi dada antes da divulgação da morte cerebral do cinegrafista. "Eles destruíram uma família. Uma família que era unida, muito unida mesmo”, lamentou.


Governo finaliza plano para coibir violência contra imprensa, diz Rosário. Ministra dos Direitos Humanos lamentou a morte de cinegrafista da Band.. Meta é apresentar recomendações a empresas, profissionais e governos.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília



A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, afirmou nesta segunda-feira (10), após ser confirmada a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Idílio Andrade, que o governo finaliza a elaboração de um plano nacional com recomendações para evitar novos casos de violência contra profissionais da imprensa.

Entre as medidas sob análise estão políticas de prevenção, proteção e repressão da violência, que incluirá indicadores sobre casos de ameaça, ações de segurança e proteção para os profissionais, além de recomendações aos governos estaduais sobre a atuação da Polícia Militar.

As recomendações exatas aos governos não foram divulgadas. Uma das medidas já tomada se refere à proibição do uso de armas não letais, como bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, contra profissionais da imprensa.

A auxiliar da presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do profissional da TV Bandeirantes. Atingido por um rojão em uma manifestação no Rio de Janeiro na quinta (6), Santiago teve morte cerebral constatada nesta segunda.

"Ao mesmo tempo que nos solidarizamos com família, cinegrafistas e jornalistas do Brasil, nós também repudiamos todo ato violento que exista no contexto das manifestações", disse a ministra durante reunião no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Maria do Rosário lembrou que o grupo de trabalho criado há mais de um ano sobre segurança para profissionais de comunicação, que inclui medidas de proteção durante a cobertura de eventos como protestos e manifestações, está em fase final de trabalhos.

"Estamos na fase final de elaboração do material com recomendações ao Estado, empresas e sociedade para a proteção dos jornalistas. [...] Para o governo é importante lançar uma série de medidas. Mas hoje, acima de tudo, temos de repudiar qualquer tipo de violência."

O Grupo de Trabalho sobre Profissionais da Comunicação, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, ligado à Presidência da República, começou a atuar há um ano, mas intensificou os trabalhos após os protestos que se iniciaram em junho do ano passado. A última reunião do grupo será no próximo dia 25, quando será votado o plano nacional com um conjunto de recomendações discutidas durante os trabalhos.



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